Pa�ses buscam regulamentar 'filtros de beleza' nas redes sociais

O mercado de filtros est� em constante crescimento, bem como os aplicativos est�o cada vez mais avan�ados. Hoje, � poss�vel realizar altera��es de uma maneira t�o sofisticada e abrangente na pr�pria imagem que, ao serem processadas por eles, s�o quase que impercept�veis. 

Neles o usu�rio pode suavizar a pele, o formato do rosto, da boca, dos olhos ou se submeter a uma transforma��o completa, ficando, inclusive, mais jovem - por�m irreal. O fato de imporem um modelo est�tico ideal e a crescente preocupa��o com o aumento desses filtros de beleza dispon�veis nas redes sociais levou diversos pa�ses a considerarem a regulamenta��o dessas ferramentas digitais. A principal motiva��o � a possibilidade de esses filtros desencadearem problemas de sa�de mental nas usu�rias ao promoverem padr�es inating�veis e distorcerem a percep��o da pr�pria imagem. 

Segundo o biom�dico, fisioterapeuta dermatofuncional e mestre em Medicina Est�tica, Thiago Martins, que possui vasta experi�ncia profissional e lida diariamente com pacientes que buscam melhorar a autoestima e, muitas vezes, trazem consigo cr�ticas irreais em rela��o � sua apar�ncia, os filtros de beleza podem causar impactos significativos na vida das mulheres.

"Essas ferramentas digitais, muitas vezes, distorcem a realidade, criando uma imagem idealizada inalcan��vel, tanto  do corpo quanto do rosto, levando pessoas a uma constante compara��o com esses padr�es inating�veis, resultando em baixa autoestima, ansiedade, transtornos alimentares ou dismorfismo corporal".

Com rela��o � solu��o para evitar esses problemas, o especialista destaca a import�ncia da conscientiza��o e educa��o sobre os efeitos negativos dos filtros de beleza: "� fundamental que as pessoas compreendam que essas imagens alteradas n�o representam a realidade. Devemos promover a valoriza��o da diversidade e da beleza natural, refor�ando a import�ncia da autoaceita��o e do amor-pr�prio".

 

Quanto ao estabelecimento de limites para buscar melhorias na apar�ncia, Thiago Martins enfatiza uma abordagem equilibrada e saud�vel: "� normal desejar sentir-se bem consigo mesma e buscar aprimoramentos est�ticos. No entanto, � crucial estabelecer limites e ter expectativas realistas. A busca pela perfei��o absoluta � frustrante e prejudicial. Mesmo sem perceber, o paciente vai querer sempre mais e nunca ficar� satisfeito". 

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Para aqueles que fazem uso excessivo dos filtros de beleza nas redes sociais, o especialista aconselha a estar atento aos sinais de depend�ncia e desagrado constante com a pr�pria imagem. 

"Se o usu�rio dessas redes perceber que est� constantemente se comparando com imagens distorcidas pelos filtros ou com imagens de outras pessoas que tamb�m tenham usado desses recursos e isso estiver, de alguma forma, causando inc�modo ou afetando a autoestima, � hora de buscar ajuda profissional. A terapia e o apoio psicol�gico podem ser fundamentais para lidar com essas quest�es".

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