Ilustração de um médico medindo a cintura de um paciente obeso

Ilustra��o de um m�dico medindo a cintura de um paciente obeso

Pixabay

Estudo da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) em parceria com a organiza��o global de sa�de p�blica Vital Strategies alerta que, atualmente, 56,8% dos brasileiros est� com excesso de peso. O percentual representa a soma das pessoas com sobrepeso e com obesidade, ou seja, com �ndice de massa corporal (IMC) igual ou acima de 25. A taxa chega a 68,5% na faixa et�ria com idade entre 45 e 54 anos e a 40,3% entre os mais jovens, com 18 a 24 anos.

O �ndice de obesidade entre jovens brasileiros de 18 a 24 anos cresceu cerca de 90% em apenas um ano. Dados da pesquisa mostram que, entre 2022 e 2023, o �ndice de jovens obesos saltou de 9% para 17,1% no pa�s. Em n�meros absolutos, no ano passado, 1,56 milh�o de jovens entre 18 e 24 anos eram obesos, j� em 2023, s�o 2,97 milh�es.

A pesquisa indica uma s�rie de fatores que podem ter contribu�do para o quadro, como o baixo consumo de frutas e verduras, pouca pr�tica de atividade f�sica e tempo exagerado de uso de telas, como celulares e televis�o
 
Ilustração de um médico medindo a cintura de um paciente obeso

Ilustra��o de um m�dico medindo a cintura de um paciente obeso

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Al�m disso, 10,3% da popula��o t�m diagn�stico m�dico de diabetes. Os grupos mais afetados s�o pessoas com 65 anos ou mais (26,2%) e pessoas com at� oito anos de escolaridade (15,7%).  Quando se trata de hipertens�o arterial, 26,6% dos brasileiros receberam o diagn�stico, com maiores preval�ncias entre mulheres (30,8%), idosos com mais de 65 anos (62,5%) e aqueles com at� oito anos de escolaridade (38%). Entre os mais escolarizados, a preval�ncia cai para menos da metade (15,6%). 
 

Os dados fazem parte do Inqu�rito Telef�nico de Fatores de Risco para Doen�as Cr�nicas N�o Transmiss�veis em Tempos de Pandemia (Covitel), que ouviu 9 mil brasileiros com idade acima de 18 anos de capitais e cidades do interior das cinco regi�es do Brasil, por telefone (fixo e celular), entre janeiro e abril de 2023.

Alimenta��o

De acordo com a pesquisa, menos da metade da popula��o no Brasil (45,5%) consome verduras e legumes cinco vezes ou mais na semana. "Isso mostra que o consumo continua baixo entre os brasileiros, apesar de ter aumentado no �ltimo ano ap�s uma queda expressiva durante a pandemia (aumento de 15,2% entre 2022 e 2023)", destacou o estudo. A faixa et�ria que mais consome esses alimentos � a das pessoas com 65 anos ou mais, onde 45,5% consumem verduras e legumes na frequ�ncia semanal recomendada.

O levantamento mostra desigualdades no consumo desses alimentos quando se considera sexo e escolaridade. As mulheres consomem legumes e verduras mais do que os homens - 51,5% e 39,1%, respectivamente. Al�m disso, 57,5 % das pessoas com maior escolaridade (12 anos ou mais de estudo) t�m legumes e verduras na dieta a maior parte dos dias da semana, enquanto 40,9% dos menos escolarizados (zero a oito anos de estudo) t�m esse h�bito. As diferen�as tamb�m s�o grandes entre a Regi�o Norte (36,4%), por exemplo, e a Sul (52,6%).

A ingest�o de frutas apresenta cen�rio similar: 41,8% dos brasileiros t�m frutas na dieta cinco vezes ou mais por semana. Nesse caso, os mais velhos (65 anos ou mais) tamb�m s�o os que mais consomem com a frequ�ncia adequada (62,8%). Mulheres comem mais frutas que homens: 49,6% contra 33,4%. Entre brancos, 47,3% t�m o h�bito, mais do que entre pretos e pardos (37,9%). O consumo regular de frutas est� presente para 48,2% da popula��o mais escolarizada e para 39,3% dos menos escolarizados.

J� com rela��o � inclus�o de refrigerantes e sucos artificiais na dieta, 17,8% dos brasileiros consomem esse tipo de produto cinco vezes ou mais vezes na semana.

Atividade f�sica

De acordo com a pesquisa, apenas 31,5% dos brasileiros praticam pelo menos 150 minutos de atividade f�sica moderada ou vigorosa por semana. H� diferen�as consider�veis quando se olha recortes como sexo, idade e escolaridade. 34,8% dos homens s�o fisicamente ativos, contra 28,3% das mulheres. 48,3% das pessoas com maior escolaridade s�o fisicamente ativas - mais que o dobro dos menos escolarizados (20,9%). O �ndice fica em 18,9% entre os maiores de 65 anos e em 37,9% na faixa et�ria dos 25 a 34 anos.

Tabagismo

O Covitel 2023 mostra que a preval�ncia atual de tabagismo (uso de cigarro convencional, de palha, de papel, charuto e cachimbo) no Brasil � de 11,8%. Nos tr�s per�odos avaliados pelo inqu�rito (pr� pandemia, primeiro trimestre de 2022 e primeiro trimestre de 2023), a preval�ncia se manteve est�vel no pa�s, interrompendo uma tend�ncia de redu��o registrada ao longo dos �ltimos anos. Quem mais fuma s�o homens (15,2%), pessoas da Regi�o Sul (15,8%) e as com idade entre 45 e 54 anos (15,2%).

�lcool

Os dados tamb�m apontam 22,1% de preval�ncia de uso abusivo do �lcool entre os brasileiros nos 30 dias que antecederam as entrevistas. A preval�ncia ficou maior entre pessoas do sexo masculino (28,9%), com maior escolaridade (26,5%) e jovens adultos entre 18 e 24 anos (32,6%). J� 7,2% da popula��o brasileira relatou fazer consumo regular do �lcool, que contempla tr�s ou mais vezes por semana. As maiores preval�ncias s�o entre pessoas do Sudeste (10,2%) e homens (11,8%).

Sa�de mental

Atualmente, 12,7% dos brasileiros relatam ter recebido diagn�stico m�dico para depress�o. As maiores preval�ncias est�o na Regi�o Sul (18,3%), entre as mulheres (18,1%) e na faixa et�ria de 55 a 64 anos (17%), seguida pelos jovens de 18 a 24 anos (14,1%). J� o diagn�stico m�dico para ansiedade chegou para 26,8% dos brasileiros. De acordo com o estudo, um ter�o (31,6%) da popula��o mais jovem de 18 a 24 anos � ansiosa. As preval�ncias s�o maiores no Centro-Oeste (32,2%) e entre mulheres (34,2%).

Sono

Por fim, 59,3% dos entrevistados do Covitel afirmaram dormir o tempo recomendado para a idade. Os n�meros mostram que 58,9% dos brasileiros dizem dormir bem, sendo 63,9% entre os homens e 54,3% entre mulheres. No recorte ra�a/cor, tamb�m h� diferen�as: 64,2% das pessoas brancas relatam dormir bem, �ndice que fica em 55,1% entre pretos e pardos.