xícara com café

x�cara com caf�

Antonio Cunha/CB/D.A Press

Pesquisadores portugueses descobriram que o efeito alerta relacionado ao caf� est� mais relacionado com a experi�ncia de ingerir a bebida do que as propriedades da cafe�na em si. A constata��o foi feito a partir da observa��o de pessoas que bebem caf�, uma an�lise que demonstrou que sentir o cheiro e ter expectativa psicol�gica para beber caf� t�m mais peso do que a qu�mica do produto para liberar a sensa��o estimulante.

“H� uma expectativa comum de que o caf� aumenta o estado de alerta e o funcionamento psicomotor. Ao entender melhor os mecanismos subjacentes a um fen�meno biol�gico, voc� abre caminhos para explorar os fatores que podem modul�-lo e at� os potenciais benef�cios desse mecanismo”, disse o professor Nuno Sousa, da Universidade do Minho, em comunicado.

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Para o estudo, os cientistas convidaram pessoas que bebiam no m�nimo uma x�cara de caf� por dia. Os pesquisadores pediram aos participantes que parassem de comer ou beber bebidas com cafe�na por pelo menos tr�s horas antes do estudo. No local do estudo, o participante foi submetido a duas resson�ncias magn�ticas: uma antes e outra 30 minutos depois de tomar cafe�na ou beber uma x�cara de caf� padronizada. Durante os exames, as pessoas foram convidadas para "relaxar" a mente.

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Os cientistas esperavam que os exames de resson�ncia magn�tica funcional mostrassem que as pessoas que bebiam caf� tinham maior integra��o de redes ligadas ao c�rtex pr�-frontal, associadas � mem�ria executiva e � rede de modo padr�o, envolvidos em processos de introspec��o e autorreflex�o. Eles descobriram que a conectividade da rede de modo padr�o diminuiu tanto depois de beber caf� quanto depois de tomar cafe�na, o que indica que tomar caf� ou cafe�na deixou as pessoas alertas.

No entanto, a surpresa foi a descoberta de um efeito do caf� n�o observado na cafe�na pura: h� um est�mulo maior, que causa um aumento da conectividade na rede visual superior e na rede de controle executivo direito — partes do c�rebro envolvidas na mem�ria de trabalho e controle cognitivo — ao experimentar aquela x�cara de caf�. "Em outras palavras, se voc� quer se sentir n�o apenas alerta, mas pronto para agir, a cafe�na sozinha n�o serve – voc� precisa experimentar aquela x�cara de caf�", pontua o estudo.

“H� efeitos espec�ficos para o consumo de caf�, impulsionados por fatores como o cheiro e o sabor espec�ficos da bebida ou a expectativa psicol�gica associada ao consumo dessa bebida", explica Maria Pic�-P�rez, pesquisadora da da Universidade Jaume I.

No entanto, os pesquisadores ressaltam que pode haver diferen�as entre as pessoas na absor��o da cafe�na, fato que seria interessante observar em estudos futuros. "As mudan�as na conectividade foram estudadas durante uma sequ�ncia de estado de repouso. Qualquer associa��o com processos psicol�gicos e cognitivos � interpretada com base na fun��o comum atribu�da �s regi�es e redes encontradas, mas n�o foi testada diretamente”, pontua a pesquisa. O estudo foi publicado no peri�dico Frontiers in Behavioral Neuroscienc e pode ser acessado neste link.