homem com a m�o no peito
S�O PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Dados compilados pelo Instituto Nacional de Cardiologia (INC) mostram que as interna��es causadas por infarto subiram cerca de 150% entre 2008 e 2022. Os picos desses ataques card�acos ocorreram durante o inverno, apresentando queda em per�odos mais quentes, porque as temperaturas mais frias aumentam os riscos da complica��o.
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Complica��es cardiovasculares, como o infarto, s�o as principais causas de morte por enfermidade no Brasil. No caso do ataque card�aco, existem v�rios fatores que explicam o aumento nos �ltimos anos, afirma Aurora Issa, diretora-geral do INC.
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A temperatura � um desses aspectos. Isso porque, nos per�odos frios, � mais comum ocorrer a contra��o dos vasos sangu�neos -ou seja, a diminui��o do di�metro dos vasos onde o sangue corre-- o que aumenta as chances do ataque do cora��o. No inverno, tamb�m crescem as doen�as respirat�rias, outro fator que pode ter associa��o com o infarto.
"[Infec��es respirat�rias s�o] um gatilho para inflama��o de placas de gordura e, com isso, a forma��o de co�gulos que levam ao infarto", diz Issa.
O levantamento se atentou �s diferen�as entre as esta��es e constatou que os picos de interna��es por infarto se d�o durante o inverno, com queda no ver�o. Os n�meros variam de ano a ano, mas, em 2022, a diferen�a nas hospitaliza��es entre os meses frios e quentes foi 27,4% para homens e 27,8% para mulheres.
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O envelhecimento da popula��o � outro fator. O Brasil, assim como outros pa�ses, observa um maior n�mero de pessoas mais velhas, devido � alta na expectativa de vida. "O infarto acomete mais as pessoas idosas, ent�o esse aumento da idade traz a possibilidade de haver mais infartos", explica Issa.
H�bitos de vida n�o saud�veis tamb�m entram no rol de explica��es. Sedentarismo, por exemplo, tem associa��o com o ataque no cora��o. Excesso de peso tamb�m. Outras complica��es, como diabetes e press�o alta, ainda entram na conta.
PREVEN��O
O estudo serve como um alerta para melhorar a preven��o e o acesso da popula��o a servi�os de sa�de. "Isso leva � necessidade de se reavaliar medidas, principalmente de preven��o, de forma que a gente possa tentar reverter esse aumento exponencial", resume a diretora do INC.
Ela refor�a a import�ncia de ampliar o acesso a servi�os de sa�de, para que todos possam receber diagn�sticos mais precoces e orienta��es para o controle das doen�as associadas ao infarto. Mas a preven��o dos problemas card�acos passa por mudan�as de h�bitos: controlar o peso, manter atividades f�sicas e deixar de fumar s�o algumas a��es importantes no combate ao infarto.
"Sem d�vida, a forma mais inteligente de reverter isso s�o as medidas preventivas", conclui Issa.
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