boca com aparelho contra bruxismo, separando os dentes

Altera��es nas articula��es que ligam o maxilar � mand�bula podem se manifestar por meio de dores de cabe�a, estalos ao abrir e fechar a boca, dor na regi�o dos ouvidos entre outros sintomas

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A disfun��o da articula��o temporomandibular, ou DTM, � um conjunto de altera��es nas articula��es que ligam o maxilar � mand�bula. "Essas altera��es est�o presentes na popula��o mundial e podem se manifestar por meio de dores de cabe�a, estalos ao abrir e fechar a boca, dor na regi�o dos ouvidos, musculatura da face, zumbido e at� mesmo travamentos na mand�bula, por exemplo. Al�m de muita dor em regi�es da face e ouvidos, a DTM pode ainda comprometer a fala e a mastiga��o, caso n�o tratada", explica Juliana Mussi, cirurgi� bucomaxilo no Hospital Paulista.

Bastante associada a situa��es de estresse e ansiedade, essa disfun��o envolve a articula��o temporomandibular (ATM), que conecta o osso mandibular ao osso temporal do cr�nio – localizado pr�ximo aos ouvidos e respons�vel pela abertura e fechamento da boca, mastiga��o e fona��o.

"O bruxismo, por sua vez, � caracterizado por atividades do m�sculo da mastiga��o, sendo controlado pelo sistema nervoso central, ou seja, independente da nossa vontade. Ele se manifesta pelo h�bito de ranger, apertar e bater os dentes, por exemplo, e pode levar a uma disfun��o de ATM. 

Bruxismo n�o � DTM. Mas ele pode, sim, contribuir para isso

"Embora seja muito associado ao per�odo de sono, o bruxismo tamb�m pode ocorrer durante a vig�lia, ou seja, quando estamos acordados. Neste caso, ele est� diretamente relacionado a per�odos de estresse, ansiedade e concentra��o", destaca Juliana Mussi.
 
J� no caso do bruxismo do sono, lembra a cirurgi� bucomaxilo, especificamente, o estresse, em especial, pode afetar o descanso, fazendo com que ele fique mais superficial e com microdispertares, aumentando, assim, a chance de incid�ncia desse transtorno involunt�rio. 

Mulheres s�o mais afetadas 

As mulheres, curiosamente, s�o as que mais recorrem ao tratamento especializado: "Isso pode ser explicado por estudos que apontam o estrog�nio (horm�nio sexual feminino) como um poss�vel fator de altera��o do metabolismo �sseo e da cartilagem da articula��o temporomandibular, bem como do mecanismo regulador da dor", alerta a cirurgi� bucomaxilo. 

Quanto ao diagn�stico, em todos os casos mencionados, Juliana Mussi diz que ele se d� por meio de avalia��o cl�nica, em que � verificada a articula��o e a musculatura e por meio de exames de imagens, como, por exemplo, a resson�ncia magn�tica. 

O tratamento

Os tratamentos para DTM s�o divididos em dois grupos: cl�nico e cir�rgico: "O primeiro � o indicado para a grande maioria dos pacientes. Ele pode envolver a��es como fisioterapia, agulhamento seco, acupuntura, uso da placa de mordida e laserterapia, al�m de uma equipe multidisciplinar para avalia��o dos aspectos psicol�gicos, por exemplo. Em alguns casos, tamb�m � feito o uso de medicamentos para dores agudas e cr�nicas", destaca Juliana Mussi.
Quanto aos procedimentos cir�rgicos, dependendo do quadro cl�nico, � poss�vel aplicar solu��es menos invasivas: "� o caso das infiltra��es de subst�ncias dentro da articula��o e da artroscopia. S�o procedimentos minimamente invasivos e com pequenas incis�es, que permitem investigar o interior de uma articula��o com uma microc�mera, fazer o diagn�stico e realizar o procedimento necess�rio para melhorar a condi��o articular", diz a m�dica. J� nos mais graves, "a op��o � pelas chamadas “cirurgias abertas”, que s�o mais invasivas e ocorrem quando h� necessidade de acessar a articula��o".