pessoa sendo vacinada

N�o h� evid�ncia cient�fica 's�lida' que garanta a seguran�a e a efic�cia do uso da ozonioterapia no tratamento de doen�as oculares

Whitesession/Pixabay

N�o h� evid�ncia cient�fica “s�lida” que garanta a seguran�a e a efic�cia do uso da ozonioterapia no tratamento de doen�as oculares. O alerta � do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO): “A ado��o dessa abordagem como terapia m�dica (principal ou complementar) � desaconselhada”, destacou a entidade, por meio de nota. 

A manifesta��o ocorre depois da recente san��o da Lei 14.648/23, que permite que profissionais de sa�de prescrevam a terapia de forma complementar. Para o conselho, a an�lise de in�meros trabalhos demostra que, at� o momento, a ozonioterapia n�o tem efic�cia comprovada na abordagem de doen�as cr�nicas ou revers�veis e oferece riscos ao paciente. 

“O CBO entende que o uso amplo dessa abordagem pode potencializar problemas de sa�de”, destacou a nota. Na avalia��o da entidade, os m�dicos podem utilizar a ozonioterapia apenas como terapia experimental, dentro de protocolos de pesquisa aprovados pelo sistema formado pela Comiss�o Nacional de �tica em Pesquisa (Conep) e seus respectivos comit�s.  
O conselho ressalta que, al�m de n�o oferecer resultados positivos, a ozonioterapia pode trazer preju�zos ao afastar o doente de outras terapias de efeito comprovado. Entre os fatores que citados est� a falta de autoriza��o da Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa) para o uso cl�nico da ozonioterapia.  

“A Anvisa tem reiterado que h� ind�cios positivos dessa pr�tica apenas em tratamentos est�ticos, como limpeza de pele, e odontol�gicos, como a revers�o de c�ries e infec��es”, citou o CBO. “O oz�nio � um g�s t�xico e corrosivo, que tem a��o bactericida. � usado para a assepsia de ambientes, como um desinfetante, e para purificar a �gua.”  

Pol�mica 

“O CBO acompanhou as discuss�es no Congresso Nacional, apresentando preocupa��o com a inexist�ncia de estudos cient�ficos comprovando a efici�ncia dessa terapia na abordagem de doen�as cr�nicas ou revers�veis e tamb�m com a dissemina��o de informa��es falsas induzindo o seu uso por pacientes de alta complexidade”, concluiu a nota.  
Outras entidades m�dicas externaram posi��o semelhante ao uso cl�nico da ozonioterapia, como � o caso da Associa��o M�dica Brasileira (AMB), a Academia Nacional de Medicina (ANM) e o Conselho Federal de Medicina (CFM).