Vitória Moura

Vit�ria Moura, baiana de 73 anos, passava por exames de rotina quando uma tomografia chamou a aten��o da equipe m�dica

Arquivo pessoal

Vit�ria Moura, baiana de 73 anos, passava por exames de rotina quando uma tomografia chamou a aten��o da equipe m�dica do Real Hospital Portugu�s, em Recife. A partir da an�lise pelo radiologista, o exame mostrava um n�dulo potencialmente perigoso na regi�o do pulm�o, por isso, foi recomendado que a paciente fizesse uma bi�psia, mesmo que n�o tivesse quaisquer sintomas comuns da doen�a, como tosse com sangramento ou dor no peito. Ex-fumante, a aposentada fazia parte do grupo de risco para a doen�a, mais comum em pessoas com entre 50 e 80 anos, tabagistas ou que pararam de fumar nos �ltimos 15 anos.

Depois do resultado da bi�psia, Vit�ria foi contatada e acompanhada pela enfermeira navegadora do hospital, profissional de sa�de respons�vel por fazer a ponte entre m�dico e paciente, que agendou uma nova consulta m�dica. O especialista informou que o diagn�stico era de c�ncer de pulm�o em est�gio inicial, quando a doen�a ainda est� localizada e o tratamento tem maiores chances de ser curativo. Pouco tempo depois, passou por uma cirurgia para retirada do tumor e, atualmente, j� goza de uma vida normal.

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Dona Vit�ria representa um caso de sucesso do rastreamento do c�ncer de pulm�o, que tem potencial de reduzir em at� 20% a mortalidade pela doen�a e � defendido por m�dicos e associa��es de pacientes num pa�s onde quase 30 mil pessoas morrem todos os anos pela doen�a, segundo o Instituto Nacional de C�ncer (Inca). Al�m da falta do rastreio como pol�tica p�blica, o car�ter silencioso da doen�a, devido � aus�ncia de sintomas nos est�gios iniciais, � um dos motivos para que o c�ncer de pulm�o seja diagnosticado mais tardiamente, o que contribui para a alta letalidade do tumor.

Uso da intelig�ncia artificial no rastreamento de c�ncer de pulm�o

Para colaborar com a mudan�a desse cen�rio, a farmac�utica Roche renovou por mais um ano um programa de rastreio do c�ncer de pulm�o com o Real Hospital Portugu�s (RHP), conduzido na unidade localizada no bairro Paissandu. A parceria foi firmada em agosto de 2022 e, desde ent�o, dados de quase 3 mil pacientes j� foram analisados pelo programa, incluindo tomografias feitas no pr�prio hospital desde 2019. Com o uso de intelig�ncia artificial, � feita uma triagem, sendo rastreados, identificados e orientados os pacientes com indica��o para entrar no programa - como foi o caso de Dona Vit�ria.

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Uma vez diagnosticado o c�ncer de pulm�o, testes que revelam as altera��es gen�ticas espec�ficas daquele tumor permitem identificar os pacientes que podem se beneficiar de um tratamento mais personalizado, aumentando as chances de cura ou dando-lhes a possibilidade de viver por mais tempo. Esse diagn�stico preciso � decisivo inclusive no caso de n�o fumantes que apresentam a doen�a - em torno de 30% dos casos - e frequentemente t�m tumor com caracter�sticas gen�ticas singulares.

“Estamos sempre em busca de atualiza��es e parcerias para oferecer o melhor servi�o aos nossos pacientes e beneficiar o ecossistema como um todo”, afirma Petr�cio Sarmento, Coordenador do Servi�o de Cirurgia Tor�cica do Real Hospital Portugu�s. O m�dico ressalta que a detec��o precoce do c�ncer de pulm�o � poss�vel com a utiliza��o da tomografia do t�rax com baixa dose de radia��o (TCBD), indicada para pessoas de alto risco.

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Desde o in�cio do projeto, a Roche forneceu apoio na capacita��o de profissionais e promo��o de conhecimento. Nesta pr�xima fase, a farmac�utica ir� automatizar processos para ampliar a busca do grupo de risco e o n�mero de pessoas beneficiadas pela iniciativa. “O diagn�stico precoce � essencial para aumentar as taxas de controle do c�ncer, possibilitando mais qualidade de vida para os pacientes”, ressalta Michelle Fran�a Fabiani, diretora m�dica da Roche Farma Brasil.

“O cen�rio terap�utico do c�ncer de pulm�o vem avan�ando; no entanto, maior tempo e qualidade de vida est�o muito associados ao diagn�stico precoce, que s� � poss�vel com a cria��o de programas efetivos de rastreamento para a popula��o de alto risco”, destaca Michelle Fran�a Fabiani.