
At� mesmo soros antiof�dicos, como o soro antibotr�pico (pentavalente), est�o no rol de imunobiol�gicos especiais do Programa Nacional de Imuniza��es
Instituto Vital BrasilUma gestante que nunca teve catapora tem contato direto com uma pessoa com a doen�a, que � altamente transmiss�vel e pode causar malforma��o em beb�s. Mesmo com a a tetraviral dispon�vel desde a inf�ncia, ela nunca se vacinou e descobre que n�o pode receber as doses durante a gravidez, porque a vacina tem v�rus vivos atenuados que tamb�m podem fazer mal ao beb�.
Essa situa��o deixa claro que o PNI e seus instrumentos de preven��o v�o muito al�m das vacinas, exemplifica a coordenadora do Centro de Refer�ncia em Imunobiol�gicos Especiais (CRIE) de Vit�ria e diretora da Sociedade Brasileira de Imuniza��es (SBIm), Ana Paula Burian. Conhecido pela oferta de centenas de milh�es de doses gratuitas de vacinas por ano, o PNI brasileiro chega aos 50 anos tamb�m com um arsenal de soros e imunoglobulinas para casos emergenciais ou situa��es que requerem estrat�gias alternativas de imuniza��o.
Entre os 48 imunobiol�gicos oferecidos pelo PNI, menos da metade, 20, s�o as vacinas propriamente ditas. Os outros 28 s�o imunobiol�gicos especiais, soros e imunoglobulinas como a oferecida � gestante no exemplo citado por Ana Paula.
A imunoglobulina humana antirr�bica � outro exemplo do que o PNI reserva a essas situa��es especiais. Indiv�duos que apresentaram algum tipo de hipersensibilidade quando utilizaram soros como antitet�nico, antirr�bico e antiof�dico t�m indica��o de receber essa imunoglobulina quando passam por uma poss�vel exposi��o ao v�rus da raiva, que � letal em praticamente todos os casos. O mesmo se d� com pessoas que n�o puderam completar o esquema antirr�bico por eventos adversos da vacina e indiv�duos imunodeprimidos.
Soros contra envenenamento
O Instituto Butantan fabrica soros h� mais de um s�culo, e a produ��o atualmente envolve a imuniza��o de cavalos com ant�genos produzidos a partir de venenos, toxinas ou v�rus. A partir disso, o plasma do animal � submetido a processamento industrial de purifica��o e formula��o, resultando em produtos de alta qualidade, seguran�a e efic�cia. Outro produtor tradicional desses soros � o Instituto Vital Brazil, do governo do estado do Rio de Janeiro.
Ana Paula Burian destaca que um leque t�o grande de imunobiol�gicos requer muito planejamento, log�stica e estrutura para chegar �s quase 40 mil salas de vacina e aos mais de 50 CRIEs
“As pessoas t�m que pensar que, quando o Minist�rio da Sa�de compra uma vacina, ele tem que pensar qual � a quantidade de que � preciso, qual � o transporte que vai levar, se vai de avi�o, de carro, de barco, de caminh�o. E tudo isso tem que ser refrigerado. Tem que ter caixa t�rmica, bobina de gelo e term�metro para manter em uma temperatura adequada, porque, se congelar, perde a pot�ncia, e, se esquentar, tamb�m. Ent�o, vacina e imunobiol�gico t�m que ficar em um controle r�gido de temperatura para manter a qualidade. Tem que comprar seringa, agulha. S�o muitas coisas que se faz, com um sistema informatizado para registrar, para que a popula��o inteira possa ser beneficiada.”
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