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Estado de Minas GELEIRAS DOS ANDES

Antiga t�cnica ind�gena para uso de �gua ajuda Peru a enfrentar seca

Peru est� recorrendo a antigas t�cnicas ind�genas e ecossistemas naturais para manter suas torneiras funcionando, j� que mudan�as clim�ticas amea�am secar seu abastecimento de �gua.


21/06/2021 08:03 - atualizado 21/06/2021 11:30

Antes da pandemia de covid-19, no inverno austral, dirigi ao norte de Lima, subindo o altiplano peruano at� o vilarejo de Huamantanga.

Estava acompanhado de cientistas que estudam o uso de uma t�cnica de 1,4 mil anos por agricultores locais para ampliar a disponibilidade de �gua na longa esta��o de seca.

Em nosso caminho pelo estreito Vale do Rio Chill�n, uma pequena faixa de planta��es verdes em meio a muralhas de rochas fulvas, cruzamos o rio e come�amos a subir uma estrada de terra �ngreme de pista �nica � beira da encosta de uma montanha.

A cerca de 3.500 m, chegamos a um plat� com campos de abacates, l�pulo, batata e feij�o e, finalmente, ao vilarejo, onde constru��es de dois andares de tijolos de barro e concreto ladeavam ruas estreitas de terra. Burros, cavalos, vacas, c�es e pessoas zanzavam por ali.

A Cordilheira dos Andes � um dos seis lugares do mundo em que surgiram civiliza��es complexas, motivadas pela precipita��o sazonal, que provou ser um catalisador para inova��es h�dricas repetidas vezes.

As pessoas nutriam conhecimentos profundos sobre a �gua e o subsolo, implementando estrat�gias que ainda surpreendem — e alguns ainda usam.

Hoje, os peruanos modernos est�o implantando novamente esse conhecimento antigo e protegendo ecossistemas naturais, como �reas �midas em alta altitude, para ajudar o pa�s a se adaptar �s mudan�as clim�ticas.

� um dos primeiros esfor�os do mundo para integrar a natureza � gest�o de recursos h�dricos em escala nacional.

O Peru est� entre os pa�ses com maior inseguran�a h�drica do mundo. A capital Lima, onde vive um ter�o da popula��o do pa�s, se estende por uma plan�cie des�rtica plana e tem apenas 13 mm de precipita��o por ano.

Para sustentar a popula��o, conta com tr�s rios que nascem nos Andes, que se erguem atr�s da cidade, atingindo 5.000 m em apenas 150 quil�metros.

Os moradores de Lima n�o est�o sozinhos na depend�ncia de �gua das montanhas. Estima-se que 1,5 bilh�o de pessoas em todo o mundo podem depender da �gua que flui das montanhas at� 2050, em compara��o com 200 milh�es na d�cada de 1960.

A escassez de �gua no Peru est� piorando como resultado da mudan�a clim�tica. Como muitos testemunharam, as geleiras das montanhas derreteram e a esta��o das chuvas diminuiu para apenas alguns meses.

J� a companhia de �gua de Lima, Sedapal, s� consegue abastecer os clientes 21 horas por dia — e Ivan Lucich, presidente da Superintend�ncia Nacional de Servi�os de Saneamento (Sunass), diz esperar um decl�nio ainda maior nos pr�ximos anos.

Um relat�rio de 2019 do Banco Mundial que avaliou os riscos de seca no Peru concluiu que as estrat�gias atuais da capital para administrar a seca — barragens, reservat�rios, armazenamento subterr�neo — ser�o insuficientes j� em 2030.

V�rios anos atr�s, desesperados por seguran�a h�drica, os l�deres do pa�s fizeram algo radical: aprovaram uma s�rie de leis nacionais exigindo que as concession�rias de �gua investissem um percentual das contas de seus clientes em "infraestrutura natural".

Estes fundos — chamados Mecanismos de Retribui��o por Servi�os Ecossist�micos (MRSE) — s�o destinados a interven��es h�dricas baseadas na natureza, como restaurar antigos sistemas humanos que trabalham com a natureza, proteger �reas �midas e florestas em altas altitudes ou introduzir pastoreio rotativo para proteger as pastagens.

Antes, era considerado uso indevido de dinheiro p�blico se as concession�rias investissem na bacia hidrogr�fica. Agora � exigido.

� medida que a mudan�a clim�tica provoca altera��es na �gua em todo o mundo, as estruturas convencionais de controle h�drico est�o deixando cada vez mais a desejar.

Essas interven��es humanas tendem a confinar a �gua e acelerar o processo, eliminando as etapas naturais quando a �gua fica estagnada no solo. As solu��es baseadas na natureza, por outro lado, abrem espa�o e tempo para essas fases lentas.

Ao pesquisar para meu pr�ximo livro sobre o assunto, passei a pensar nestas solu��es como "slow water" ("�guas lentas").

Assim como no movimento slow food ("comida lenta"), as abordagens "slow water" s�o feitas sob medida: trabalham com paisagens, climas e culturas locais, em vez de tentar control�-los ou mud�-los.

Tamb�m fornecem v�rios outros benef�cios, incluindo armazenamento de carbono e habitat para plantas e animais amea�ados.

Por essas raz�es, a conserva��o de �reas �midas, plan�cies aluviais e florestas montanhosas para a gest�o de recursos h�dricos � um movimento que cresce em todo o mundo, inclusive entre institui��es como a Organiza��o das Na��es Unidas (ONU) e o Banco Mundial.

Mas a maioria dos projetos at� agora s�o pequenos e desconectados, ent�o as pessoas tendem a consider�-los como recursos secund�rios interessantes, em vez de uma ferramenta fundamental.

� semelhante � vis�o de longa data em rela��o � energia solar e e�lica que est� rapidamente se tornando ultrapassada: s�o boas, mas acreditava-se que n�o eram capazes de desempenhar um papel importante no que se refere a atender nossas demandas energ�ticas.

O programa nacional do Peru, no entanto, tem o potencial de demonstrar qu�o eficazes as solu��es "slow water" podem ser, quando implementadas na escala das bacias hidrogr�ficas.

No entanto, apesar das pol�ticas inovadoras do pa�s, coloc�-las em pr�tica tem sido um processo lento, em parte devido � alta rotatividade no governo — incluindo cinco presidentes em cinco anos.

Outro grande obst�culo, e que a maioria dos pa�ses enfrenta, � superar as pr�ticas arraigadas no setor h�drico para tentar algo novo.

Em 2018, a Global Affairs Canada e a Ag�ncia dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional se comprometeram a investir US$ 27,5 milh�es (R$ 140 milh�es) em cinco anos para ajudar o Peru a tirar do papel seu programa inovador.

O dinheiro foi para a Forest Trends, uma ONG que trabalha em solu��es naturais para a �gua no Peru desde 2012.

Seu diretor executivo, Fernando Moimy, defende h� muito tempo a ideia, primeiro no governo como ex-chefe da Sunass, depois por meio da Forest Trends.

A iniciativa da ONG, chamada Infraestrutura Natural para Seguran�a H�drica, visa fornecer conhecimento t�cnico, afirma Gena Gammie, diretora adjunta do projeto.

Agora a iniciativa est� ganhando for�a. Quarenta das 50 concession�rias de �gua do pa�s est�o coletando fundos MRSE — e arrecadaram mais de US$ 30 milh�es.

A Sunass espera que sejam angariados pelo menos US$ 43 milh�es at� 2024. Esse dinheiro est� sendo investido em mais de 60 projetos em todo o pa�s.

Entre os apoiados pela Sedapal, servi�o de abastecimento de �gua de Lima, est�o projetos que fortalecem uma antiga t�cnica de armazenamento de �gua e protegem os raros bofedales, �reas �midas de alta altitude.

'Semear' �gua

Foi isso que me levou � viagem pelas montanhas peruanas ao norte de Lima, at� o vilarejo de Huamantanga, junto a cientistas que est�o estudando as antigas t�cnicas de gerenciamento de �gua da regi�o.

As pessoas que vivem aqui s�o camponeses: membros de um coletivo agr�cola. Elas usam canais de �gua chamados amunas — palavra em quechua que significa "reter" — para desviar o fluxo dos c�rregos das montanhas na esta��o chuvosa e direcion�-lo para bacias de infiltra��o naturais.

A estrat�gia, inventada por um antigo povo chamado Huari, ainda � praticada aqui e em alguns outros vilarejos andinos.

Como a �gua se move mais lentamente no subsolo � medida que atravessa o cascalho e o solo, ela emerge encosta abaixo dos mananciais meses depois, quando os camponeses a coletam para regar suas planta��es.

Como grande parte da irriga��o penetra no solo e acaba voltando aos rios que abastecem Lima, revitalizar as amunas abandonadas espalhadas pelas montanhas poderia prolongar a �gua na esta��o de seca para os moradores das cidades tamb�m. Da� o interesse da Sedapal.

Na pra�a principal de Huamantanga, em frente a uma igreja cat�lica, conheci Katya Perez, pesquisadora social da ONG Condesan, que estuda como as pessoas interagem com os sistemas de �gua.

Ela estabeleceu uma rela��o com os camponeses aqui, reunindo seus conhecimentos e tradi��es para manter as amunas.

Por exemplo, eles realizam cerim�nias de limpeza e b�n��o dos canais, porque sabem que a remo��o anual de lodo permite que continuem funcionando bem.

As amunas ficam acima da vila, a cerca de 4.500 m, ent�o alugamos cavalos dos moradores e cavalgamos pela puna ensolarada, vegeta��o local repleta de pequenos arbustos e p�s de tremo�os com flores roxas.

As montanhas se acumulam uma atr�s da outra em um aparente infinito, e um p�ssaro gigante — possivelmente um condor andino — paira sobre n�s. Finalmente, avisto uma amuna.

Constru�da com a disposi��o cuidadosa de rochas, tem cerca de 60 cent�metros de largura e alguns metros de profundidade, serpenteando pelos contornos sinuosos das colinas.

� julho, meados da esta��o de seca, e a amuna est� quase sem �gua, tendo levado seu tesouro h�drico para uma depress�o rochosa em forma de tigela, onde se infiltrou no solo.

A camponesa Lucila Castillo Flores, uma senhora de saia e chap�u, compara o que acontece aqui a "semear" �gua.

"Se semearmos a �gua, podemos colher a �gua", diz Flores.

"Mas se n�o semearmos a �gua, teremos problemas."

Pouco antes do desvio para a amuna, os pesquisadores instalaram uma pequena barragem, uma placa de metal colocada verticalmente no c�rrego com um entalhe em forma de V.

Ferramenta cl�ssica para monitorar a vaz�o da �gua, esta barragem cria um pequeno lago, elevando o n�vel da �gua para que passe pelo "V" mesmo quando est� baixo, explicou um dos cientistas, o engenheiro h�drico Boris Ochoa-Tocachi, diretor-executivo da empresa de consultoria ambiental ATUK, com sede no Equador, e consultor da Forest Trends.

A altura da �gua � medida com um transdutor de press�o, um instrumento submerso no lago formado pela barragem. Quanto maior o peso no sensor, significa mais �gua.

Os dados coletados aqui serviram de base para um estudo sobre as amunas que fez parte da tese de Ochoa-Tocachi na universidade Imperial College, em Londres, publicada na Nature Sustainability em 2019.

Montados de volta nos cavalos, descemos parte da montanha e paramos em um manancial abastecido por amunas. Aqui, a �gua que estava viajando pela rocha e pelo solo brotou em um c�rrego borbulhante.

"Voc� est� vendo, � realmente muita �gua em compara��o com o fluxo que vimos na barragem", diz Ochoa-Tocachi, com �bvia satisfa��o.

Uma das coisas mais marcantes sobre as amunas � que os camponeses sabem qual canal abastece qual manancial, o que significa que eles entendem o caminho que a �gua segue no subsolo.

As entrevistas de Perez com a popula��o local documentaram esse conhecimento, que foi transmitido de gera��o para gera��o.

Os urbanistas tendem a n�o levar em considera��o o conhecimento dos povos rurais e ind�genas, diz Ochoa-Tocachi, mas os pesquisadores foram capazes de confirmar as informa��es deles, classificadas como "muito precisas", ao adicionar rastreadores aos fluxos das amunas e, na sequ�ncia, usar detectores sens�veis para monitorar o surgimento dessas mol�culas nos mananciais.

Esta descoberta "nos surpreendeu", afirma Ochoa-Tocachi.

"Isso mostra que podemos usar o conhecimento nativo para complementar a ci�ncia moderna e fornecer solu��es para os problemas atuais."

Ele e os coautores do estudo analisaram modelos de como revitalizar as v�rias amunas abandonadas espalhadas pelo altiplano andino poderia aumentar o abastecimento de �gua para Lima, que j� est� cerca de 5% abaixo — um d�ficit de aproximadamente 43 milh�es de metros c�bicos.

Concentrando-se apenas na maior bacia hidrogr�fica das tr�s que abastecem Lima, eles calcularam um desvio de cerca de 35% dos fluxos de �gua para as amunas na esta��o chuvosa, deixando o resto no rio para nutrir a vida aqu�tica.

Eles partiram do pressuposto que metade da �gua desviada tamb�m iria para o meio ambiente, nas profundezas do subsolo ou liberadas na atmosfera por meio de plantas.

No entanto, o que restou foram 99 milh�es de metros c�bicos — mais do que o dobro do que Lima precisa.

Eles tamb�m mostraram que a �gua desviada passa entre duas semanas a oito meses no subsolo, com um atraso m�dio de 45 dias.

Diminuir a velocidade dessa �gua aumentaria o fluxo dos rios no in�cio da esta��o de seca em 33%, adiando a necessidade de Lima recorrer a seus reservat�rios.

Como os engenheiros que tomam decis�es sobre projetos h�dricos exigem dados concretos como estes para implementar projetos, esta pesquisa � fundamental para mudar a forma como gerenciamos a �gua. Ela traduz a efic�cia dos projetos "slow water" para a l�ngua que os engenheiros falam.

Incentivada pelas descobertas, a Sedapal planeja investir US$ 3 milh�es no fortalecimento de 12 amunas acima de Huamantanga, construindo mais duas e revitalizando as pastagens vizinhas, conta Oscar Angulo, coordenador de �gua e saneamento para investimento em infraestrutura natural da Forest Trends.

�reas encharcadas

A Sedapal e outras concession�rias de �gua no Peru tamb�m est�o investindo em ecossistemas naturais.

Saindo de Lima novamente, desta vez rumo ao nordeste ao longo do Rio Rimac, acompanhei um grupo de especialistas regionais em �gua a uma turfeira tropical rara de alta altitude chamada bofedal, que s�o �reas pantanosas.

Exclusivos dos Andes, os bofedales s�o dominados por plantas bem adaptadas �s condi��es tropicais de montanha de "ver�o todos os dias e inverno todas as noites", prosperando sob o sol intenso, ventos fortes, um per�odo breve de semeadura, congelamento di�rio e neve sazonal.

As plantas de baixo crescimento, firmes, mas esponjosas, s�o pontilhadas com pequenas flores em forma de estrela e entremeadas com pequenas po�as de �gua.

As turfeiras, incluindo os bofedales, t�m uma porcentagem maior de mat�ria org�nica do que outros solos, o que as torna excepcionalmente boas em reter �gua.

Embora as turfeiras cubram apenas 3% da �rea terrestre, elas armazenam 10% de toda a �gua doce (e 30% do carbono no solo) do mundo.

Na paisagem �ngreme da Cordilheira dos Andes, os bofedales reduzem o escoamento da �gua, evitando inunda��es e deslizamentos de terra.

� medida que as geleiras que antes armazenavam �gua derretem, os bofedales desempenham um papel ainda mais importante na reten��o de �gua para abastecimento na esta��o de seca.

Por permanecerem verdes o ano todo, os bofedales tamb�m s�o focos de biodiversidade, sendo frequentados por p�ssaros e mam�feros, incluindo veados, pumas, raposas andinas, gatos-dos-pampas, vicunhas e guanacos, ancestrais selvagens das domesticadas alpacas e lhamas.

Depois de horas dirigindo em dire��o �s nuvens, chegamos a um ponto a cerca de 4.500 m de altitude, onde o vale se ampliou, exibindo um lago sazonal e um bofedal. Mas algo estava terrivelmente errado.

Quadrados de solo de 1,5 m de comprimento e 30 cm de profundidade haviam sido retalhados em um padr�o quadriculado por ca�adores de turfa para vender aos viveiros de plantas em Lima.

Esta turfa, depositada ao longo de mil�nios, foi destru�da em poucos minutos. Os fragmentos restantes, rec�m-expostos, cheiravam a decomposi��o devido � oxida��o da mat�ria org�nica.

Nos deparamos com a superf�cie irregular do vale, com nossos passos levantando poeira vermelha.

Mas em mar�o, as autoridades percorreram a longa estrada at� o vilarejo local, Carampoma, para a cerim�nia de lan�amento do investimento de US$ 850 mil da Sedapal para restaurar a �rea devastada e proteger os bofedales saud�veis %u200B%u200Bque restaram.

O programa vai trabalhar em parceria com a comunidade para afastar a pastagem das �reas afetadas e introduzir a vigil�ncia dos bofedales.

O Peru tem leis para proteger as �reas �midas, mas a aplica��o da legisla��o � um tanto turva.

Para esclarecer a situa��o, a Forest Trends est� se reunindo com autoridades e desenvolvendo um manual para as comunidades, para que a popula��o local saiba o que fazer (como tirar fotos e obter coordenadas de GPS) e quais autoridades notificar, diz Angulo.

Para restaurar as �reas �midas danificadas, as pessoas v�o reintroduzir plantas colhidas cuidadosamente de um local pr�ximo e garantir o fluxo de �gua para nutri-las.

Os cientistas n�o sabem quanto tempo vai demorar para restaurar a turfa, mas Angulo espera que a natureza possa come�ar a se recuperar por conta pr�pria rapidamente com um pouco de ajuda.

Em todos esses projetos, os benef�cios para a comunidade local s�o vitais, explica Angulo, ent�o eles est�o motivados a manter as pr�ticas de gest�o da terra e da �gua que, em �ltima inst�ncia, beneficiam a bacia hidrogr�fica como um todo.

Sem isso, "dois a tr�s anos depois, n�o ser� sustent�vel", afirma.

Embora cada pa�s tenha quest�es h�dricas, paisagens e culturas �nicas, outros lugares podem aprender com a experi�ncia do Peru.

Os europeus que dependem dos Alpes e os asi�ticos que contam com os Himalaias para obter �gua tamb�m est�o perdendo suas geleiras para as mudan�as clim�ticas e v�o precisar de novas maneiras de captar �gua das cheias para proteger casas e neg�cios e armazenar �gua para uso posterior.

A atividade humana que degrada a capacidade da terra de reter �gua pode ser revertida, seja o desmatamento nas montanhas do Qu�nia ou o sobrepastoreio no oeste dos Estados Unidos.

Expandir as solu��es "slow water" pelas bacias hidrogr�ficas tem uma curva de aprendizado �ngreme, mas a seriedade da crise clim�tica exige uma a��o r�pida.

"N�o temos todas as informa��es que adorar�amos ter hoje para tomar as melhores decis�es poss�veis. Mas podemos tomar boas decis�es", diz Gammie, acrescentando que o monitoramento cient�fico est� permitindo que eles "aprendam e aprimorem � medida que avan�am".

O financiamento para esta reportagem foi fornecido pela National Geographic Society.

Leia a vers�o original desta reportagem (em ingl�s) no site BBC Future.

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