Um dos ve�culos mais emblem�ticos fabricados no Brasil est� completando 50 anos. O Dodge Dart foi lan�ado no Brasil em outubro de 1969 pela Chrysler, que desde 1967 produzia por aqui os modelo da Simca como o Esplanada e o esportivo GTX.
A estreia foi feita com a carroceria sed� de quatro portas de 4,96 metros de comprimento. As linhas eram alinhadas com o modelo fabricado nos Estados Unidos. Comparado a outro grandalh�o nacional, o Ford Galaxie, o acabamento do Dart era minimalista, por�m, com o tempo, ficou claro que sua “pegada” era mais esportiva do que luxuosa. Apesar da dist�ncia entre-eixos de 2,82 metros, o espa�o interno n�o era t�o grande como o exterior
A partir de 1970, a carroceria cup� – de duas portas, sem as colunas centrais e com as colunas traseiras mais inclinadas – tamb�m passa a ser fabricada na planta de S�o Bernardo do Campo (SP). Ambos traziam sob o cap� o motor Magnum, um bloco V8 de 5.2 litros (o maior, em capacidade volum�trica, fabricado para um carro de passeio at� hoje no Brasil), com pot�ncia de 198cv a 4.400rpm e torque de 41,5kgfm a 2.400rpm (em n�meros brutos, como era usual na �poca). A acelera��o at� 100 km/h era feita em 12 segundos, nada mal para uma “barca” de 1,5 tonelada. O c�mbio era manual de tr�s marchas com alavanca na coluna de dire��o, abrindo espa�o para um banco inteiri�o tamb�m na frente. A suspens�o tinha acerto que privilegiava a estabilidade, em detrimento do conforto.
O ic�nico Dodge Charger – nada mais que um Dart cup� repleto de decora��o esportiva – viria ainda em 1970 (modelo 71). O Charger R/T trazia faixas pretas, teto de vinil, coluna traseira alongada, escapamento duplo, rodas esportivas e os caracter�sticos far�is camuflados atr�s da grade. O interior tinha bancos dianteiros individuais e c�mbio manual de quatro marchas com alavanca no assoalho. O motor era o mesmo, por�m com 215cv de pot�ncia e 42,9kgfm de torque (brutos). Tamb�m havia o Charger LS, com visual “invocado”, por�m com 205cv e c�mbio de tr�s marchas.
A linha Dart ficou mais completa em 1972, com a chegada de mais duas vers�es. O SE era um cup� mais despojado, com apelo esportivo, onde o cromado da carroceria deu espa�o ao preto fosco. A outra novidade era o Gran Sedan, vers�o topo de linha que trazia pneus com faixas brancas, calotas integrais e teto de vinil. Por dentro o acabamento era luxuoso, e dava direito at� a um painel com apliques imitando madeira.
No ano seguinte, a linha foi reestilizada, com novos far�is, lanternas, grade e painel. O Charger passou a ter far�is duplos, sempre escondidos atr�s da grade. Em 1974 chegaram ao mercado as novas vers�es Gran Coup� e Gran Sedan, que tinham a mesma frente do Charger, por�m com acabamento mais s�brio. Dois anos depois o Dart SE, o Gran Coup� e o Charger LS deixaram de ser fabricados. Em 1978 o Gran Sedan tamb�m “subiu no telhado”.
Em 1979 a linha Dart sofreu uma modifica��o radical, nos moldes adotados nos �ltimos anos de produ��o do modelo nos EUA. Frente e traseira eram feitas em pl�stico e fibra de vidro. O destaque era a frente, com um bico, novos far�is, cap�, grade, para choque e lanternas. Nesse ano tamb�m foram apresentadas duas novas vers�es, o cup� Magnum e o sed� Le Baron, ambas topo de linha.
O R/T, j� completamente descaracterizado, deixou o mercado em 1980, pouco depois da Volkswagen ter adquirido a empresa. No ano seguinte foi decretado o fim de toda a linha Dart. At� 1981, o Dodge Dart e seus derivados somaram 93.008 unidades produzidas no Brasil. Os �ltimos exemplares feitos no ABC paulista foram tamb�m os �ltimos no mundo dessa gera��o, pois a produ��o nos EUA e M�xico havia sido encerrada em 1976.