SENADOR ROMÁRIO

Juliana Marins: senador propõe custeio público para repatriação de corpos

Projeto do senador Romário surge após morte de brasileira na Indonésia e prevê apoio do governo em situações excepcionais

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Após a morte da publicitária Juliana Marins, de 26 anos, na Indonésia, o senador Romário (PL-RJ) apresentou um projeto de lei que propõe a criação de um mecanismo de apoio financeiro para custear a repatriação de corpos de brasileiros falecidos no exterior. A proposta, segundo informações do jornal O Globo, foi protocolada nessa quarta-feira (25/6), mas ainda não consta no sistema oficial do Senado.

O texto prevê que o governo federal arque, em casos excepcionais, com as despesas de translado ou cremação, com base em critérios de vulnerabilidade social. De acordo com o senador, a ideia é implementar filtros rigorosos, mecanismos de controle e transparência para evitar fraudes, adotando um modelo semelhante ao de países que já possuem políticas deste tipo de assistência.

Romário também formalizou um pedido ao ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, solicitando apoio humanitário à família da jovem brasileira, que morreu no Monte Rinjani, na ilha de Lombok, após cair em uma ribanceira durante uma trilha.

“Para jamais esquecermos a dor dessa família, que terá que arcar sozinha com todas as despesas para trazer o corpo da filha para o último adeus, vou trabalhar pela aprovação célere da Lei Juliana Marins”, afirmou o parlamentar.

A legislação atual (Lei 9.199/2017) veda o uso de recursos públicos para cobrir despesas com sepultamento ou traslado de brasileiros mortos fora do país. A única exceção ocorre em situações médicas específicas e atendimentos emergenciais de natureza humanitária.

“A assistência consular não compreende o custeio de despesas com sepultamento e traslado de corpos de nacionais que tenham falecido do exterior, nem despesas com hospitalização, excetuados os itens médicos e o atendimento emergencial em situações de caráter humanitário”, diz trecho da lei.

“Não se trata de um benefício automático, mas de garantir dignidade. O Estado não pode cruzar os braços quando uma família brasileira enfrenta uma tragédia do outro lado do mundo sem nenhum apoio”, completou Romário.

Juliana Marins desapareceu na última sexta-feira (21/6), durante uma trilha guiada. Ela caiu em uma ribanceira e ficou presa por quatro dias em uma região de difícil acesso, sem água, comida ou abrigo. O corpo foi localizado nessa terça-feira (24/6), segundo informou a família por meio das redes sociais.

A causa da morte de Juliana, assim como o dia e horário ainda não foram divulgados. O corpo, recuperado nessa quarta (25/6), deve passar por autópsia antes de ser liberado para vir para o Brasil.

Juliana era natural de Niterói, no Rio de Janeiro, e atuava como publicitária. Era apaixonada por viagens e esportes ao ar livre e fazia um mochilão pelo Sudeste Asiático desde fevereiro deste ano. Durante a viagem, ela passou pelas Filipinas, Tailândia e Vietnã.

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Após o acidente, a brasileira não fez contato com a família diretamente, por falta de sinal. As informações chegaram até o Brasil por meio de um grupo de turistas que também fazia a trilha e conseguiu acionar pessoas próximas à vítima por meio de uma rede social.

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