SAÚDE DOS OSSOS

Osteoartrite em quadril cresce entre mulheres jovens esportistas

Condição afeta cerca de 15% da população mundial acima dos 30 anos, sobretudo mulheres após os 60 anos; Brasil tem 12 milhões de casos

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Osteoartrite em quadril cresce entre mulheres jovens esportistas
Assunto foi um dos destaques do XXI Congresso Brasileiro de Quadril, entre 27 e 30 de agosto, em Foz do Iguaçu (PR)

A osteoartrite (OA) de quadril, doença articular que antes era associada principalmente ao envelhecimento, já começa a aparecer com maior frequência em mulheres jovens que praticam esportes. Estima-se que a osteoartrite afete cerca de 15% da população mundial acima dos 30 anos, sobretudo mulheres após os 60 anos. No Brasil, os números apontam para 12 milhões de casos, o que equivale a 6,3% da faixa etária adulta e 3,5% de toda a população.

Forma mais comum de doença articular, a osteoartrite impacta quadril, joelho, mãos e pés, sendo uma das principais causas de afastamento do trabalho e aposentadoria por invalidez. O crescimento da prática de atividades físicas, especialmente entre mulheres, acende um alerta para a importância do cuidado preventivo com a saúde articular.

“O que se observa é um movimento cada vez maior de mulheres jovens praticando esportes sem a devida atenção à saúde das articulações. Iniciar uma corrida ou caminhada sem adotar medidas preventivas pode sobrecarregar o quadril e antecipar o surgimento da osteoartrite. Diferentemente dos casos em pessoas acima dos 50 anos — em que muitas vezes há predisposição genética envolvida —, a OA em mulheres esportistas mais jovens é uma realidade crescente e preocupante.

Isso traz implicações diretas para o futuro da saúde articular, qualidade de vida e mobilidade dessas mulheres”, explica o ortopedista Leandro Calil, membro titular da Sociedade Internacional de Artroscopia do Quadril e da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Quadril. O médico foi palestrante no XXI Congresso Brasileiro de Quadril, ocorrido recentemente em Foz do Iguaçu.

Com o envelhecimento populacional, o aumento da expectativa de vida e da obesidade — um dos principais fatores de risco para a osteoartrite — a projeção é de que, até 2050, os casos de OA em quadril cresçam 78,6%, superando os diagnósticos da doença nas mãos, atualmente a região mais afetada.

Reconhecer os primeiros sinais é fundamental para esportistas de alta demanda que praticam corrida, caminhada ou outras atividades de impacto. “Hoje temos métodos de tratamento modernos, como a viscossuplementação, que por meio de uma única aplicação pode reduzir dores e melhorar a qualidade de vida por até oito meses em pacientes com osteoartrite leve a moderada”, complementa Leandro.

Locais mais afetados pela osteoartrite:

  • Joelhos: responsáveis por quase quatro quintos da carga global da OA, com prevalência aumentada pela idade e obesidade
  • Quadris: comum em idosos e com prevalência significativa em obesos
  • Mãos: mais frequente em mulheres acima dos 50 anos; incidência global cresceu 82% entre 1990 e 2019
  • Pés: articulações como as metatarsofalângicas são frequentemente afetadas
  • Tornozelos: doença crônica que atinge cerca de 1% da população, com prevalência estimada em 30 casos por 100.000 habitantes

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