Alimentação no combate ao câncer: entenda a relação
Consumo de ultraprocessados está associado ao aumento de casos da doença; dieta rica em nutrientes promove um ambiente metabólico saudável
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O câncer é definido como uma doença multicausal crônico-degenerativa, caracterizada pelo crescimento desordenado e descontrolado das células, sendo uma das principais causas de mortalidade no mundo.
Etimologicamente, a palavra se origina do grego karkinos, que significa "caranguejo", e foi utilizada por volta de 400 AC pelo médico Hipócrates ao observar semelhanças entre um tumor e a forma como acomete os vasos sanguíneos ao seu redor com um caranguejo, com as suas patas abertas. Isso traz uma analogia interessante sobre a perspectiva da psicossomática, onde a sobrecarga mental e emocional extrema em algum momento não é mais suportada e as células perdem sua função saudável, “caminhando” sem ordem adoecendo todo o sistema.
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O olhar integrativo nos aponta a doença como um mensageiro da perda de equilíbrio entre a mente e o corpo. Quando os desequilíbrios ultrapassam os limites de superação e elaboração do individuo, no caso do câncer as vivências traumáticas não superadas, o estresse crônico e os hábitos de vida se somatizam, levando a predisposição à doença. Este é um chamado para algo interno que necessita ser visto e mudado.
O papel da alimentação
“A alimentação pode influenciar positivamente tanto em relação à regulação das emoções e do estresse quanto no tratamento das neoplasias em si, buscar opções mais conscientes e uma alimentação mais saudável são a construção de um alicerce sólido da saúde.”, comenta a nutricionista, mentora de vida saudável e terapeuta integrativa, Jhenevieve Cruvinel.
Em relação à prevenção, podemos falar sobre o consumo de ultraprocessados ter correlação direta com o aumento dos casos da doença em países desenvolvidos em relação a países em desenvolvimento, apontando que a mudança na cultura e padrão alimentar está ligada às doenças metabólicas e crônico-degenerativas e que matam milhares de pessoas todos os anos.
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Reduzir o consumo dos carboidratos simples para níveis adequados também é um grande fator de proteção, assim como aumentar o consumo das frutas, vegetais e hortaliças em geral.
“Uma alimentação rica em antioxidantes, vitaminas e minerais, podemos citar a glutationa (GSH), a vitamina A, vitamina C, vitamina E, zinco e selênio como promotores de um ambiente metabólico saudável, que regulam a cascata hormonal, neuroquímica e comportamental, promovendo prevenção e suporte para o tratamento e a superação da doença”, adverte.
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Segundo Jhenevieve, os melhores alimentos para a obtenção destes nutrientes são: a batata-doce, cenoura, espinafre, pimentão, acerola, laranja, mamão, manga, frutas vermelhas, a cúrcuma, castanha-do-pará, azeite, abacate, carnes magras, salmão e frango.
“Dentre os benefícios de uma alimentação equilibrada e rica em antioxidantes, destaca-se a capacidade que possuem em potencializar os efeitos das drogas antineoplásicas, auxiliando no tratamento e até mesmo na redução da dose administrada dos medicamentos, com benefícios para os efeitos terapêuticos e com redução nos efeitos colaterais do tratamento que causam bastante desconforto nos pacientes”, diz Jhenevieve.
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