
O c�ncer de mama � um dos poucos tipos de c�ncer para os quais est� dispon�vel um teste de rastreamento eficaz, a mamografia. A resson�ncia magn�tica e o ultrassom tamb�m s�o usados para detectar o c�ncer de mama, mas n�o como ferramentas de triagem de rotina para pessoas com risco m�dio.
Estudos em andamento buscam maneiras de melhorar as op��es atuais de rastreamento do c�ncer de mama. Os avan�os tecnol�gicos na imagiologia est�o criando novas oportunidades para melhorias tanto no rastreio como na detec��o precoce. Um avan�o tecnol�gico � a mamografia 3-D (dimens�es), tamb�m chamada de tomoss�ntese mam�ria. Este procedimento tira imagens de diferentes �ngulos ao redor da mama e as transforma em uma imagem semelhante a 3D. Embora esta tecnologia esteja cada vez mais dispon�vel na cl�nica, n�o se sabe se � melhor do que a mamografia 2-D padr�o, para detectar o cancro numa fase menos avan�ada.
Um estudo conduzido pelo NCI (Instituto Nacional do C�ncer) americano, o Tomosynthesis Mammographic Imaging Screening Trial (TMIST), est� em andamento para comparar o n�mero de c�nceres avan�ados detectados em mulheres examinadas por 5 anos com mamografia 3-D com o n�mero detectado em mulheres examinadas com mamografia 2 -D.
Apesar dos avan�os, existem ainda preocupa��es no rastreio do c�ncer da mama, que s�o:
1. o potencial para diagnosticar tumores que n�o seriam fatais (sobrediagn�stico)
2. a possibilidade de se receberem resultados de testes falso-positivos e a ansiedade que acompanha os testes ou procedimentos de acompanhamento
� medida que o tratamento do c�ncer se torna mais individualizado, os investigadores procuram formas de personalizar o rastreio do c�ncer da mama. Por isso os estudos se concentram em m�todos de rastreio adequados ao n�vel de risco de cada mulher e que limitam a possibilidade de sobrediagn�stico. Por exemplo, o estudo Mulheres Informadas para Rastrear Dependendo das Medidas de Risco (WISDOM) conduzido nos EUA visa determinar se o rastreio baseado no risco - isto �, o rastreio em intervalos baseados no risco de cada mulher, conforme determinado pela sua composi��o gen�tica, hist�rico familiar e outros fatores de risco - � t�o segura, eficaz e aceite como a mamografia de rastreio anual padr�o.
O estudo WISDOM tamb�m est� fazendo um esfor�o concentrado para inscrever mulheres negras no ensaio. Estudos anteriores tenderam a incluir uma maioria de mulheres brancas e, portanto, h� menos dados sobre como o rastreio pode beneficiar as mulheres negras, ao mesmo tempo que aumenta a diversidade de todas as mulheres inscritas.
Avan�os na indica��o do tratamento adjuvante
Os pilares do tratamento do c�ncer de mama s�o cirurgia, radia��o, quimioterapia, terapia hormonal e terapia direcionada. Mas os cientistas continuam a estudar novos tratamentos e medicamentos, juntamente com novas combina��es de tratamentos existentes.
Sabe-se agora que o c�ncer de mama pode ser dividido em subtipos com base em os que possuem receptores hormonais (HR) positivos, o que significa que cont�m receptores de estrog�nio e/ou progesterona (ER, PR); os que possuem n�veis elevados da prote�na HER2 (HER2 positivo) e aqueles que n�o expressam esses marcadores (os chamados "triplo negativos"). � medida que aprendemos mais sobre os subtipos de c�ncer da mama e o seu comportamento, podemos utilizar esta informa��o para orientar as decis�es de tratamento. Por exemplo: o ensaio cl�nico TAILORx patrocinado pelo NCI: o estudo, que incluiu pacientes com c�ncer de mama com RE positivo e linfonodos negativos, descobriu que um teste que analisa a express�o de certos genes, pode prever quais mulheres podem evitar a quimioterapia com seguran�a.
O ensaio RxPONDER descobriu que o mesmo teste de express�o gen�tica tamb�m pode ser usado para determinar op��es de tratamento em mulheres com c�ncer da mama mais avan�ado. O estudo identificou que, algumas mulheres na p�s-menopausa, com c�ncer de mama HR positivo e HER-2 negativo, mesmo com g�nglios linf�ticos axilares comprometidos, podem possuir um baixo risco de recorr�ncia. Portanto, n�o se beneficiando da quimioterapia, quando adicionada � terapia hormonal.
An�lises gen�micas, como as realizadas atrav�s do Atlas do Genoma do C�ncer (TCGA), forneceram mais informa��es sobre a diversidade molecular deste tumor e, eventualmente, podem tamb�m ajudar a identificar ainda mais, subtipos adicionais de c�ncer da mama. Esse conhecimento, por sua vez, pode levar ao desenvolvimento de terapias que visem � reverter altera��es gen�ticas que impulsionam a estimulam o crescimento desses subtipos espec�ficos de c�ncer.