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Estado de Minas SETEMBRO AMARELO

Como prevenir o suic�dio e fazer com que o assunto deixe de ser tabu?

Preven��o ao suic�dio passa por quest�es como informa��o e aten��o aos detalhes, al�m de fomentar a discuss�o sobre o tema, principalmente no Setembro Amarelo


06/09/2022 04:00 - atualizado 06/09/2022 08:02

Ilustração mostra jovem de cabelo curto de lado e um balao de HQ, na cor amarela, saindo de sua boca

 
Comecei a trabalhar no jornal em 1976. Era uma adolescente de 16 anos. Fui transferida para a Reda��o em 1981 e uma das primeiras coisas que fiquei sabendo � que havia um acordo verbal entre a imprensa de n�o noticiar suic�dios para n�o encorajar suicidas em potencial a cometerem o ato. E foi assim at� maio de 2017, quando o jogo de internet Baleia Azul deflagrou um grande n�mero de suic�dios entre jovens. A �ltima etapa do jogo sugeria tirar a pr�pria vida. N�o foi poss�vel se calar diante disso e, desde ent�o, o suic�dio passou a ter lugar no jornalismo.
 
De acordo com a Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS), cerca de 1 milh�o de pessoas tiram a pr�pria vida ao redor do mundo todos os anos e, no Brasil, o suic�dio � considerado a quarta maior causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos. Diante desse cen�rio, foi criado o Setembro Amarelo, uma campanha que busca dar visibilidade a discuss�es importantes sobre a preven��o do suic�dio, suas principais causas e as formas de preven��o.
 
A preven��o do suic�dio passa por quest�es como a informa��o e a aten��o aos detalhes. Fomentar a discuss�o sobre o tema, consequ�ncias e preven��o, a partir da percep��o da dor do outro e da amplia��o do di�logo. Sempre atento aos sinais de risco, como depress�o, depend�ncia de subst�ncias psicoativas, perturba��es de personalidade, isolamento, alcoolismo, desleixo com a apar�ncia, des�nimo, disfuncionalidade no seio familiar e tristeza profunda, entre outros.
 
Al�m disso, falar a respeito com muita responsabilidade e afeto ao pr�ximo � sempre necess�rio para que se d� a devida import�ncia a poss�veis contextos que poderiam culminar neste tipo de atitude. Os cuidados sobre sa�de mental devem ser evidenciados. N�o devemos ter medo de tocar no assunto. O tabu deve ser derrubado e os fatores de prote��o aumentados. � preciso incentivar a pessoa a buscar ajuda e tamb�m seguir o tratamento adequado para fortalecer sua autoestima e o amor-pr�prio. � preciso acolher, permitindo que o outro se sinta � vontade para expressar suas emo��es. � preciso estimular a fala consciente e sem julgamentos por meio de uma escuta ativa e afetuosa, promovida por uma rede de apoio estruturada.
 
Cuidar da sa�de mental promove a qualidade de vida e torna o indiv�duo mais forte diante das mais variadas situa��es e tamb�m pode ajud�-lo em quadros de transtornos psicol�gicos em que o mesmo tenha grande dificuldade de lidar com suas emo��es e sentimentos. Al�m disso, n�o podemos esquecer que a busca por uma ajuda qualificada de um profissional de sa�de mental auxilia no cuidado das dores emocionais. Empatia salva vidas.
 
As empresas t�m um papel primordial na preven��o do suic�dio, lembrando que, hoje, grande parte das doen�as do trabalho deixaram de ser f�sicas e passaram a ser psicol�gicas. As �reas de recursos humanos precisam estar atentas e observar tra�os dessas doen�as modernas, antes que eles evoluam e possam prejudicar o trabalho ou resultar no suic�dio. Se n�o forem identificadas e tratadas doen�as como transtorno de ansiedade, depress�o, crise do p�nico e s�ndrome de burnout, elas podem evoluir para o suic�dio. Quais as principais causas? Esses problemas podem surgir a partir de grande competitividade no local de trabalho, press�o inadequada ou por ser a atividade exercida muito intensa, sujeita a riscos.
 
Para combater esses problemas, existem caminhos para as empresas, e um deles passa pela intensifica��o de a��es relacionadas � medicina do trabalho que priorizem o bem-estar, como fazer grupos para vivenciamentos, onde se aprenda a lidar com situa��es e pessoas. Como esses problemas est�o mais frequentes, um caminho � sempre repensar situa��es que podem originar esses males. Com melhores condi��es de trabalho e das rela��es profissionais com diminui��o do isolamento. Pode ainda ser necess�rio ter ajuda m�dica, a psicoterapia tamb�m pode ajudar a compreender melhor as raz�es que levaram o colaborador a tal situa��o e a evitar procedimentos semelhantes no futuro.

(Isabela Teixeira da Costa/Interina)

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