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Estado de Minas ANNA MARINA

Voc� pode n�o conhecer a nomofobia, mas ela est� mais perto do que imagina

Transtorno � fruto da hiperconex�o e do uso excessivo de celulares e afins. Psic�loga d� dicas para enfrentar o problema


28/10/2022 04:00 - atualizado 27/10/2022 23:43

ilustração mostra garoto com o pé acorrentado ao tablet

Com os avan�os tecnol�gicos e as novas necessidades de mercado, cada vez mais os indiv�duos utilizam dispositivos como computadores e celulares em sua rotina, seja no ambiente de trabalho ou na vida pessoal. Mas j� � sabido que o uso exagerado pode causar impactos na sa�de f�sica e mental. Nesse cen�rio de popula��o hiperconectada, surgiu um novo termo na psicologia: nomofobia.

De acordo com Sara Silva, professora de psicologia do Centro Universit�rio Braz Cubas, nomofobia faz refer�ncia �s sensa��es observadas “no modo off-line”, ou seja, a desconex�o ou o medo dela. A partir disso, as pessoas passam a sentir ansiedade, desconforto, nervosismo, ang�stia e p�nico, al�m de sintomas f�sicos como aperto no peito, taquicardia e suor frio.

Outro dia, vi minha sobrinha-neta, pr�-adolescente, em uma cena inimagin�vel para mim: ela estava em frente � gigantesca TV jogando um game que parecia partida de futebol de verdade, enquanto em seu celular passava uma s�rie. Ela estava em frente de duas telas, vendo e fazendo coisas diferentes.

Como o c�rebro consegue absorver tudo isso junto, n�o sei. E muito menos o que isso pode causar aos jovens. O bom � que ela n�o sente nada quando fica out das conex�es. Isso n�o � raro, porque, leitora contumaz, sempre est� com um livro na m�o, a ponto de surpreender as pessoas.

A psic�loga explica que ainda � dif�cil definir as causas e os efeitos da nomofobia. No momento, parece ser a combina��o de fatores como baixa autoestima, n�vel elevado de ansiedade e impulsividade.
 
Sara elenca sinais de alerta: sempre h� um dispositivo para recarregar a bateria; monitoramento constante do aparelho para verifica��o de notifica��es; celular sempre ligado, inclusive em momentos n�o oportunos como estar na cama pr�ximo � pessoa quando ela vai dormir. Se o celular fica inutiliz�vel por qualquer raz�o, surgem ansiedade, ang�stia e nervosismo. H� o medo de ficar sem conex�o. E o celular � o primeiro e �ltimo instrumento que a pessoa acessa. Al�m disso, ela limita suas atividades a locais onde conseguir� ficar conectada.

A nomofobia se enquadra nos crit�rios do Manual de Diagn�stico e Estat�stico de Transtornos Mentais (DSM-V) relativos � fobia por coisas particulares e espec�ficas. Os sintomas de depend�ncia patol�gica s�o identificados quando h� nervosismo, agita��o, ansiedade, taquicardia, ang�stia e sudorese, al�m do medo que afeta a sa�de e o dia a dia da pessoa.

Fui a uma loja de conserto de celulares comprar um cabo e encontrei uma cliente desesperada porque seu aparelho havia “morrido”. Era fim de tarde e ele s� seria consertado no dia seguinte. Tensa, ela n�o sabia como ficaria at� l�, pois tinha de dar alguns telefonemas e fazer coisas que exigiam o celular.

Muito tranquila, respondi: “Voc� vai poder descansar uma noite”. Ela me olhou de um jeito que parecia querer me fuzilar, mas n�o tinha o que fazer, pois o que n�o tem solu��o solucionado est�.

Para auxiliar as pessoas dependentes do celular, a professora Sara Silva d� dicas para reduzir o uso do aparelho: limitar o uso do aparelho, principalmente antes de dormir e ao acordar; n�o us�-lo durante a alimenta��o; manter mais contato com o mundo presencial e se encontrar com as pessoas sem usar as tecnologias nesses momentos. Quando necess�rio, buscar ajuda especializada com psic�logo e psiquiatra.

Sara refor�a que s�o ineg�veis os benef�cios da tecnologia. Contudo, � necess�rio equilibrar seu uso para preservar a sa�de.
 
“N�o podemos lidar com a tecnologia como extens�o de cada um. Por isso, o uso consciente e respons�vel se faz necess�rio, principalmente nestes tempos de p�s-pandemia”, pontua.

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