�timo � ser “casa matriz”, onde todas as coisas da fam�lia acontecem. Recebi na semana passada o meu sobrinho-neto e a fam�lia, que moram na Finl�ndia, que � dos pa�ses mais adiantados do mundo. A visita foi completa: o pai carioca, a m�e finlandesa e dois filhos lindos, Teo e Olsen, o primeiro j� tinha vindo antes aqui, aos 2 anos.
As crian�as entendem portugu�s, falado pelo pai, e a l�ngua materna. A m�e s� fala finland�s e o pai um pouco de finland�s, ingl�s e, � claro, portugu�s. Com isso, a conversa era bem complicada, mas as crian�as j� est�o acostumadas e tiram de letra qualquer pergunta. O mais velho adorou, foi chegando e caindo na piscina, nada como adulto. O ca�ula n�o fala quase nada, s� entende.
� claro que para agradar �s crian�as, que adoram melancia, comprei balas, principalmente as coloridas, de goma. Dei de cara com a primeira regra do pa�s delas: crian�as s� comem sal e a��car depois de fazer 2 anos. Antes disso � tudo natural, principalmente o pur� de batata, que adoram.
A m�e finlandesa fica por conta do filho, a licen�a-maternidade � de 10 meses. Nos primeiros seis, ela recebe o sal�rio completo, se trabalha. Depois, a licen�a vai diminuindo e ent�o o marido substitui a m�e, tomando conta do filho. Recebendo o sal�rio total.
O menino mais velho, de 6 anos, controla o celular como gente grande. Como tinham ido passar o fim de semana em Inhotim, pesquisou todo o tempo no entorno do parque, que adoraram, acharam os jardins mais do que lindos.
Teo procurou tamb�m como seria o clima em BH e me avisou: “Tia, vai ter chuva todo o fim de semana”. Mas completou que chuva � muito melhor do que os dois graus negativos que estavam valendo em seu pa�s. E gostou de saber que a neve n�o existe por aqui, s� chuva.
Ter filhos na Finl�ndia n�o � complicado. O governo atende � futura m�e com todo o servi�o m�dico gratuito, d� � crian�a desde quando nasce 98 euros por m�s e a m�e recebe tamb�m a caixa-maternidade com tudo o que a crian�a precisa: roupas, mamadeira, bicos, em uma embalagem que se transforma em ber�o para rec�m-nascido. E uma enfermeira que acompanha o desenrolar do crescimento saud�vel da crian�a.
Os meninos s�o muito bem-educados, o mais velho come bem � mesa com os adultos, e o mais novo s� quer comer com melancia e engatinha por todo o espa�o que tem dispon�vel. Eles simplesmente adoram esta terra onde n�o faz frio, com jardim onde podem brincar sem preocupa��o e tamb�m a s�rie completa de brincadeiras e agrados de parentes, o que n�o recebem no pa�s onde nasceram.
Fam�lia faz falta, em qualquer l�ngua.