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Estado de Minas ANNA MARINA

Diagn�stico de c�ncer � dureza. Paciente deve contar com ajuda psicol�gica

De 30% a 50% dos pacientes oncol�gicos t�m alguma comorbidade psiqui�trica, segundo o The Oncologist. Especialista d� dicas para lidar com a situa��o


28/09/2023 04:00 - atualizado 28/09/2023 01:40
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Mãos fortemente entrelaçadas
Pixabay
 
Cuidar da sa�de mental se tornou primordial em qualquer idade ou fase da vida. O Brasil � o pa�s da Am�rica Latina com o maior �ndice de pessoas com ansiedade: cerca de 19 milh�es de brasileiros sofrem com a condi��o, de acordo com a Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS). Pesquisa da Sul Am�rica apontou que de 1 mil pessoas entrevistadas no pa�s, apenas 10% fazem terapia.

O estudo One Year of Covid, realizado em 30 pa�ses, mostrou que 53% dos brasileiros acreditam que sua sa�de mental foi afetada durante a pandemia. A mesma pesquisa mostra que somos o quinto pa�s onde a popula��o mais tem sentido problemas relativos ao bem-estar emocional.

Nesses 53% est�o inclu�das pessoas com c�ncer. Ao receberem o diagn�stico da doen�a, elas tendem a sentir medo e um grande abalo emocional. Contudo, � importante detectar quando esse medo  se transforma em transtorno psicol�gico, pois de 30% a 50% dos pacientes oncol�gicos possuem alguma comorbidade psiqui�trica, segundo o The Oncologist.

Pensando nisso, o oncologista Bruno Conte, do Instituto Paulista de Cancerologia (IPC), apontou cinco cuidados recomendados a pacientes e fam�lias ap�s o diagn�stico e durante o tratamento de c�ncer:

1. Ajuda psicol�gica

“� necess�rio ter ajuda psicol�gica e psiqui�trica profissional. O oncologista precisa ser apto para detectar se o sentimento do paciente � apenas ang�stia e medo, naturais devido � situa��o, ou se � uma patologia psiqui�trica que come�a a afetar os relacionamentos e o dia a dia.

Os transtornos psicol�gicos podem ser extremamente prejudiciais para o tratamento oncol�gico. Por isso, � de extrema import�ncia a detec��o precoce da condi��o e adotar cuidados imediatos para evitar danos maiores no futuro.”

2. Qualidade do sono

“Tecnicamente, pacientes com c�ncer devem dormir cerca de oito por dia. Mas quando a pessoa est� em fase de tratamento intenso, talvez deva considerar um repouso maior. � importante adotar a higiene do sono: estabelecer rotina noturna, desligar os eletr�nicos pelo menos uma hora antes de dormir e criar um ambiente confort�vel.

No caso de ins�nia, apneia e transtorno do sono, deve-se procurar o especialista para realizar um diagn�stico e tratar a pessoa de forma individualizada. Deve-se tentar evitar ao m�ximo os f�rmacos indutores do sono. A terapia cognitiva comportamental � recomendada. O sono de qualidade influencia no bom funcionamento imunol�gico, e isso � tudo o que um paciente com c�ncer precisa.”

3. Atividades f�sicas

“� importante tomar cuidado. Caso a pessoa fa�a atividade f�sica de forma errada, corre o risco de se machucar. O paciente pode estar em processo de cura ou na fase metast�tica da doen�a. � preciso avaliar individualmente o caso para sugerir o melhor tipo de atividade.

Se o paciente se sentir disposto, caminhadas de leve intensidade s�o muito ben�ficas. Por conta da libera��o de horm�nios e endorfinas, a atividade f�sica promove melhora no aspecto emocional e na autoestima, trazendo positividade e esperan�a � pessoa. Mas esse exerc�cio depende da condi��o f�sica do paciente.”

4. Boa alimenta��o

“Este � um fator chave para cuidar da sa�de mental de pacientes oncol�gicos. N�o h� um tipo de dieta espec�fica, mas dietas individualizadas, que devem ser acompanhadas por profissionais de nutri��o.

� preciso associar a dieta � fase da doen�a e ao tipo do tratamento que o paciente far�. No caso da preven��o, recomenda-se a dieta do Mediterr�neo, com comida fresca e natural – frutas, legumes, verduras, peixes, azeite, oleaginosas, gr�os e cereais.”

5. Relacionamento interpessoal

“Relacionamentos podem ajudar ou prejudicar um paciente. Um ciclo social positivo o ajudar� a enfrentar a doen�a, facilitando, em grande parte, a jornada e o entendimento do c�ncer, principalmente nos primeiros momentos, os de maior dificuldade. Pessoas mais fr�geis e negativas dificultar�o o processo.

Muitas vezes, quando o familiar est� agoniado e com medo, isso pode deixar o paciente inseguro, com sentimentos negativos e influenciar no resultado do tratamento. Relacionamentos conflituosos trar�o a repercuss�o hormonal negativa do estresse, o que pode reduzir a imunidade. Por isso, � importante o apoio da fam�lia e do c�rculo social para o paciente se sentir acolhido.”

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