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Estado de Minas BRASIL S/A

Prioridades � vista no poss�vel governo Lula

Lideran�a de Lula nas pesquisas traz press�es para que fale da Lava Jato e sobre como reativar a economia


16/01/2022 04:00 - atualizado 15/01/2022 20:48

Foto do Lula
Lula lidera todas as sondagens de inten��o de voto sem nem come�ar a "amassar barro" indo ao encontro do eleitorado que o prestigia nas pesquisas mais por recall que por v�-lo em campanha (foto: Ricardo Stuckert/Fotos P�blicas )

Se torpeza desse votos, Bolsonaro estaria reeleito por aclama��o. Ele cria uma vilania por dia para ocupar o notici�rio e as redes sociais difamando seus desafetos e as institui��es da Rep�blica.

Mas � Lula quem lidera todas as sondagens de inten��o de voto sem nem come�ar a “amassar barro” indo ao encontro do eleitorado que o prestigia nas pesquisas, mais por recall que por v�-lo em campanha.

Sua expectativa de vit�ria faz grupos do PT demonstrarem soberba, contrariando o “lulismo”, que � maior do que o petismo, j� que ele pr�prio ainda avalia com um c�rculo restrito de assessores qual a mensagem de sua eventual candidatura, al�m dos pilares pol�ticos e econ�micos de um terceiro governo. Em paz consigo mesmo, n�o h� o sentimento de revanchismo, apesar de ter passado 580 dias preso.

Mas tamb�m n�o amadureceu a convic��o de que deve satisfa��o sobre a corrup��o que marcou os governos petistas – de 2003 a 2016, com o desfecho traum�tico do impeachment de Dilma Rousseff.

� fato que houve desvios na Petrobras ou v�rios de seus executivos denunciados, julgados e condenados n�o teriam devolvido milh�es de reais em acordos negociados pelos procuradores da Lava-Jato, com a anu�ncia do ent�o juiz S�rgio Moro, em troca de redu��o de pena ou pris�o domiciliar, al�m de desembargo dos bens congelados.

Tamb�m n�o h� como esconder as rela��es esp�rias com empreiteiras e grandes empresas, depois das confiss�es de diretores e acionistas da fina flor do gangsterismo empresarial. Ou dos “donos do Estado”, outro modo de nomear os setores dependentes do ervan�rio federal.

Mas n�o restou provada a tese de que Lula seria chefe de quadrilha – den�ncia central na pe�a acusat�ria do Minist�rio P�blico Federal e na senten�a de Moro, mantida em recurso da defesa junto ao TRF-4 e pela turma de ministros do STJ. Talvez soubesse dos casos que lhe foram imputados, mas isso tamb�m n�o ficou devidamente comprovado.

O vi�s pol�tico de uma pe�a que deveria ser exclusivamente t�cnica � o que martelou a defesa de Lula, sendo aceito pelo STF, e poder� ser invocado por ele, se tiver de enfrentar a desconstru��o de sua candidatura. N�o � fr�gil argumentar que, sem a pris�o, tenderia a se eleger em 2018, talvez em primeiro turno.

Condi��o sine qua non


Quanto mais convincente a justificativa, sobretudo junto � maioria do eleitorado que demonstra estar mais interessada nos bons tempos do lulismo que na m� vontade da imprensa, menor a chance de a candidatura Moro prosperar – condi��o acess�ria para Bolsonaro manter as r�deas da extrema-direita mesmo perdendo a reelei��o.

Se necess�rio, a campanha de Lula poder� argumentar que boa parte dos denunciados, sobretudo os ligados � Petrobras, era indica��o de partidos do centr�o, que hoje apoiam Bolsonaro, controlando a C�mara, or�amento federal e v�rios minist�rios, em alian�a eventual com a c�pula do Senado. Aliados do PT at� 2016, tais partidos foram estranhamente poupados pelos procuradores.

A rela��o Lula-Centr�o talvez fique suspensa at� 2 de outubro, podendo servir, em caso de derrota de Bolsonaro, para enquadrar os mais afoitos dos partidos que fazem da pol�tica meio de vida f�cil de enriquecimento. Com a c�pula renovada na Procuradoria e na Pol�cia Federal, os caciques do Congresso estar�o mais propensos a ceder o poder de chantagem sobre o governo, exercido pela manipula��o das chamadas “emendas de relator” ou “or�amento secreto”.

A moraliza��o da formula��o e execu��o da lei or�ament�ria � vital para a reestrutura��o da governan�a do Estado, condi��o sine qua non para um governo minimamente funcional, o que hoje n�o h�.

Voto decisivo dos pobres


N�o � imposs�vel a Lula manter-se � frente das prefer�ncias, mesmo fustigado pela imprensa e advers�rios. Semana passada, Bolsonaro disparou: “Como � que aquele cidad�o est� conseguindo apoio, apesar de uma vida pregressa imunda?”. Como se a dele fosse limpinha...

A for�a de Lula � sua aceita��o maci�a pelo eleitorado com renda familiar total de at� cinco sal�rios m�nimos, que � mais de 70% da popula��o apta a votar. Essa faixa da popula��o deu 47 milh�es de votos a Fernando Haddad, o nome de Lula em 2018, apenas 10 milh�es a menos que a vota��o de Bolsonaro, apesar da carga negativa sobre o PT e com o ex-presidente trancafiado em Curitiba.

A gest�o desastrosa da economia pelo governo, levando dezenas de milh�es � mis�ria, fam�lias inteiras morando como n�mades em tendas armadas nas ruas, pois despejadas e sem renda, formam o contraponto � minoria dos bairros nobres de S�o Paulo, Rio, Belo Horizonte, at� de Bras�lia, que se v� e � vista como a �nica popula��o votante.

Ao contr�rio de 2002, quando Lula atraiu parcela expressiva desses eleitores mais bem aquinhoados, hoje sua eventual elei��o depender� do piso da pir�mide de renda, o que condiciona a pol�tica econ�mica ao inserir a necessidade de um programa que promova o crescimento.

A ortodoxia exaurida



Sejamos francos: � perda de tempo candidato deitar fala��o visando agradar ao mercado financeiro. O pobre remediado de 2002 hoje est� exausto depois de tanto proselitismo sobre assuntos que n�o entende bem e n�o atende �s suas necessidades. At� os empres�rios mais l�cidos est�o convencidos de que a economia precisa de novas ideias.

O que lhes aflige � a ignor�ncia altaneira de Bolsonaro, que nem o ministro mercador de ilus�es conseguiu lapidar. A incerteza quanto a Lula � se ele ter� sensibilidade para entender que a exaust�o com a hegemonia da ortodoxia econ�mica n�o implica apoio � heterodoxia � la Dilma nem ao desenvolvimentismo de antanho.

Est� meio precificada a continuidade do Bolsa-Fam�lia ampliado por Bolsonaro, mas se espera uma estrat�gia que promova o investimento em mobilidade urbana, moradias, energias renov�veis, log�stica, que geram muitos empregos.

O ensino profissionalizante ser a porta de sa�da do assistencialismo e a digitaliza��o universal de pequenas e m�dias ind�strias, a alavanca da produtividade. 

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