
Mas a verdade � um pouco mais matizada. A orienta��o de extrema-direita do governo � vista com desconfian�a pelos EUA de Joe Biden, pela China de Xi Jinping e pelos europeus. China, por�m, � o nosso maior importador de gr�os, carnes e min�rios, e o maior investidor, especialmente em log�stica e energia. E � com EUA que a economia e nossas empresas nacionais e estrangeiras est�o mais entrela�adas.
Houvesse pensamento estrat�gico na governan�a do Estado brasileiro – como havia entre o p�s-guerra e o ocaso dos governos militares – e, possivelmente, tais temas estivessem mapeados e endere�ados. N�o s� pelo que se enxerga a olho nu: a alta produtividade do agro e a relativa facilidade tamb�m a baixo custo da explora��o mineral. Mas nos tornamos um pa�s que avalia mal o seu potencial vis�vel, ignora desenvolvimento, e n�o entra em acordo sobre o tamanho da pobreza.
� quando come�a o longo funeral do planejamento econ�mico no pa�s e a desindustrializa��o como oferenda aos deuses do mercado.
A import�ncia do agro deve ser acentuada, assim como dos min�rios, mas conectando-os � reindustrializa��o movida a tecnologia, sem as quais o setor de servi�os perder� o dinamismo gerador de empregos.
China tem 20% da popula��o mundial mas cerca de 7% da terra ar�vel do mundo, que al�m de pouca encolheu, segundo relat�rio de fonte de intelig�ncia de Washington que escreve sob o pseud�nimo NS Lyons. A propor��o de terras adequadas ao cultivo na China baixou de 19% em 2010 para 13% em 2020, em meio � urbaniza��o e � polui��o do solo e da �gua. Ainda assim, produz 95% de suas necessidades de gr�os.
O que exige aten��o � a China ser o principal fabricante desses minerais, dominando toda a cadeia de produ��o, da mina
� usinagem.