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Estado de Minas EM MINAS

De casamentos e separa��es litigiosas

Se para a sucess�o municipal de Belo Horizonte n�o faltar�o candidatos, os casamentos, sim, ser�o mais escassos, mas v�o ocorrer


01/10/2023 04:00 - atualizado 01/10/2023 11:23
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Fachada da prefeitura
Prefeitura de Belo Horizonte (foto: Euler Junior/EM/D.A.Press)

O tempo � de semeaduras. Nos partidos pol�ticos, as candidaturas � sucess�o municipal de Belo Horizonte s�o lan�adas aos punhados. Algumas est�o em solo seco. Outras poucas v�o de fato brotar. At� que o calend�rio eleitoral oficial indique o tempo de registros, muita �gua vai correr. Partidos pol�ticos sabem disso. Conhecem bem o jogo. S� quando chegar o tempo das alian�as, os profissionais da pol�tica entram em campo para escolher os advers�rios. Sem um nome para chamar de seu na disputa, partidos se sentariam enfraquecidos � mesa das negocia��es.

Da extrema direita � centro-esquerda, dado que a “ex-esquerda” belo-horizontina suicidou-se com Lula, s�o v�rios nomes. De verve bolsonarista, Bruno Engler (PL); no Novo, Lu�sa Barreto ou Lucas Gonzalez; o senador Carlos Viana (Podemos); no PSDB, Jo�o Leite; no MDB, Newton Cardoso Filho, Herc�lio Diniz ou o ex-deputado estadual Iran Barbosa; o prefeito Fuad Noman (PSD); Paulo Brant (PSB); Duda Salabert (PDT); Rog�rio Correia (PT); e Bella Gon�alves (PSOL). H� outras pr�-candidaturas que se anunciam n�o necessariamente vinculadas �s legendas. Gabriel Azevedo (sem partido), ainda com o futuro amea�ado pela inelegibilidade, que eventual cassa��o, caso ocorra, representaria; Eduardo Costa (Cidadania), nome do agrado do governador Romeu Zema (Novo). Al�m do deputado estadual Mauro Tramonte (Republicanos), pontuando alto, mas ainda sem interesse na candidatura.

Ao centro do cen�rio, em posi��o estrat�gica para buscar a reelei��o, est� o prefeito Fuad Noman. Primeiro, por ter a caneta do Executivo na m�o. Segundo, pela tend�ncia do eleitor belo-horizontino em preferir a reelei��o, a menos que seja um gestor desastroso, o que n�o parece o caso. H� ainda uma constru��o de outras condi��es favor�veis ao prefeito. Sob a perspectiva da competi��o eleitoral, partidos com vi�s de centro, como o PSD, tendem, no segundo turno, a ser op��o mais palat�vel ao eleitor em rela��o �queles partidos considerados extremos. O mesmo vale para o sistema pol�tico, quando desenha os campos de alian�a. Em sua atual conforma��o, em Minas, a legenda presidida por Gilberto Kassab convive da direita ultraliberal – representada pelo Novo – ao governo Lula, um h�brido de centro. Para efeitos de investimentos na capital mineira, a gest�o de Fuad vai ser “vitaminada” como aposta do presidente para a alian�a que gostaria de ver o seu partido firmar na sucess�o � PBH. O PSD tamb�m � o partido que o PSDB gostaria de ter ao seu lado - o pr�prio Fuad tem origem tucana -, mas sabe que, no momento, o cacife ainda est� baixo para concorrer nessa aposta.

A pol�tica � a �nica atividade humana que uma pessoa � incapaz de fazer sozinha. Se para a sucess�o municipal de Belo Horizonte n�o faltar�o candidatos, os casamentos, sim, ser�o mais escassos, mas v�o ocorrer. Depois, ser� outro tempo. O das separa��es litigiosas.
 
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