
Em sua primeira sess�o plen�rio no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a primeira ministra negra da hist�ria, Edilene Lobo, resgatou a sua origem e mostrou a que veio. Depois de apresentar as estat�sticas p�fias que falam mais da aus�ncia do que da presen�a de mulheres negras nos espa�os legislativos, judici�rios e de poder, afirmou: “O povo pobre que resiste e luta pelo resgaste de sua hist�ria, senta-se comigo nesta cadeira”.
Emo��o
Mineira de Taiobeiras, 17ª filha de uma fam�lia pobre de 20 filhos, lembrou-se, enquanto proferia o voto, da irm� Helena, que tinha problemas de sofrimento mental e de quem cuidou a vida toda. “Minha querida irm�, pobre mulher negra, empregada dom�stica durante a adolesc�ncia, morta pela COVID, quando, enfim, eu poderia ter feito mais por ela”. Edilene Lobo perdeu na pandemia duas irm�s, com intervalo de 15 dias.
- Edilene Lobo: 'Dever�amos todos ser iguais'
Homenagem a C�rmen L�cia
paridade de g�nero nas promo��es por m�rito nos tribunais de justi�a, homenageando a ministra do STF, C�rmen L�cia, quem abriu, com a Resolu��o 255, que instituiu a pol�tica nacional de incentivo � participa��o feminina no Conselho Nacional de Justi�a (CNJ). “Esta ministra pioneira em tantas lutas que inspira e guia os passos de muitas outras mulheres. A essa mulher de fibra, a essa professora impressionante, � de se render todas as homenagens.”
Em seu discurso, Edilene Lobo celebrou, a recente conquista da Triste estat�stica
Em cr�tica � viol�ncia de g�nero na pol�tica e a aus�ncia da mulher negra de espa�os de poder, Edilene Lobo desfiou as estat�sticas: negras s�o apenas 5% da magistratura nacional; h� no Senado Federal uma �nica senadora autodeclarada negra; s�o 30 deputadas negras, o equivalente a 6% da C�mara dos Deputados; negras ocupam 3% dos cargos de lideran�a no mundo corporativo. Ao mesmo tempo, 65% das empregadas dom�sticas s�o negras.
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