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Estado de Minas MATO GROSSO

MT tem primeira mulher negra a assumir presid�ncia de Academia de Letras

Luciene Carvalho � corumbaense radicada em Cuiab� e vive h� 22 anos da poesia; posse acontecer� no dia 30 de setembro


20/09/2023 12:51 - atualizado 29/09/2023 15:36
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Luciene Carvalho
Luciene embreve lan�ar� o seu 15� livro, intitulado 'Saranzal' (foto: Isabela Mercuri/Olhar Direto)
A escritora e poetisa Luciene Carvalho tornou-se a primeira mulher negra a assumir presid�ncia de uma Academia de Letras no Brasil no �ltimo s�bado (16), ap�s elei��o que aconteceu na Academia Mato-Grossense de Letras (AML-MT). Cerim�nia de posse ser� no dia 30 de setembro. 

Luciene � corumbaense radicada em Cuiab� e vive h� 22 anos da poesia, tendo 14 livros publicados, sendo um deles, ‘Dona’, uma das obras liter�rias exigidas para quem vai se candidatar a uma vaga na Universidade Estadual de Mato Grosso. A poetisa conta que seu encantamento pela declama��o surgiu precocemente:
“Era a minha forma de dialogar com o social. Eu era reduzida ao universo familiar e, quando eu precisava me comunicar, me expressava pela poesia”.

O chamado para poesia se potencializou ap�s o falecimento do poeta mineiro Carlos Drummond de Andrade, em 1987.

“Senti um chamado interno muito grande para a poesia. Comecei a escrever muito, em fluxo profundo. Foram anos at� entender que n�o havia outra sa�da, a n�o ser me render � poesia”, contou Luciene.

O rendimento aconteceu no ano de 2000, quando come�ou o processo de publica��o de livros. Seu ingresso na AML-MT aconteceu em 2015, ocupando a Cadeira 31. Sobre a sua candidatura, Luciene confessa ter hesitado:

“Em um primeiro momento, recusei fortemente. N�o me sentia pronta. Reflex�es pessoais, com meu companheiro e meus pares, me fizeram entender que talvez tivesse um sentido maior, inclus�rio, relevante. Mas, para mim, ser presidente n�o � um trabalho solit�rio. Estou cercada de pessoas muito competentes, � uma chapa linda, que espero que continuem comigo pelos dois anos de mandato”, contou a poetisa.

Al�m do ineditismo de uma mulher negra ocupar o cargo, tamb�m ser� a primeira vez que a presid�ncia de uma Academia de Letras ser� passada de uma mulher para outra. Sobre a import�ncia deste momento, a poetisa expressa gratid�o:
“Ser uma mulher negra n�o � o foco do meu existir, para mim, � muito importante que eu siga pelo talento, compet�ncia e capacidade de envolver pessoas. Mas, a representatividade n�o � uma escolha. A gente n�o ensaia ‘ter representatividade’. Ela vem do outro para a gente, ent�o acolho com respeito e gratid�o. Se eu puder, de alguma forma, fortalecer meninas que queiram colocar suas narrativas, sonhos e escrita para jogo, irei me sentir muito grata”.


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