
A jovem de 34 anos, ao tentar realizar uma transa��o via pix, n�o teve o pagamento reconhecido, por causa de uma inconsist�ncia no sistema, o que a levou a ser perseguida pelos funcion�rios do estabelecimento.
Segundo a v�tima, ela foi at� a loja comprar itens de decora��o para seu quarto. A compra totalizou cerca de R$ 270, mas devido ao problema ao pagar, precisou ir ao balc�o de atendimento do local, onde esperou por mais de meia hora na companhia de uma amiga, sendo tratada com descaso pela funcion�ria respons�vel.
“Uma das funcion�rias tentou pegar a sacola com minha compra da m�o da minha amiga. Ela [funcion�ria] e o seguran�a ficaram atr�s da gente. Enquanto �amos para o carro, amea�avam chamar a pol�cia, filmando meu carro, a mim e a minha amiga”, contou a v�tima.
A ju�za Moema de Carvalho Balbino determinou que o pagamento foi comprovado na hora da compra e que o reembolso foi efetivado tr�s horas depois, o que n�o � um prazo razo�vel. Apoiando-se nos v�deos do caso, foi atestado que a situa��o levou ao constrangimento de ambas as clientes.
“Ficamos felizes, n�o por conta do dinheiro, mas por entender que a Justi�a est� vendo isso, uma coisa desumana. N�o foi apenas uma quest�o humana, mas tamb�m racial, e enquanto em nenhum caso for ‘batido o martelo’ de racismo, n�o conseguiremos mudar essa estrutura que tanto destr�i nosso emocional”, relatou a jovem.
A pedagoga contou que o caso deixou sequelas em sua sa�de mental, tendo a necessidade de tomar medica��es. Al�m disso, relatou sempre perguntar se o pagamento realmente ‘caiu’, com medo de a situa��o acontecer novamente.
O que diz a Leroy Merlin
A defesa de Leroy Merlin categorizou a situa��o como um ‘mero aborrecimento’ pela falha no sistema. A empresa ainda alegou que, apesar do d�bito ter sido feito da conta da cliente, o pagamento n�o foi recebido pelo estabelecimento. Em rela��o � conduta dos funcion�rios, afirmaram que a abordagem ocorreu de forma ‘polida’ e ‘sem qualquer acusa��o, constrangimento ou viol�ncia’.
Em nota, a empresa reafirmou n�o reconhecer o constrangimento causado.
“A Leroy Merlin esclarece que a senten�a proferida em Primeira Inst�ncia reconhece que, na ocasi�o do fato, ocorreu uma inconsist�ncia sist�mica no momento do pagamento ocasionando a n�o conclus�o da compra, o que segundo a vis�o do juiz gerou constrangimento � consumidora, n�o havendo qualquer reconhecimento de pr�tica discriminat�ria. A a��o ainda pode receber recursos de ambas as partes. Contudo, a companhia reitera que busca constante desenvolvimento para aprimorar processos, tratativas e a comunica��o respeitosa com todos os clientes, e que adotou todas as medidas necess�rias para evitar que casos como este n�o se repitam!", disse a Leroy, por meio de nota.
* Estagi�ria sob supervis�o do subeditor Thiago Prata
* Estagi�ria sob supervis�o do subeditor Thiago Prata
