(none) || (none)
Publicidade

Estado de Minas EM MINAS

Hip�lita, 234 anos depois, em livro das hero�nas da p�tria

O pa�s d�, agora, mais um passo em dire��o ao reconhecimento desta mulher, que como tantas outras, foram apagadas


13/10/2023 04:00 - atualizado 13/10/2023 11:23
709

Arte: Paulo Miranda

Ela ousou atravessar a cena pol�tica, num tempo em que, nas Minas Gerais, eclodia o mais importante movimento anticolonial e republicano. Apesar de seu protagonismo, por longos 234 anos, o selo do esquecimento foi imposto a Hip�lita Jacinta Teixeira de Melo.

Foi em 2022 que, sob a coordena��o de Helo�sa Starling, historiadora e professora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a pesquisa hist�rica teve �xito em demonstrar o papel de Hip�lita na defesa da liberdade, da independ�ncia e da soberania. O relato est� no livro “Independ�ncia do Brasil, as mulheres que estavam l�” (Bazar do Tempo/2022). Com esse trabalho, Hip�lita Jacinta Teixeira de Melo foi, enfim, inclu�da, em 29 de abril deste ano, no Pante�o da Inconfid�ncia, em Ouro Preto, onde est�o sepultados Tiradentes e os demais conjurados.

O pa�s d�, agora, mais um passo em dire��o ao reconhecimento desta mulher, que como tantas outras, foram apagadas. A iniciativa n�o partiu de nenhum dos 53 deputadas e deputados federais mineiros, mas do paulista Jonas Donizete (PSB), autor do Projeto de Lei 2.285/2023, que requer a inscri��o de Hip�lita Jacinta Teixeira de Melo, no “Livro dos Her�is e Hero�nas da P�tria”.

H� um longo caminho a tramitar no Congresso Nacional, mas a mat�ria j� recebeu parecer favor�vel na Comiss�o de Cultura, da C�mara dos Deputados. Sem um �nico deputado federal mineiro entre os 18 titulares nessa comiss�o, a relatora da mat�ria foi L�dice da Mata (PSB/BA). “Embora o Livro dos Her�is e Hero�nas da P�tria” exista desde o fim da d�cada de 1980, apenas em 2009, por meio da Lei 12.105, foi inscrito pela primeira vez o nome de uma mulher em suas p�ginas de a�o. Anna N�ri, considerada pioneira da enfermagem no Brasil, conquistou essa defer�ncia pelos servi�os volunt�rios prestados durante a Guerra do Paraguai”. L�dice da Mata prossegue lembrando que entre os 64 nomes inscritos at� mar�o de 2023, 51 eram homens e 13 mulheres.

Hip�lita Jacinta, B�rbara de Alencar, Ur�nia Van�rio, Maria Felipa de Oliveira, Maria Quit�ria, Leopoldina, Ana Lins, In�cia Gertrudes de Almeida, Ant�nia Maria do Esp�rito Santo e Joaquina, estas, respectivamente, companheira e filha de Tiradentes. Embora esquecidas por quem ditou a hist�ria, todas, entre tantas outras, estiveram l� e fizeram o combate.

Nas palavras de Hip�lita Jacinta: “Quem n�o � capaz para as coisas, n�o se meta nelas. E mais vale morrer com honra que viver com desonra”. Era a senha aos l�deres militares, para que, com a captura de Tiradentes naquele 20 de maio de 1789, fosse dado o brado de incita��o � subleva��o com a proclama��o ritual de “Viva o Povo”.

As mulheres renascidas para a hist�ria s�o inspira��o e refer�ncia para novas gera��es. “O que Hip�lita Jacinta, no s�culo 18, est� dizendo para n�s �: o lugar da mulher � onde ela quiser estar. E se ainda estamos no s�culo 21 lutando para dizer isso, pensa como foi viver naquele tempo”, afirma Helo�sa Starling.

Leia tamb�m na coluna de hoje da Bertha

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)