(none) || (none)

Continue lendo os seus conte�dos favoritos.

Assine o Estado de Minas.

price

Estado de Minas

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Utilizamos tecnologia e seguran�a do Google para fazer a assinatura.

Assine agora o Estado de Minas por R$ 9,90/m�s. ASSINE AGORA >>

Publicidade

Estado de Minas DA ARQUIBANCADA

Que a batalha nos Aflitos entre para a hist�ria do nosso Cruzeiro

Vencer o N�utico no Aflitos e ver o Cruzeiro voltando a liderar uma competi��o nacional depois de tantos anos lava a alma


18/05/2022 04:00 - atualizado 18/05/2022 07:51

Com consistência e garra, o grupo cruzeirense faturou os três pontos diante do Náutico e pulou para a ponta da tabela
Com consist�ncia e garra, o grupo cruzeirense faturou os tr�s pontos diante do N�utico e pulou para a ponta da tabela (foto: Tiago Caldas/CNC)

“Os caras vieram at� aqui! Encheram o espa�o que tinha para eles ali.” O goleiro Rafael Cabral nos olhava, cansado pela batalha contra o N�utico e alegremente espantado com outro espet�culo da Na��o Azul, desta vez, no Recife. Se em campo o escrete deu uma aula de pragmatismo para vencer, nas acanhadas arquibancadas do Est�dio do Aflitos, n�s, cruzeirenses, nos abra��vamos ao fim da jornada que come�ou muito antes em v�rios pontos diferentes do Brasil. E foi assim...

A ansiedade por chegar logo ao pr�ximo jogo do Cruzeiro foi minha companheira de voo at� o aeroporto (Salve!) Gilberto Freyre. Ainda embriagado pelo porre de p�naltis defendidos pelo nosso arqueiro contra o Remo, desembarquei na capital pernambucana j� na sexta-feira.

Primeira miss�o: encontrar meu irm�o Bruno Taitson, vindo de Bras�lia. Devidamente fardados de Palestra/Cruzeiro, fomos torcer pelo Sport, mesmo que isso nos custasse a chance de sermos l�deres dali a dois dias. No restaurante, os olhares nos davam boas e m�s vindas. Vit�ria do Le�o, e com ela, a necessidade de batermos o N�utico para atingir o alto da tabela.

N�o circulamos um minuto sequer pelo Recife e por Olinda sem o manto sagrado. Dos torcedores do Sport, gritos de “ZERO!”. “Por n�s, ganhem deles”, dizia um artes�o torcedor do Santinha, que amarga a S�rie D. Seguimos...

Em Olinda, Jo�o Stuart nos recepcionou na Pizzaria Donna Massa, reduto cruzeirense nas ladeiras mais lindas do Brasil. H� alguns anos, ele deixou Pedro Leopoldo, terra do Mestre da Gentileza, Dirceu Lopes. De Minas levou apenas o amor pelo patrim�nio mais importante do estado: o Cruzeiro. Em Pernambuco, apeou. Saudade? Sim. De estar perto do Cabuloso.

O destino quis que fosse ali, em Pernambuco, a oportunidade para o Cruzeiro chegar ao topo de uma edi��o do Brasileiro cerca de 200 rodadas depois. No dia seguinte, Jo�o passou em frente a casa – azul e branca – de Alceu Valen�a, desceu a ladeira da Pra�a do Carmo e rumou para o Aflitos.

A poucos quarteir�es do est�dio, um apartamento lotado de amor pelo Cruzeiro. L�, o Mestre Michel Rangel, a lenda dos Redutos Celestes, embrulhou uma bandeira, colocou o bon� celeste e desceu com os companheiros de viagem. Minutos depois, no alto do espa�o reservado � torcida cruzeirense, amarrou o pano escrito “Natalzeiros”.

Em seguida, era saudado com um abra�o pelo rep�rter Guilherme Piu. Euf�rico, outro grupo entrou pela arquibancada segurando uma grande faixa. J� n�o havia espa�o para estend�-la no alambrado, tamanha era a presen�a de organizadas cruzeirenses. O jeito foi esticar com as m�os. Lindamente, se abriu “Aracajuzeiros”. A turma de Sergipe se juntava � da Para�ba e do Cruzeir�o Pernambuco.

At� um torcedor do Afogados fez quest�o de estar ao nosso lado quando o juiz deu in�cio � partida, no exato instante em que o sol fez brilhar a copa das �rvores, num pren�ncio de final feliz.

Assumimos a lideran�a do Campeonato Brasileiro num est�dio simb�lico, j� que foi ali, em 2005, que ocorreu a Batalha do Aflitos, a maior partida da hist�ria da divis�o de acesso do futebol brasileiro, quando o Gr�mio eliminou o N�utico.

Est�vamos aflitos por esse momento. Ele pode n�o significar absolutamente nada para os racionais, mas para n�s, que estivemos ao lado desse time – por puro amor – durante os penosos �ltimos anos, trata-se de uma rima perfeita dessa poesia chamada “Cruzeiro”.
Deixamos o est�dio cantando, dan�ando frevo em cortejo at� o Recife Antigo, onde a chuva lavou a nossa alma celeste.

Agora, mais do que nunca, ser�o todos e tudo contra n�s. Domingo, frente ao Sampaio Correia, vamos em busca da consolida��o na lideran�a. Em se tratando da torcida do Cruzeiro, ser� cantando, empurrando o time, pois n�s somos a festa! E n�o � de agora.

(*) Dedico essa cr�nica aos guerreiros celestes da Fam�lia Aguiar, que tive a honra de abra�ar na Praia de Boa Viagem. Querida V�nia AGC, Juliano AGC, Valdeci, J�ssica, Valcir, Jairo, Silvana e Cl�udia, tenham certeza, voc�s estavam gritando comigo no Aflitos.

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)