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Estado de Minas COLUNA HIT

Sucesso em Minas, 'Quando fui morto em Cuba' pode inspirar nova produ��o

Breno Milagres descarta remontar a videope�a, mas admite utilizar a ideia original em espet�culo que combine as linguagens do cinema e do teatro


27/05/2022 04:00 - atualizado 27/05/2022 07:44

Seis atores, alguns deles mascarados, encenam briga na peça Quando fui morto em Cuba
Cena da videope�a ''Quando fui morto em Cuba'', que estreou em 1983, em BH (foto: Arquivo EM/D.A Press)

� cinema, � m�sica, � literatura e � at� teatro

Breno Milagres

Diretor


Viva o teatro! Morra o teatro! Assim dizia o teaser de TV do espet�culo videoteatral “Quando fui morto em Cuba”, que produzi e dirigi em 1983. Roberto Drummond, autor do livro no qual a chamada videope�a foi inspirada, disse em entrevista: “A videope�a � cinema, � m�sica, � literatura... e � at� teatro.”


“Quando fui morto em Cuba”, a videope�a, inovou, quebrou paradigmas e despertou amplo debate entre a classe art�stica em Belo Horizonte. Alguns poucos gostaram da ideia, mas a grande maioria era contra: afinal, seria poss�vel produzir um espet�culo teatral em que o pr�prio teatro ficasse em segundo plano?

Pois foi poss�vel.

E isso aconteceu porque a videope�a foi inovadora em diversas fases, ao introduzir cenas filmadas, exibidas em um tel�o, misturadas com m�sicas e... a��es teatrais.

A primeira inova��o foi a estrat�gia de marketing, jamais utilizada por um espet�culo em Minas: em vez de buscar parcerias para a divulga��o, usou o m�todo joint venture, ao assinar com a Rede Globo e o jornal Estado de Minas contrato em que eles n�o seriam meros divulgadores, mas, sim, s�cios do projeto.

Dessa forma, a videope�a ganhou espa�o na m�dia bem antes de sua estreia. Chamadas e teasers em hor�rios nobres na TV e p�ginas inteiras no jornal anunciavam o espet�culo nunca visto, ati�ando a curiosidade do p�blico.

Como outra novidade, a trilha sonora original foi gravada na Bemol, com edi��o de um disco distribu�do nacionalmente pela gravadora Ariola, muito importante na �poca. Participaram Marco Ant�nio Ara�jo, Marku Ribas, Marilton Borges, Tino Gomes, Alexandre Sales, Roberta Lombardi, Pendulum, Selmma Carvalho e outros nomes da m�sica mineira. As can��es do espet�culo tamb�m foram executadas em r�dios parceiras, meses antes da estreia.

A expectativa do p�blico era grande.

Mas como s� marketing n�o significa sucesso, a produ��o tratou de acionar o que havia de melhor no mercado da �poca. Contratou os artistas Wilma Patr�cia, Ronaldor, In�s Peixoto, Isabela Teixeira da Costa, D�lson Mayron, Beliz�rio Barros e Farouk Salom�o, al�m da produ��o teatral de M�rcio Machado e Alisson Vaz.

Assim, o resultado acabou sendo um dos maiores fen�menos teatrais de Minas Gerais. A videope�a ficou em cartaz por seis meses no Teatro da Imprensa Oficial, com sess�es de segunda a domingo – e dois espet�culos aos s�bados e domingos.

Chamou a aten��o da imprensa nacional pela novidade, percorreu 20 cidades do interior de Minas com sess�es fechadas, at� terminar sua trajet�ria em quatro apresenta��es no Pal�cio das Artes. Por�m, n�o conseguiu seguir carreira no Rio de Janeiro e em S�o Paulo devido a diverg�ncias do elenco.

O espet�culo usava um tel�o que, hoje em dia, n�o seria maior do que a TV de 75 polegadas. Mas a novidade atingiu em cheio o p�blico.

Reproduzir o espet�culo hoje seria improv�vel, pois ele aconteceu como novidade. Atualmente, a tecnologia poderia nos levar a um outro tipo de espet�culo, mas n�o aquele.

Penso ainda em utilizar a ideia original em espet�culo parecido, que utilize cinema e palco, mas nunca o remake daquela videope�a.

�S SEXTAS-FEIRAS, A COLUNA HIT PUBLICA A SE��O “TERCEIRO SINAL”, NA QUAL DIRETORES, ATORES E PRODUTORES ESCREVEM SOBRE PE�AS QUE FIZERAM SUCESSO ENTRE OS ANOS 1960 E 1990 E COMO SERIA A REA��O DO P�BLICO SE ELAS FOSSEM REMONTADAS.

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