
Paolinelli fez a multiplica��o dos p�es. A voz de Paolinelli precisa ser mais ouvida para que todos os empres�rios do agroneg�cio compreendam que o melhor aproveitamento das terras j� ocupadas do cerrado brasileiro resultar� at� em uma quase duplica��o das atuais 280 milh�es de toneladas de gr�os, sem que seja derrubada sequer mais uma �nica �rvore do degradado e vital “arco amaz�nico”.
Paolinelli, cidad�o do mundo, talvez seja quem mais e t�o decisivamente contribuiu para a comunidade humana p�r um fim � fome no mundo.
Al�m das equipes de cientistas do Instituto Butantan e da Fiocruz, universidades federais brasileiras re�nem excel�ncia cient�fica suficiente para a descoberta e testagem de novas vacinas.
Grupos de cientistas de excel�ncia est�o se constituindo, tamb�m, como n�cleos de lideran�a � frente de empresas em forma��o para a produ��o de f�rmacos biotecnol�gicos de alta complexidade produtiva.
A quest�o �: por que o excelente programa nacional de Parcerias de Desenvolvimento Produtivo (PDPs) que envolvem a coopera��o entre empresa nacional, um laborat�rio nacional e p�blico de pesquisa e empresa(s) farmac�uticas externas ainda n�o encontrou o lugar ao sol definitivo que estabele�a as PDPs como iniciativa “portadora de futuro” do desenvolvimento do pa�s?
At� quando permanecer�o em estado de cont�nua perturba��o e incerteza, ao sabor seja de mudan�as no minist�rio ou de mudan�as de governo, uma vez que o assunto PDP ainda n�o foi fixado institucionalmente como pol�tica de Estado?
Por ano, o pa�s importa f�rmacos biotecnol�gicos em valor equivalente a US$ 5 bilh�es. Boa parte dessas importa��es j� poderia ter sido substitu�da e internalizada.
Que as amargas e tr�gicas li��es da pandemia resultem, em definitivo, em li��es aprendidas, ainda que na dor cruel de 300 mil vidas perdidas, tanto mais se sabendo que a metade delas poderia ter sido salva.
“Descobrimos” que na na��o brasileira havia 37 milh�es de “invis�veis” para o Estado, os governos e a sociedade. N�o bastasse a estrutura de desigualdades, a pandemia e o desgoverno federal produziram mais pobreza e indig�ncia. Mis�ria, fome e pobreza: o manto de chumbo que a na��o carrega sobre os ombros.
Que da� resulte um clamor verdadeiro por mudan�as e reformas redistributivas com dire��o e parte integrante de um projeto nacional de desenvolvimento com sustentabilidade ambiental, eleva��o da produtividade e consolida��o de um “estado do bem-estar social”.
A prop�sito, devemos todos nos inspirar em dois edificantes e magn�ficos exemplos de solidariedade que se encontram em ato no meio de n�s, como na��o: a heroica e generosa dedica��o dos profissionais da sa�de, inclu�do o pessoal que faz a limpeza das enfermarias e das UTIs nos hospitais e nas UPAs, e a exemplaridade dos pobres que, nas favelas e nas periferias, tiram da pr�pria casa para que o vizinho e fam�lia tenham alguma comida.
Esse � o dia a dia de sobreviv�ncia.
A pandemia e a completa aus�ncia de um Minist�rio da Educa��o impuseram a 40 milh�es de alunos e 200 mil escolas de educa��o b�sica p�blica uma situa��o de nenhuma orienta��o e de descoordena��o e uma completa escassez de ideias e de a��o.
H� mais de um ano os alunos n�o disp�em, em geral, da oportunidade do acesso a aulas de alto padr�o did�tico mediante o uso de tecnologias digitais.
Estima-se que o pouco que avan�amos em aprendizado na educa��o b�sica nos �ltimos 10 anos j� ter� sido perdido nesse mais de ano de paralisia decis�ria do governo federal. Portanto, desafia-nos, urgentemente, o grav�ssimo problema do retrocesso no aprendizado e na alfabetiza��o.
A na��o precisa e precisar� que o professorado brasileiro da educa��o b�sica siga os passos dos profissionais da sa�de no que concerne a compromisso, abnega��o, coragem moral, aprender r�pido enquanto faz acontecer o uso cont�nuo das tecnologias digitais aplicadas � educa��o e aplicar a nova did�tica com enfoque no aprendizado que re�ne o conhecimento e o saber fazer.
Mais que nunca, a pr�tica do magist�rio e da gest�o de escola exigir� novos aprendizados, destrezas t�cnicas e paix�o.