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Cruzeiro precisa tirar o verniz e encarar a realidade na S�rie B

Ao torcedor que acha que o problema � s� o t�cnico Ney Franco, as not�cias n�o s�o muito boas. A complexidade � maior que isso


08/10/2020 23:45 - atualizado 09/10/2020 00:18

Foram do técnico Ney Franco as declarações mais sensatas após a derrota para o Sampaio Corrêa(foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro)
Foram do t�cnico Ney Franco as declara��es mais sensatas ap�s a derrota para o Sampaio Corr�a (foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro)

De tudo o que foi falado sobre o Cruzeiro, ap�s a derrota por 2 a 1 para o Sampaio Corr�a, na noite dessa quinta-feira (8), no Mineir�o, fica uma conclus�o bem clara. Chegou a hora de a Raposa, como institui��o e como time, tirar o verniz da realidade. Baixar a bola e entender o cen�rio sem filtros, sem terceirizar culpa e fingir que o monstro n�o � t�o feio quanto parece. Ele �, sim senhor.

O Cruzeiro, clube, � grande. J� a equipe � como outra qualquer das que est�o na S�rie B do Campeonato Brasileiro buscando seu lugar ao sol. Como j� teve seu lugar muito VIP, de frente para o mar e cercado de benesses e admiradores, talvez o Cruzeiro n�o queira encarar a sua verdade mais cruel e absoluta.

N�o d� mais para entrar em campo acreditando que camisa vai ganhar. Por sete vezes na Segunda Divis�o, isso ficou provado. S�o sete derrotas em 14 partidas. Engana-se quem pensa que sete � conta s� de mentiroso.

Sete derrotas que mostraram toda a fragilidade celeste enquanto equipe. Sem coes�o, sem sintonia... E repleto de justificativas. Um dia, era por causa do cansa�o. No outro, foi o calor. Certa feita, faltou experi�ncia. O dedo sempre pronto a apontar algo externo.

E a� entra a necessidade urgente de um exerc�cio de humildade. A come�ar pelos mais altos cargos no clube.

Se a campanha por si s� n�o for suficiente para deixar claro qu�o vital �, a esta altura do campeonato (quando ainda � poss�vel reverter a queda livre), esse choque de realidade, basta ver que a Raposa virou motivo de chacota do �bis, aquele que se orgulha de ser conhecido como “pior time do mundo”.

O in�cio, o meio e o fim dessa hist�ria ajudam bem a mostrar como � imprescind�vel tomar consci�ncia que os trof�us que enfeitam a galeria do clube, na sede, pouco resolvem neste momento.

O caso �bis come�ou com um deboche do presidente celeste, S�rgio Santos Rodrigues. Em entrevista, ele afirmou que, apesar da grave crise financeira da Raposa, suas inspira��es eram a gest�o do Manchester City e do Liverpool. N�o o �bis.

“� cr�tica falar que a gente mira o Liverpool e o Manchester City. P�! Vou mirar quem? O �bis? � claro que eu miro o Manchester City e o Liverpool, � �bvio", disse o cartola cruzeirense.

Foi s� a declara��o ganhar as redes sociais para o clube pernambucano rebater prontamente: “Avisa pra ele que o nosso time tem menos derrotas que o Cruzeiro em 2020. Se quiser marcar um amistoso valendo o t�tulo de Pior Time do Mundo, s� chamar”.

Depois do jogo contra o Sampaio Corr�a, o �bis espezinhou mais um pouquinho: “Meu rival perdeu, foi?”.

S�rgio Santos Rodrigues, o Cruzeiro e seu torcedor poderiam passar sem essa. Ao presidente, fica uma dica. N�o � hora de tirar onda com a cara de ningu�m. � hora de reconhecer a gravidade da situa��o, recolher as armas e repensar a estrat�gia.

Hoje, a dist�ncia celeste para o Liverpool e o Manchester City � abissal. N�o d� para fazer nenhum tipo de compara��o. Nem tampouco menosprezar qualquer time que for. Nem o �bis, presidente.

Ao torcedor que acha que o problema � s� o t�cnico Ney Franco, as not�cias n�o s�o muito boas. A complexidade � maior que isso. Quem volta a mira para um treinador que est� no clube h� seis partidas, n�o entendeu nada. � mais um a esconder o sol com a peneira.

Que o time est� jogando mal n�o h� d�vida, por�m, a simples troca de comando agora n�o ser� a f�rmula m�gica para tudo se resolver. Foram do treinador, inclusive, as declara��es mais realistas ap�s o jogo contra o Sampaio Corr�a.

Numa serenidade pr�pria de Ney Franco, ele n�o p�s pano quente em nada. Ouviu as cr�ticas, concordou com algumas at�. Revelou que ser� feito um trabalho psicol�gico com o grupo, para buscar um respaldo emocional que tem faltado em campo em momentos decisivos.

“Tanto no primeiro tempo como no segundo a gente fez um jogo terr�vel no Mineir�o”, disse, sem meias palavras. “Particularmente, n�o acho que teve sequer lampejo. Conversamos com os atletas no vesti�rio. N�o tem como justificar. A derrota, tudo bem, voc� pode perder um jogo dentro de casa, mas a gente n�o tem como explicar o jogo da forma que perdemos.”

� bem isso que o Cruzeiro precisa fazer. Parar de buscar argumentos vazios para justificar algo muitas vezes injustific�vel. Que a mea-culpa feita por Ney Franco se estenda a todos na Toca da Raposa. Nas palavras do treinador, � “bater no peito, ajustar, cobrar mais da gente, dos jogadores, para que n�o se repita uma atua��o t�o med�ocre”.

Uma dose de autocr�tica de vez em quando n�o � demais.

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