
Passado o calor do resultado das urnas na Argentina, � preciso observar os impactos da vit�ria do 'peronista' Alberto Fern�ndez. N�o ser� o fim do mundo para os hermanos, que assistem a uma transi��o negociada de forma democr�tica e respeitosa em rela��o ao pleito de domingo. A crise argentina n�o d� espa�o para pirotecnias populistas, ent�o, o risco maior est� nas rea��es � elei��o.
O presidente Jair Bolsonaro ter� de rever suas posi��es iniciais em rela��o ao resultado das urnas no pa�s vizinho. Mesmo afirmando que vai conversar, criou mal-estar ao n�o felicitar o colega argentino e ainda afirmar que a Argentina escolheu mal, avalia��o que mexe com a soberania do povo argentino. E pior, o ministro das Rela��es Exteriores, Ernesto Ara�jo, refor�ou as cr�ticas �s elei��es no pa�s vizinho.
O presidente Jair Bolsonaro ter� de rever suas posi��es iniciais em rela��o ao resultado das urnas no pa�s vizinho. Mesmo afirmando que vai conversar, criou mal-estar ao n�o felicitar o colega argentino e ainda afirmar que a Argentina escolheu mal, avalia��o que mexe com a soberania do povo argentino. E pior, o ministro das Rela��es Exteriores, Ernesto Ara�jo, refor�ou as cr�ticas �s elei��es no pa�s vizinho.
As primeiras declara��es, que mais contribuem para aumentar a apreens�o de empres�rios em rela��o ao futuro dos neg�cios com a Argentina, foram logo contemporizadas pela equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, que aposta no convencimento da popula��o de que o acordo com a Uni�o Europeia vai trazer vantagens, como o barateamento dos produtos. Mais do que terceiro destino para as exporta��es brasileiras – e um dos maiores mercados para os produtos da ind�stria de transforma��o do Brasil, a Argentina, como parceria no Mercosul, precisa ratificar o acordo fechado em meados deste ano entre o Mercosul e a UE.
O acordo, alardeado como feito do governo Bolsonaro e com estimativas de que possa catapultar o PIB brasileiro em US$ 87,5 bilh�es em 10 anos, com investimentos da ordem de US$ 113 bilh�es, pode ficar no papel se os argentinos, a exemplo dos austr�acos, n�o ratificarem os termos fechados entre os dois blocos econ�micos.
Isso � pouco prov�vel, j� que, mergulhada na crise, a Argentina � a principal interessada no acordo. Mas nunca � demais lembrar que o Brasil tem papel fundamental na viabiliza��o do acerto e que � tamb�m o pa�s que pode jog�-lo por terra.
Isso � pouco prov�vel, j� que, mergulhada na crise, a Argentina � a principal interessada no acordo. Mas nunca � demais lembrar que o Brasil tem papel fundamental na viabiliza��o do acerto e que � tamb�m o pa�s que pode jog�-lo por terra.
Mais uma vez, a pol�tica amea�a atravessar o caminho da economia, que come�a a dar os primeiros sinais de uma leve melhora nos indicadores. O boletim Focus desta semana prev� aumento no crescimento do PIB de 0,87% para 0,91% este ano. � pouco, mas marca tend�ncia de alta na gera��o de riqueza do pa�s. Essa mesma melhora consta de relat�rio do economista-chefe da Associa��o Nacional das Institui��es de Cr�dito, Finan�as e Investimentos (Acrefi), Nicola Tingas, divulgada esta semana. “De fato, est� em curso gradual melhora da tra��o do crescimento neste quarto trimestre, trazendo certo 'otimismo' de melhor desempenho econ�mico, estendendo-se para 2020 e at� mesmo para os pr�ximos anos”, diz ele.
Esse otimismo vem da perspectiva de continuidade das reformas estruturais, da infla��o baixa, da redu��o dos juros, confirmada ontem pelo Comit� de Pol�tica Monet�ria, que baixou a Selic de 5,5% para 5% ao ano e trouxe a taxa de juros real para um patamar ainda mais baixo, e da recupera��o c�clica do cr�dito.
Para Tingas, esse cen�rio, associado a uma “calmaria” no ambiente externo, deve levar a um avan�o do PIB pr�ximo a 1% este ano. “Contudo esse 'otimismo' ser� testado ao longo dos pr�ximos 12 meses, bem antes do final de 2020”. As amea�as, para ele, s�o de uma recess�o mundial maior do que a prevista atualmente e um acirramento da crise pol�tica com as elei��es municipais sendo uma pr�via para as presidenciais de 2022 e as disputas travando as vota��es no Congresso.
Para Tingas, esse cen�rio, associado a uma “calmaria” no ambiente externo, deve levar a um avan�o do PIB pr�ximo a 1% este ano. “Contudo esse 'otimismo' ser� testado ao longo dos pr�ximos 12 meses, bem antes do final de 2020”. As amea�as, para ele, s�o de uma recess�o mundial maior do que a prevista atualmente e um acirramento da crise pol�tica com as elei��es municipais sendo uma pr�via para as presidenciais de 2022 e as disputas travando as vota��es no Congresso.
Fluxo cambial
US$ 21,12 bilh�es � o saldo negativo das entradas e sa�das de dinheiro do pa�s neste ano at� o �ltimo dia 25, segundo dados do Banco Central.
Para a constru��o
As empresas vinculadas � Associa��o Brasileira da Ind�stria de Materiais de Constru��o (Abramat) apostam numa leve melhora nas vendas em novembro, segundo pesquisa de opini�o da entidade. Enquanto 35% consideraram outubro “bom” ou “muito bom”, 50% acreditam que o pen�ltimo m�s do ano ser� bom. Os outros 50% acreditam que o faturamento nos pr�ximos 30 dias ser� regular. E mais, 73% delas se dizem indiferentes �s a��es do governo, enquanto 23% se dizem otimistas e 4% pessimistas.
Confian�a dos servi�os
Apesar da melhora nos indicadores econ�micos, o �ndice de Confian�a de Servi�os (ICS) caiu 0,4 ponto percentual em outubro com rela��o a setembro, segundo a Funda��o Getulio Vargas (FGV). A expectativa em rela��o ao momento atual teve melhora, mas em rela��o ao futuro caiu. Em outubro, houve piora na confian�a em oito das 13 principais atividades pesquisadas pela FGV. O ICS, com ajuste sazonal, est� em 93,6 pontos. No trimestre m�vel encerrado em outubro, a confian�a teve alta de 0,1%