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Estado de Minas MINA$ EM FOCO

Retrato da crise � mais dram�tico do que parece na fala de Bolsonaro

Quem dera que o pulso da economia real batesse no ritmo do discurso pol�tico, dos festejados planos dados como salva��o, embora muitas vezes nem sequer tenham passado de inten��es


postado em 08/11/2019 06:00 / atualizado em 08/11/2019 13:02

Das medidas previstas no Plano Mais Brasil, lançado na segunda-feira, nada se aplica de imediato ao dia a dia da população(foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Das medidas previstas no Plano Mais Brasil, lan�ado na segunda-feira, nada se aplica de imediato ao dia a dia da popula��o (foto: Marcelo Camargo/Ag�ncia Brasil)

Quem dera que o pulso da economia real batesse no ritmo do discurso pol�tico, dos festejados planos dados como salva��o, embora muitas vezes nem sequer tenham passado de inten��es. Das medidas previstas no Plano Mais Brasil, nada se aplica de imediato ao dia a dia da popula��o, do com�rcio, da ind�stria e das empresas prestadores de servi�os.

O retrato da crise � mais dram�tico do que parece ser na fala do presidente da Rep�blica e de seus ministros, repetindo indicadores decorados das pesquisas do IBGE.

 

A ind�stria que o diga. �ncora de uma extensa cadeia de gera��o de produtos, servi�os, emprego de melhor qualidade e renda, � fato que as f�bricas reagiram no Brasil. Contudo, trata-se de uma ligeira recupera��o e observada em menos da metade dos 26 ramos de atividade do setor acompanhados pelo IBGE. A pesquisa mais recente, de setembro, indicou varia��o positiva de modestos 0,3% da produ��o industrial do pa�s, enquanto o avan�o foi de 1,2% no mesmo m�s de 2018.

 

A fr�gil evolu��o est� associada ao bom desempenho das montadoras de ve�culos, reboques e carrocerias, com crescimento de 4,3% frente a agosto, seguida de mais 10 segmentos. Em Minas Gerais, pesquisas regulares da Federa��o das Ind�strias do estado (Fiemg), que monitoram vari�veis como faturamento, emprego, horas trabalhadas, massa salarial e a ocupa��o da capacidade produtiva das empresas – o chamado UCI – indicam que os fabricantes de alimentos, autom�veis e a metalurgia lideram a onda de rea��o e t�m f�lego suficiente para terminar bem o ano.

 

Ainda assim, na m�dia, o melhor que a produ��o industrial mineira conseguiu foi voltar aos n�veis de 2003, trabalhando com n�vel considerado muito alto, de 20%, tamb�m na m�dia, de ociosidade, como indicam os gr�ficos analisados por Daniela Britto, gerente de economia da Fiemg. “Problemas estruturais prejudicam muito o setor, que tem dificuldade de competir, sob uma carga tribut�ria exagerada, e com custos elevados de capital e log�sticos. E se trata de uma exposi��o direta aos produtos estrangeiros”, afirma.

 

Junto � crise que o Brasil viveu nos �ltimos anos, desde a turbul�ncia da economia mundial de 2008, um inferno astral se abateu sobre a ind�stria, que veio perdendo participa��o na produ��o de bens e servi�os do pa�s, medida pelo PIB, enquanto outros setores melhor posicionados, os servi�os, com�rcio e o agroneg�cio ganharam espa�o nesse bolo. Com PIB industrial estimado em R$ 118,4 bilh�es (10,3% da ind�stria brasileira), e 1,069 milh�o de empregados, segundo estimativa mais recente, de 2016, da Confedera��o Nacional da Ind�stria, a participa��o da ind�stria no PIB de Minas estaria em 24,8%.

 

N�o se trata de uma conta f�cil de ser obtida e nem atualizada numa base de compara��o nacional. Al�m disso, o desempenho do setor em Minas sofre mais que a m�dia nacional, tendo em vista a diversifica��o muito maior da ind�stria brasileira.

Num estado essencialmente minerador, quando essa atividade extrativa segue em alta impulsiona a performance industrial como um todo, ao passo em que nos momentos ruins, como os �ltimos anos marcados pelo rompimento da Barragem de min�rio de ferro de Fund�o, em Mariana, em 5 de novembro de 2015, e depois o estouro da barragem de C�rrego do Feij�o, da Vale, em 25 de janeiro deste ano, todo o setor perde.

 

Daniela Britto lembra que enquanto a ind�stria extrativa mineral responde por 22,7% do PIB industrial de Minas, representa 13,5% no indicador medido para o Brasil.

Com as portas de 2019 se fechando, n�o se considera mais a possibilidade de o setor sair do vermelho, por mais que tenham surgido alguns sinais positivos da recupera��o da economia, diante da t�o aguardada aprova��o da Reforma da Previd�ncia e da entrega do pacote de reformas ao Congresso, enquadrando o pa�s e os estados e munic�pios no ajuste fiscal, o aumento do emprego, apesar de amparado na informalidade, e a cont�nua redu��o do juro b�sico da economia, a taxa Selic, que remunera os t�tulos do governo no mercado financeiro e serve de refer�ncia para as opera��es nos bancos e no com�rcio. Para a frustra��o do estado, as previs�es da Fiemg s�o de queda de 2,5% da produ��o industrial geral, influenciada pela retra��o esperada de 22% da minera��o.

 

 

Expectativa

3%

� o melhor cen�rio vislumbrado pela Fiemg, no momento, para o crescimento da ind�stria de transforma��o, mantida a performance dos alimentos, ve�culos e produtores de a�o

 

PIF PAF na China

Habilitada em setembro para vender na China, a unidade industrial de Visconde do Rio Branco da PIF PAF Alimentos, uma das maiores empresas brasileiras do setor de alimentos congelados, fez, nesta semana, o seu primeiro embarque ao pa�s asi�tico. Foram exportadas 100 toneladas de cortes de frango em quatro cont�ineres. A PIF PAF integra lista de 25 plantas frigor�ficas brasileiras liberadas pelo governo chin�s e tamb�m obteve em 2019 habilita��es para comercializar seus produtos no M�xico e no Canad�. A companhia mineira j� exporta para mais de 20 pa�ses.

 

Rumos do caf�

Mais de 430 munic�pios de Minas Gerais t�m produ��o comercial de caf�, ou seja, universo superior � metade das 853 cidades do estado, com base em levantamento do IBGE. O estado garante cerca de 50% da produ��o brasileira dessa vedete das exporta��es. Os rumos da cultura ser�o discutidos de 20 a 22 deste m�s, em Belo Horizonte, na Semana Internacional do Caf� 2019, no centro de conven��es Expominas. Passa de 60 o n�mero de pa�ses que compram o produto mineiro. 

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