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Estado de Minas Mina$ em foco

Numa BH dif�cil de se ver, alguns pre�os em queda seguram a infla��o

A mesma infla��o que sacrifica as fam�lias de menor poder aquisitivo desde o in�cio da pandemia estaria mais alta n�o fosse um pelot�o de itens se movendo na dire��o contr�ria, da defla��o


10/10/2020 04:00 - atualizado 10/10/2020 08:20

Até entre os alimentos, que comandam a disparada dos aumentos, alguns itens baratearam em BH no mês passado, a exemplo do mamão, com queda de 34,4% (foto: Túlio Santos/EM/D.A Press %u2013 25/7/19 )
At� entre os alimentos, que comandam a disparada dos aumentos, alguns itens baratearam em BH no m�s passado, a exemplo do mam�o, com queda de 34,4% (foto: T�lio Santos/EM/D.A Press %u2013 25/7/19 )
Confira no balan�o das suas contas quando anotou, pela �ltima vez, alguma redu��o de despesas ou mesmo queda de pre�os de produto ou servi�o frequentes na sua lista de consumo. �, de fato, uma resposta f�cil de ser dada, principalmente, num ano em que a infla��o voltou a fustigar os bolsos dos brasileiros, com os aumentos persistentes dos alimentos, al�m do agravamento da crise na economia. Quem perceberia alguma baixa de pre�os num cen�rio em que o arroz encareceu mais de 44% neste ano, o feij�o-carioquinha ficou quase 18% mais caro e o tomate � encontrado a pre�os 16,2% maiores que em janeiro?

N�o parece, mas essa mesma infla��o, que sacrifica as fam�lias de menor poder aquisitivo desde o in�cio da pandemia, estaria mais alta n�o fosse um pelot�o de itens se movendo na dire��o contr�ria, da defla��o. Em Belo Horizonte, esse grupo foi liderado, no m�s passado, pela queda de 4,19% da tarifa de energia el�trica nas resid�ncias. O seguro volunt�rio de ve�culos tamb�m barateou (4,95%), com base na pesquisa do IPCA, medido pela Funda��o Ipead, vinculada � UFMG.

S�o dois servi�os que t�m participa��o expressiva na composi��o do �ndice da infla��o na capital. Ca�ram tamb�m os pre�os das excurs�es, em 1,95%, e do condom�nio residencial, em 1,25%. At� mesmo entre os alimentos – o carro-chefe das remarca��es que assustam nas prateleiras – devem ter passado despercebidas as redu��es dos custos do mam�o (-34,4%), iogurte (-11%), ma�� (-6,95%), batata-inglesa (-10,17%), cebola (-11.93%), p�o de forma (-7,17%) e ovo (-5,81%).

A coordenadora de pesquisas da Funda��o Ipead /UFMG, Thaize Martins, informou que 75 produtos apresentaram pre�os mais baixos em setembro, o que representa 31% dos 242 itens que comp�em a pesquisa do IPCA em BH. Outros 55 mostraram estabilidade, enquanto 46% encareceram.

“N�o fosse esse grupo de produtos, a infla��o estaria muito mais alta. A cada ida ao supermercado � um susto com os aumentos, por isso a sensa��o de que tudo est� encarecendo”, diz Thaize. � engano entender que a percep��o de pre�os em queda seja perda de tempo, diante da infla��o alta dos alimentos. Conferir os movimentos dos pre�os significa ver a import�ncia deles para pressionar ou impor um freio � infla��o. Ajuda, ainda, a administrar o or�amento e, em alguns casos, a fazer escolhas na hora de comprar.

A rigor, cada fam�lia tem a sua infla��o, resultado de dois fatores combinados, as varia��es dos pre�os dos produtos e servi�os consumidos e como esses itens participam do or�amento familiar. Isso explica a dificuldade que os mais pobres t�m enfrentado. A disparada dos pre�os dos alimentos n�o deixa op��es, j� que a comida representa 58% da infla��o que retrata os gastos das fam�lias com renda entre um e cinco sal�rios m�nimos na capital mineira, o IPCR, da Funda��o Ipead/UFMG.

Thaize Martins observa que n�o h� perspectiva de al�vio importante na infla��o. Depender� do comportamento dos alimentos, que continuam a pressionar o custo de vida num momento em que itens n�o alimentares come�am a encarecer.

As experi�ncias mal-sucedidas dos planos de estabiliza��o monet�ria adotados no Brasil, os tempos da espiral inflacion�ria dos governos Sarney (1985 a 1990), Collor (1990-1992) e parte do mandato de Itamar Franco (1993) criaram mem�ria da infla��o que tornou natural a percep��o da alta de pre�os e a d�vida sobre as quedas.

Encontre uma dona de casa, mesmo aquelas acostumadas a fazer o planejamento e executar o or�amento familiar, que identifique baixa de pre�os e ter� cumprido tarefa complicada. Outro fator fundamental para entender esse fen�meno � que boa parte das quedas de pre�os percorre longo caminho at� chegar �s prateleiras do varejo.

Caso cl�ssico � o do repasse dos pre�os de produtos influenciados pelo d�lar. Quando a cota��o da moeda norte-americana sobe, a alta costuma chegar de imediato ao consumidor final, cena t�pica dos Natais de iguarias importadas. Quando o d�lar se retrai perante o real, o repasse n�o s� demora a alcan�ar o varejo como, em boa parte das vezes, nem chega ao consumidor.

RESTRI��O


N�o chega � metade o universo de consumidores da capital que pretendem presentear no Dia das Crian�as, pr�xima segunda-feira. � o que mostra pesquisa aplicada pela Funda��o Ipead/UFMG junto � apura��o do �ndice de Confian�a do Consumidor de Belo Horizonte (ICC BH). Do universo de 210 pessoas entrevistadas em setembro, 40,95% querem dar presentes motivadas pela data, menor percentual dos �ltimos cinco anos.

DISPARATE


59,62% Foi o aumento m�dio do pre�o do �leo de soja neste ano em BH, ao passo que a infla��o medida pelo IPCA da Funda��o Ipead/UFMG subiu 2,40%
 

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