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Estado de Minas OPINI�O SEM MEDO

1.000%: cai o �ltimo mito do Mito. E agora, Jos�? Ou melhor, Jair

Em terra de cego, quem tem olho � rei. No Pa�s da picaretagem, ser honesto � motivo de orgulho


23/06/2021 07:37 - atualizado 23/06/2021 08:17

Covaxin que o governo comprou, com suspeita de superfaturamento, ainda não chegou ao Brasil(foto: DIBYANGSHU SARKAR / AFP)
Covaxin que o governo comprou, com suspeita de superfaturamento, ainda n�o chegou ao Brasil (foto: DIBYANGSHU SARKAR / AFP)


Jair Bolsonaro, o verdugo do Planalto, se elegeu prometendo acabar com a corrup��o e adotar uma pol�tica econ�mica liberal. Extenuado pelos anos de cleptocracia lulopetista, o eleitor m�dio - inclusive eu! - acreditou e lhe deu a chance de mudar o Pa�s.

Bastaram poucos meses, contudo, para a primeira bandeira cair por terra: o combate � corrup��o deu lugar � guerra pessoal com Sergio Moro; ao conluio de ocasi�o com o STF, em busca da prote��o do pimpolho das rachadinhas; ao fim melanc�lico da Opera��o Lava-Jato, decretado pelo Procurador-Geral, Augusto Aras; � sociedade com o Centr�o e �s novas velhas amizades com Collor, Ciro Nogueira, Arthur Lira e outros da mesma linhagem, se � que me entendem.

A despeito de tudo isso e muito mais, como Queiroz, ‘micheques’, rachadinhasmans�o de seis milh�es de reaisfuncion�rios fantasmas - apenas para ficar no �mbito pessoal e familiar -, e picanha, chiclete, leite condensadocerveja - a� sim, na esfera governamental -, superfaturados, a cren�a em um presidente honesto e um governo sem corrup��o s� � levada a s�rio, ainda, pelos bolson�ticos. At� porque, faltava o ‘batom na cueca’. Ao que parece, n�o falta mais.

Se na economia o engodo � mais do que claro e evidente, j� que n�o vimos nada de privatiza��es, reformas administrativa e tribut�ria, desburocratiza��o, abertura comercial, responsabilidade fiscal e outras promessas do Posto Ipiranga, a cren�a na honestidade do devoto da cloroquina e seu desgoverno homicida ainda resistia pela falta de um ‘esc�ndalo’ de f�cil compreens�o. Mas a not�cia dessa ter�a-feira (22/6) sobre o superfaturamento na compra de vacinas pelo governo federal, tem tudo para colocar uma p� de cal sobre o mito da honestidade... do Mito!

O mesmo governo que recusou 70 milh�es de doses de vacinas da Pfizer pela metade do pre�o pago por outros pa�ses como Estados Unidos e Israel, comprou de ‘forma temer�ria’, segundo a Procuradoria da Rep�blica do Distrito Federal, 20 milh�es de doses do imunizante indiano Covaxin, por inacredit�veis 1,6 bilh�o de reais, valor 1.000% superior ao listado pela empresa e dramaticamente maior que o de outras vacinas mais ‘famosas’ e dispon�veis no mercado. 

Pior. O deputado Ricardo Barros, l�der do governo na C�mara e aliado �ntimo do man�aco do tratamento precoce, foi respons�vel por uma emenda � MP 1026/21 que facilitou o suposto cambalacho. Mas n�o s�: a empresa que fez a importa��o � suspeita de fraude. Al�m disso, o servidor do Minist�rio da Sa�de Lu�s Ricardo Fernandes Miranda, em depoimento ao Minist�rio P�blico Federal, disse ter sofrido ‘press�o at�pica’ para garantir a importa��o do imunizante. 

Ind�cios claros de problemas, como visto, � o que n�o faltam por a�. A depender do prosseguimento do caso, ser� divertido assistir � malta zurrar: ‘e o Lula? E o PT?’. Bem como estes �ltimos zurravam: ‘e o A�cio? E o PSDB?’. Mas � assim mesmo. Gado bom � gado manso. Vale tudo para defender o pol�tico corrupto de estima��o. Inclusive ser roubado e agradecer na ‘l�ngua p�tria’: m�.

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