
Nos �ltimos dois anos, c�es e gatos foram os melhores, e, �s vezes, �nicos amigos com quem era poss�vel conviver na pandemia, salvando os donos da tristeza, estresse e solid�o durante o isolamento social.
Para se ter a dimens�o da import�ncia dos animais de estima��o como apoio na pandemia, uma pesquisa do Instituto Pet Brasil registrou alta de 27% do faturamento em 2021 de produtos, servi�os e com�rcios no setor, atingindo R$ 51,7 bilh�es.
Com a reabertura do com�rcio e o retorno �s atividades presenciais, a quest�o se inverteu. J� acostumados � presen�a dos tutores em casa, em aulas on line e no home office, os pets passaram a sofrer com a ansiedade da separa��o de seus donos.
A situa��o se agravou com a volta � vida normal dos tutores, que pouco a pouco, est�o retornando presencialmente �s escolas e empresas e j� retomaram as sa�das noturnas, passeios nos fins de semana e viagens de f�rias.
"As lambeduras excessivas das patas s�o um sinal cl�ssico de estresse"
Adriana Duarte, psic�loga
”Sozinhos em casa, os cachorros podem estar latindo muito, fazendo xixi e coc� no lugar errado, destruindo mais objetos e at� se automutilando. As lambeduras excessivas das patas s�o um sinal cl�ssico de estresse”, observa a psic�loga Adriana Duarte, s�cia do Centro de Cuidados Caninos Zeluz, primeiro resort Pet de Belo Horizonte, com sistema de hotelaria, col�nia de f�rias e day care (creche), localizado no Bairro Sion, na Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte.

Ludmila Marengo, � tutora da Luna, uma Schnauzer de pelos acinzentados. Ela se lembra que quando voltou a trabalhar, a Luna sentiu muito sua falta. "A Luninha ficou uma semana sem querer comer depois que eu voltei a trabalhar no presencial", conta Ludmila, que foi contratada por uma empresa multinacional no meio da pandemia.
“Eu n�o sabia o que fazer, pois precisava viajar a trabalho e a Luninha n�o me deixava ir � padaria sem ela. Se eu pegava uma cal�a no arm�rio, ela come�ava a chorar, sabendo que eu iria sair”, diz.
Aos quatro meses, Luna foi encaminhada � Zeluz, que ajudou a fazer a readapta��o da cachorrinha. “No in�cio, ela n�o queria ficar at� o final e eu precisava sair do servi�o para busc�-la mais cedo. Levou um tempo, mas hoje a Luna j� come�a a ficar feliz quando v� a mochilinha da creche”, diz a tutora, que chegou a promover a festa de anivers�rio de um ano da cachorrinha no espa�o. “Isso me ajudou demais”, comenta.
Nascidos a partir de 2019 ou adotados por fam�lias que antes n�o tinham c�es, os chamados filhotes da pandemia j� s�o maioria no sistema de day care da Zeluz. Eles passam o dia no espa�o, onde gastam energia e reaprendem a socializar com outros c�es e pessoas que n�o fazem parte do n�cleo familiar. “Muitos deles desaprenderam a sair de casa, a passear nas ruas e nos parques, a conhecer outros c�es e a ‘ver gente’”, conta a estudiosa do comportamento canino.
NO COLOQuando esses filhotes chegam � Zeluz � feito um diagn�stico para entender o que est� causando a ansiedade no animal. “Alguns deles s� querem ficar no colo do tutor, ficam se escondendo ou apresentam comportamento reativo ao ver outros c�es”, conta a s�cia da empresa, M�rcia Nascimento, que recebe pessoalmente os pets que s�o candidatos � hospedagem di�ria, spa ou � academia, onde fazem exerc�cios nas esteiras.
Eles s�o estimulados a fazer atividades f�sicas e recebem est�mulos cognitivos, com piscinas de bolinhas, jogos de tabuleiro e brincadeiras como a ca�a ao tesouro, que ajuda a resgatar os instintos naturais de ca�ar e roer.
Na Zeluz, tamb�m � oferecido � parte o servi�o peri�dico de escova��o, tosa e banho relaxante. O resort pet tem ainda col�nia de f�rias, spa e um emp�rio com op��es de alimentos 100% naturais, sem aditivos, corantes e conservantes.
Dicas para judar na readapta��o dos pets
1) Logo antes de sair, ofere�a a ele um brinquedo ou comida. Para que o c�o se interesse pelo objeto, � preciso escolher o tipo de biscoito canino ou brinquedo adequado para cada ra�a.
2) Tenha pelo menos tr�s conjuntos de brinquedos, com quatro brinquedos em cada conjunto. Este � o n�mero m�nimo indicado de brinquedos para se ter um c�o mentalmente saud�vel.
3)Os brinquedos devem ser diferentes entre si (cor, formato, textura, dureza, peso, material de composi��o, som e outros), de modo a estimular a cogni��o dos pets e estimular o comportamento natural dos c�es, como morder, roer, rasgar e lamber.
4) O ideal � que voc� troque o conjunto de brinquedos a cada 24 horas ou quando voc� sentir que houve um desinteresse por parte do animal. Guarde uma parte no arm�rio e devolva em alguns dias. Use o rod�zio de brinquedos sempre que precisar distrair seu c�o e faz�-lo gastar energia, desenvolvendo tamb�m o instinto natural da ca�a.
5) Se ele se acostumou com barulhos em casa durante o confinamento, voc� pode programar o aparelho para permanecer ligado por um tempo determinado. Confira a programa��o da TV canina e tamb�m as playlists pr�prias para c�es.
6) Dependendo do n�vel de apego, uma dica infal�vel � deixar uma pe�a usada de roupa no lugar da casa onde ele mais gosta de ficar.
7) E, por �ltimo, evite fazer muita festa para ele logo que voltar do trabalho. Por mais dif�cil que seja, fa�a um carinho r�pido e s� fale com ele depois de alguns minutos. Depois se prepare para um festival de “lambeijos”!
Fonte: Centro Especializado de Cuidados Caninos Zeluz, pet resort de BH