
Voc� conhece o termo neuroarquitetura? O neurocientista Fred Gage e o arquiteto John Paul Eberhard descobriram que os ambientes t�m o poder de transformar certas capacidades e sensa��es cognitivas do c�rebro humano. Em estudo, os norte-americanos analisaram e constataram os impactos do ambiente f�sico no comportamento.
Assim nasceu a neuroarquitetura, que une a neuroci�ncia, a psicologia e a arquitetura com expertises de cada �rea para pensar o espa�o f�sico, seja privado ou p�blico, para oferecer e preservar n�o s� as necessidades pr�ticas, mas ofertar tamb�m emo��o, sentimentos, sensa��es, conex�es, mem�rias e lembran�as para o bem-estar e qualidade de vida.
Essas rela��es t�m tudo em comum. Fred Gage lembra que as mudan�as no entorno mudam o c�rebro e, portanto, modificam o comportamento. O termo neuroarquitetura come�ou a ser utilizado oficialmente em 2003, em San Diego, na Calif�rnia (EUA), com a cria��o da Academy of Neuroscience for Architecture (Anfa), a Academia de Neuroci�ncia para Arquitetura.
"os ambientes t�m o poder de transformar certas capacidades e sensa��es cognitivas do c�rebro humano"
A nova vis�o veio para agregar na busca da melhor qualidade de vida das pessoas que moram em casas, apartamentos, que frequentam escolas, hospitais, casas de espet�culo, empresas, escrit�rios e os mais variados espa�os.
A arquiteta Juliana Maioli, da RKM Engenharia, destaca que todos os ambientes constru�dos enviam “mensagens” ao c�rebro, que impactam positiva ou negativamente nas emo��es, no bem-estar e no comportamento. “Conforme o tempo de exposi��o ou de perman�ncia nesses espa�os, os impactos podem ser de curto ou longo prazo, mas variam tamb�m de acordo com as viv�ncias de cada um, do arcabou�o cultural, gen�rico e de experi�ncias que tornam cada pessoa �nica”, comenta.
“Os arquitetos podem usar os conceitos nos projetos para que os edif�cios atuem tamb�m como catalisadores das atividades neles desenvolvidas. Estamos falando de ambientes corporativos que propiciem produtividade, de hospitais que auxiliem na cura, de escolas que estimulem o aprendizado e a criatividade e de resid�ncias que proporcionam o relaxamento, o descanso e o prazer de estar ali”, diz Juliana Maioli.