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Asteroide que dizimou dinossauros determinou sucesso das cobras, aponta estudo

Enquanto a maioria das plantas e animais desapareceram em colis�o h� 66 milh�es de anos, que levou � extin��o dos dinossauros, cobras tiveram vantagem evolutiva


15/09/2021 11:48 - atualizado 15/09/2021 12:52
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As cobras conseguiram se adaptar à vida em todos os continentes, com exceção da Antártida; na foto, uma jiboia-vermelha
As cobras conseguiram se adaptar � vida em todos os continentes, com exce��o da Ant�rtida; na foto, uma jiboia-vermelha (foto: Getty Images)

As cobras devem seu sucesso na Terra, em parte, ao asteroide que atingiu o planeta h� 66 milh�es de anos e levou � extin��o dos dinossauros, de acordo com um estudo publicado nesta ter�a-feira (14/9) na revista cient�fica Nature Communications.

O impacto desta colis�o provocou terremotos, tsunamis e inc�ndios florestais, al�m de uma d�cada de escurid�o por conta de nuvens de cinzas que bloquearam o sol. Tudo isso levou ao fim estimado de 76% dos animais e plantas.

Mas, segundo os autores da pesquisa rec�m-publicada, algumas cobras sobreviventes foram capazes de prosperar em um mundo p�s-apocal�ptico, se abrigando no subsolo e passando longos per�odos sem comida.

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Estes r�pteis resilientes conseguiram ent�o se espalhar por todo o globo, e sua evolu��o nos trouxe �s 3 mil ou mais esp�cies conhecidas hoje.

Alguns mam�feros, p�ssaros, sapos e peixes tamb�m foram capazes de sobreviver aos tempos p�s-asteroide.

"Neste ambiente de colapso das cadeias alimentares, as cobras conseguem sobreviver e prosperar, e s�o capazes de colonizar novos continentes e interagir com o ambiente de novas maneiras", explicou a l�der da pesquisa, Catherine Klein, da Universidade de Bath, na Inglaterra.

"� prov�vel que, sem o impacto do asteroide, elas n�o estivessem onde est�o hoje."

Quando o asteroide atingiu o que hoje � o territ�rio do M�xico, as cobras eram muito parecidas com as que conhecemos hoje: sem pernas e com mand�bulas alongadas para engolir presas.

Com poucos alimentos � disposi��o, elas conseguiam sobreviver sem comida por at� um ano e ca�ar em meio � escurid�o. As esp�cies de cobras que sobreviveram foram principalmente aquelas que viviam no ambiente subterr�neo, no solo das florestas ou em �gua doce.

Sem muitos animais para competir, elas tiveram um caminho aberto para evoluir com diversas ramifica��es e alcan�ar novos habitats e tipos de presas. Isso permitiu que se espalhassem por todo o mundo, chegando � �sia pela primeira vez, e que sua diversidade aumentasse.


Uma sucuri-amarela; depois do asteroide, cobras se diversificaram em habitats e presas
Uma sucuri-amarela; depois do asteroide, cobras se diversificaram em habitats e presas (foto: Getty Images)

Eventos determinantes para a elimina��o de esp�cies em um curto espa�o de tempo, como a queda do asteroide, ocorreram poucas vezes na hist�ria do planeta.

Nick Longrich, tamb�m da Universidade de Bath, diz que, nos per�odos logo ap�s as grandes extin��es, a evolu��o chega � "sua forma mais selvagem, experimental e inovadora".

O estudo tamb�m encontrou evid�ncias de um segundo pico na evolu��o das cobras, quando o planeta deixou de ser como uma quente estufa e passou a ter um clima mais frio, levando � forma��o de calotas polares e o in�cio da era do gelo.

O sucesso das cobras � importante para a sa�de dos ecossistemas como um todo, j� que elas controlam as popula��es de presas e ajudam os humanos no controle de pragas. Depois de tanto prosperar na Terra, por�m, a conviv�ncia com o homem est� deixando muitas esp�cies de cobras sob risco de extin��o.

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