
“Esses cristais s�o os s�lidos mais antigos conhecidos que se formaram ap�s o impacto gigante. E porque sabemos a idade desses cristais, eles servem como uma �ncora para a cronologia lunar”, disse o professor Philipp Heck, do Field Museum e da Universidade de Chicago e autor s�nior do estudo, em um comunicado.
“Quando a superf�cie estava derretida assim, os cristais de zirc�o n�o conseguiam se formar e sobreviver. Portanto, quaisquer cristais na superf�cie da Lua devem ter-se formado ap�s o arrefecimento deste oceano de magma lunar. Caso contr�rio, eles teriam sido derretidos e suas assinaturas qu�micas seriam apagadas.”
Para descobrir a idade destes nanocristais, a equipe precisava medir a quantidade de ur�nio e chumbo nas amostras. O ur�nio, durante um longo per�odo de tempo, transforma-se em chumbo e, observando as propor��es, os cientistas podem descobrir a idade de um cristal. Mas o primeiro passo � retirar os �tomos. Essa abordagem � chamada de tomografia por sonda at�mica.
“Na tomografia por sonda at�mica, come�amos afiando um peda�o da amostra lunar em uma ponta muito afiada, usando um microsc�pio de feixe de �ons focado, quase como um apontador de l�pis muito sofisticado”, explicou Jennika Greer, autora principal do estudo. “Depois, usamos lasers UV para evaporar os �tomos da superf�cie dessa ponta. Os �tomos viajam atrav�s de um espectr�metro de massa, e a rapidez com que se movem diz-nos qu�o pesados s�o, o que por sua vez nos diz do que s�o feitos.”
Depois que a composi��o da amostra foi estabelecida e a equipe mediu quantos �tomos havia, eles foram capazes de calcular a idade do cristal e, portanto, da Lua. A t�cnica � conhecida como data��o radiom�trica. "A data��o radiom�trica funciona um pouco como uma ampulheta", disse Heck.
“Numa ampulheta, a areia flui de um bulbo de vidro para outro, sendo o passar do tempo indicado pelo ac�mulo de areia no bulbo inferior. A data��o radiom�trica funciona de forma semelhante, contando o n�mero de �tomos pais e o n�mero de �tomos filhos nos quais eles se transformaram. A passagem do tempo pode ent�o ser calculada porque a taxa de transforma��o � conhecida.”
“Numa ampulheta, a areia flui de um bulbo de vidro para outro, sendo o passar do tempo indicado pelo ac�mulo de areia no bulbo inferior. A data��o radiom�trica funciona de forma semelhante, contando o n�mero de �tomos pais e o n�mero de �tomos filhos nos quais eles se transformaram. A passagem do tempo pode ent�o ser calculada porque a taxa de transforma��o � conhecida.”