Confeitaria inspirada nos EUA tem mais de 20 sabores de donuts recheados

Vitrine colorida, cheiro de massa fresquinha e, dependendo do hor�rio, fila para fazer o pedido. Dif�cil n�o notar a loja na esquina da Rua Fernandes Tourinho com Pernambuco, na Savassi. L� funciona a American Day, que tem atra�do os belo-horizontinos com donuts recheados. “A nossa ideia � ser uma confeitaria americana. Aqui a pessoa tem uma experi�ncia como se estivesse nos Estados Unidos”, explica o empres�rio Leandro Saliba Costa, que fundou a marca com a esposa, Nathane.

 

 

Leandro e Nathane s�o aficionados pelos Estados Unidos e pela confeitaria norte-americana. Em especial, donuts. Experimentaram o doce na Disney e viraram f�s. “Achei que seria um p�ozinho com cobertura, mas, quando mordi, senti aquele tanto de recheio, as texturas, e me apaixonei”, conta Leandro. A vontade era de comer toda hora, mas s� encontravam em S�o Paulo.

 

Quando a pandemia chegou, o antigo neg�cio do casal ficou em suspenso. Obrigados a fechar todas as cantinas que administravam em faculdades, eles enxergaram no doce que mais amam a chance de trazer uma novidade para BH. “Queremos fazer com que os donuts fiquem conhecidos e que as pessoas tamb�m se apaixonem pela confeitaria americana.”

 

Para desenvolver a massa, Leandro e Nathane buscaram refer�ncias diretamente nos Estados Unidos. Foi um processo de muitos estudos, testes, adapta��es, mais erros que acertos, at� chegar ao que queriam. “A massa do donut � similar � do sonho, mas muito mais leve e fofa”, descreve o empres�rio. Ela � frita, mas, como passa rapidamente pelo �leo, n�o corre o risco de ficar encharcada.

 

A receita foge das refer�ncias norte-americanas em um detalhe. Os donuts de l� t�m cobertura, mas n�o costumam ser recheados. Como entende que o recheio traz uma experi�ncia diferente, o casal apostou nesse diferencial. “Tentamos trazer uma harmonia entre todos os elementos para n�o ficar muito doce e enjoativo”, pontua. Por isso, � t�o comum que as pessoas comam mais de um.

 

 

No total, s�o 20 sabores. O mais vendido � o Homer, com cobertura de chocolate rosa e granulados coloridos, talvez a imagem que venha � sua cabe�a quando voc� pensa em donut. Esse � o doce que virou �cone do desenho “Simpsons”, por ser o preferido do protagonista Homer. Quem nunca experimentou � atra�do pelo visual, mas Leandro garante que depois ele conquista pelo sabor, porque tem recheio de leite Ninho. Brigadeiro e creme de chocolate com avel� tamb�m est�o entre os cl�ssicos.

 

Alguns sabores s�o mais inusitados, como o red velvet, com recheio de creme de queijo e calda de morango. A sensa��o � de comer o famoso bolo norte-americano em forma de donut. Outras inven��es s�o banoffee (banana com doce de leite e canela), pa�oca e pistache. No momento, eles est�o testando maracuj� com coco e caf�. “Entendemos que precisamos sempre inovar e renovar o card�pio, trazendo novidades, por�m alguns sabores ficam”, explica Leandro.

 

O esfor�o � para servir o donut o mais fresco poss�vel, tanto que eles fritam a massa v�rias vezes ao dia. No delivery, a montagem � feita somente com o pedido em m�os. Em alguns casos, o doce chega ainda morno na casa do cliente. Na loja, a vitrine � abastecida aos poucos. Se um sabor acabar justo na sua vez na fila, n�o se preocupe, eles conseguem fazer na hora.

 

Por ser uma confeitaria norte-americana, a marca n�o se resume aos donuts. O card�pio tamb�m conta com cookies recheados, que v�o desde o tradicional chocolate com nozes at� doce de leite com canela e biscoito com brigadeiro branco. No ano que vem, o plano � lan�ar outros doces trazidos dos Estados Unidos, como brownie, cheesecake e cinnamon roll (rolinho de canela).

 

A produ��o de donuts come�ou h� um ano nos fundos do restaurante de um cunhado. Leandro e Nathane faziam tudo, da receita � entrega. Acompanhando o aumento da demanda, em junho, eles se mudaram para a Savassi, onde abriram a loja com mesas para receber o p�blico (a produ��o funcionava no andar de cima). Logo eles tiveram que transferir o delivery e a produ��o para outro espa�o. Agora se preparam para abrir, ainda este ano, uma nova f�brica, no Bairro Prado.

 

Em um ano, a marca cresceu muito mais do que se imaginava. Hoje, s�o 30 funcion�rios, que produzem e vendem, em m�dia, mil donuts por dia (somando a loja e o delivery). “O crescimento foi t�o assustador que nem acredit�vamos no que estava acontecendo. Tivemos que parar para pensar estrategicamente na expans�o, sem deixar para tr�s a qualidade”, diz Leandro. At� o fim do ano, eles devem abrir um quiosque em shopping e lan�ar o modelo de franquia.