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Estado de Minas DO CAMPO � MESA

F�brica de molhos incentiva cultivo de pimentas na regi�o de Itabirito

Agricultores parceiros da La Pimentaria recebem mudas de sementes originais para cultivar em suas propriedades


30/09/2022 04:00 - atualizado 02/10/2022 08:27

pimenta indiana bhut jolokia
Pequenos produtores do entorno da f�brica cultivam variedades como a indiana bhut jolokia, a terceira mais forte do mundo (foto: Yuri Braga/Divulga��o )
Para os leigos, basta arder para chamar de pimenta. Mas n�o � bem assim. O economista Gabriel da Mata estudou a fundo o fascinante mundo da pic�ncia e diz com propriedade: pimenta n�o � tudo igual. Criador da marca de molhos La Pimentaria, ele se envolveu tanto com o assunto que acompanha desde o desenvolvimento de mudas at� o cultivo dos ingredientes que s�o usados para fazer os molhos apimentados em Itabirito, na Regi�o Central de Minas Gerais.

 

Gabriel come�ou a plantar pimentas por pura curiosidade. Tinha interesse em entender melhor sobre um universo que tanto o fascinava. “Comecei a reparar que o mundo das pimentas era pouco compreendido e as pessoas precisavam saber o que estavam comendo”, destaca o economista, que trabalhava no mercado financeiro.

 

Em suas pesquisas, ele chegou a entrar em contato com o pesquisador de pimentas de uma universidade do Novo M�xico, nos Estados Unidos.

Logo, o s�tio da fam�lia em Itabirito virou uma f�brica de molhos. “Um dia cismei de fazer uma pasta de pimenta com a trinidad scorpion, de Trinidad e Tobago, que era a segunda mais forte do mundo, e aquilo me chamou a aten��o como neg�cio”, conta.

As pimentas s�o cultivadas por pequenos produtores do entorno. Gabriel preferiu se concentrar na produ��o dos molhos, mas queria que as planta��es estivessem bem pr�ximas. Assim, poderia garantir o controle de qualidade (mantendo o padr�o de cor, sabor e pic�ncia) e a rastreabilidade.

 

molho cao chupando manga la pimentaria
O molho com o sugestivo nome C�o chupando manga � feito com a pimenta indiana bhut jolokia, atualmente a terceira mais forte do mundo (foto: Pedro Shimith/Divulga��o)
 

No in�cio da pandemia, ele criou o programa +Pimenta, com o objetivo de desenvolver o plantio de variedades pouco exploradas e criar uma rede de fornecedores. Os agricultores recebem mudas de sementes originais para cultivar em suas propriedades e se tornam parceiros da empresa.

O investimento no campo se transforma em sabor nos molhos. Isso porque Gabriel utiliza as pimentas in natura e adiciona apenas um pouco de alho, cebola, sal e a��car nas receitas. Quer que elas sejam notadas, mas sem causar inc�modo.

 

“Pimenta n�o � s� a que mais arde. Queremos mostrar que ela complementa uma receita, adiciona sabor, destaca a comida e pode se encaixar em todo tipo de prato”, aponta o economista, que come os molhos at� no caf� da manh�.

 

No momento, a marca trabalha com tr�s variedades de pimenta. Entre elas, est� a mexicana jalape�o, a mais consumida no mundo. Apesar da fama, n�o � das mais picantes. Gabriel utiliza a pimenta vermelha, j� madura, para que consiga um sabor mais frutado. Vers�til, o molho Jalape�o combina com tudo, desde hamb�rguer, torresmo e coxinha a carnes ex�ticas.

Sabor defumado

A mesma pimenta passa por um processo de defuma��o para dar origem ao Chipotle. “Essa era a forma como maias e astecas conservavam a pimenta depois da safra”, informa. Depois de ficar por mais de 10h em contato com serragem de madeira n�o tratada (geralmente eucalipto), a jalape�o se desidrata e ganha um sabor concentrado de churrasco.

molho chipotle la pimentaria
Com pic�ncia suave, o molho de jalape�o defumada � a porta de entrada para o mundo das pimentas (foto: Pedro Shimith/Divulga��o )

Segundo Gabriel, o Chipotle � a porta de entrada para o mundo dos molhos. Por ser mais suave, agrada at� quem diz n�o gostar de pimenta. No site, a empresa sugere algumas combina��es, com frutos do mar e pipoca, por exemplo. Outra dica � us�-lo para temperar carnes.

Picante mesmo � o molho com o sugestivo nome C�o chupando manga, feito com a pimenta indiana bhut jolokia. Atualmente a terceira mais forte do mundo, ela inaugurou a categoria das pimentas nucleares, acima de 1 milh�o na Escala de Scoville, criada por um cientista ingl�s para medir o n�vel de pic�ncia das variedades. Para voc� ter uma ideia, � 10 vezes mais picante que a malagueta.

N�o subestime este molho. Ao primeiro contato, pode parecer fraco, mas a bhut jolokia cria um efeito que a fez ser chamada de ghost pepper. “Ela n�o arde na hora, mas, depois que voc� engole, vai crescendo e leva de 8 a 10 segundos para explodir na boca”, explica. Indica-se comer o C�o chupando manga com feijoada, canjiquinha e outras comidas mais caldosas.

A empresa tamb�m trouxe para o Brasil a pimenta carolina reaper, que est� no topo da lista das mais fortes do mundo. Origin�ria da Carolina do Sul, veio diretamente do norte-americano que a criou em laborat�rio, cruzando a indiana bhut jolokia com a mexicana habanero. O plano de Gabriel � lan�ar, em breve, a carolina reaper desidratada para que o cliente possa preparar sua pr�pria conserva.

Futuramente, ele pensa em explorar pimentas brasileiras diferentes das que temos no dia a dia, entre elas bode e murupi (de origem amaz�nica, � a mais forte do pa�s).

Servi�o

La Pimentaria
(31) 99110-566
Mais informa��es no site

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