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Como o terroir influencia a charcutaria mineira

Charcuteiros investem em receitas autorais, inclusive usando ingredientes locais, de defumados, curados e fermentados


27/10/2023 06:00 - atualizado 27/10/2023 09:51
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salame com castanha de baru Charcuteria Sagrada Família
O processo de regionaliza��o dos produtos da Charcuteria Sagrada Fam�lia come�ou pelo salame com castanha de baru (foto: Samuel Reis/Divulga��o )
Muito se fala sobre terroir na gastronomia. J� se sabe que a combina��o de solo, microclima e t�cnicas caracteriza a produ��o de queijos e vinhos, mas tamb�m vem definindo as particularidades de salames, presuntos e lingui�as. Afinal, como se expressa a charcutaria artesanal mineira? Vamos responder a essa pergunta mostrando o trabalho, que envolve o uso de ingredientes locais, de produtores em quatro cidades diferentes: Montes Claros, Brumadinho, Coronel Xavier Chaves e Jaboticatubas.

Em conversa com uma amiga chef de cozinha que mora na Fran�a, Ugo Borges ouviu: “Se fosse para abrir um neg�cio no Brasil, seria uma f�brica de embutidos. A� s� tem produto industrializado”.

Era tudo o que ele precisava para deixar a carreira acad�mica como professor e realizar o sonho de entrar para a gastronomia. H� seis anos, chegou ao mercado a Charcuteria Sagrada Fam�lia, em Montes Claros, que levanta a bandeira da valoriza��o de ingredientes do Norte de Minas.

O trabalho come�ou muito antes disso. Em 2014, Ugo e a esposa, Tatiana Veloso, viajaram para a Fran�a com o objetivo de entender a hist�ria da charcutaria e visitar pequenos produtores. Voltando para o Brasil, eles montaram a f�brica e come�aram os testes.

linguiça com mexerica Tonini Charcutaria Artesanal
A lingui�a com mexerica, j� servida como petisco no bar Moema, homenageia a cidade de Brumadinho, onde fica a Tonini Charcutaria Artesanal (foto: Victor Schwaner/Divulga��o)
Por tr�s anos, ficaram de portas fechadas, dedicados � padroniza��o das receitas (a longa espera se deveu ao fato de que alguns produtos, como o presunto cru, chegam a passar por um processo de 24 meses de matura��o).

O casal s� lan�ou a marca quando sentiu que as t�cnicas de charcutaria estavam dominadas. Mas, at� ent�o, s� reproduziam receitas, principalmente da escola francesa (tanto que fizeram quest�o de colocar no nome a palavra “charcuteria”, que vem do termo franc�s “charcuterie”).

As primeiras receitas pr�prias apareceram em 2018. “Definimos o caminho da valoriza��o da cultura regional. Fizemos a fus�o de t�cnicas para criar produtos novos e inserimos elementos da regi�o para dar esse sabor do terroir norte-mineiro”, explica o mestre charcuteiro.

Os testes se iniciaram pelos curados, com a cria��o do salame com castanha de baru, ingrediente muito abundante em Montes Claros, que est� no “cora��o” do cerrado. Por dentro da tripa natural de porco, eles colocam copa-lombo, alho triturado e a castanha de baru quebrada na faca, que ainda fica peda�uda e entrega croc�ncia.

No restaurante Uaithai, em Tiradentes, o copa-lombo defumado da Catauá Artesanal é acompanhado de purê de banana-da-terra, ragu de linguiça e molho de cachaça
No restaurante Uaithai, em Tiradentes, o copa-lombo defumado da Catau� Artesanal � acompanhado de pur� de banana-da-terra, ragu de lingui�a e molho de cacha�a (foto: Uaithai Tiradentes/Divulga��o)
Na sequ�ncia, entrou em produ��o a bresaola de carne de sol, �nico produto com carne bovina da Sagrada Fam�lia. “Mudamos o corte que se usa na It�lia para o lagarto e tiramos especiarias como zimbro para introduzir a pimenta-de-macaco, que � do cerrado. Al�m disso, nos inspiramos nas t�cnicas que existem em Montes Claros para fazer carne de sol”, ele detalha. A pimenta regional n�o tem pic�ncia, interfere na experi�ncia apenas com o seu aroma.

Segundo Ugo, os ingredientes regionais s�o comprados de comunidades origin�rias do Norte de Minas, o que fortalece o com�rcio local. Enquanto a pimenta-de-macaco (tamb�m presente no copa-lombo) � fornecida pelos chamados veredeiros, que vivem nas regi�es das veredas e s�o considerados guardi�es das �guas, a castanha de baru vem de uma comunidade quilombola na cidade de S�o Francisco.

Cacha�a e rapadura

Na linha dos defumados, a regionaliza��o se d� pelo uso de cacha�a e rapadura de Salinas. “Os norte-americanos s�o especialistas em defuma��o e sempre usam destilado e a��car no processo da cura da carne, ent�o fiz essa substitui��o. A fam�lia da minha m�e � de Salinas e tenho uma rela��o afetiva com esses sabores, est�o na minha mem�ria.”

copa-lombo defumado Charcutaria da Serra
Entre as caracter�sticas marcantes dos produtos da Charcutaria da Serra, como o copa-lombo defumado, destacam-se o uso de pimentas e o adocicado da defuma��o em madeira de carvalho (foto: Charcutaria da Serra/Divulga��o)
Depois da cura com cacha�a e rapadura, bacon, porchetta (rolo de lombo com capa de costela e barriga), pancetta (s� barriga), lingui�as e lombo passam por defuma��o em lenha de goiabeira (escolhida por ter em abund�ncia na regi�o e ser mais suave).

A lingui�a tradicional mineira ganha um toque regional inesperado. “Um dia, uma senhora perguntou se a gente fazia igual ao pai dela. Ela explicou que ele picava o porco na faca e raspava a carne com rapadura.”

Desde ent�o, eles inclu�ram na receita raspas de rapadura (n�o � para ficar doce, apenas equilibra o sabor). A lingui�a continua sendo 100% de pernil e ainda leva pimenta-do-reino. Utiliza-se uma tripa importada da Alemanha, que � mais resistente, n�o quebra nem fura.

Ugo n�o deixou de fazer receitas cl�ssicas de outros pa�ses, mas volta seu trabalho cada vez mais para os produtos regionais, que s�o os mais desejados.

Isso ficou ainda mais evidente desde que eles abriram loja em BH, h� tr�s meses. O salame com castanha de baru, por exemplo, vende muito mais do que o tradicional, feito com pernil, vinho tinto seco e pimenta-do-reino, por isso at� est�o aumentando a produ��o dele, para que n�o falte no estoque.

“Esse movimento da charcutaria artesanal vem crescendo muito e vejo que as pessoas querem dar um passo para tr�s. N�o querem mais o industrializado, preferem o autoral, est�o buscando sabores regionais. Isso significa que n�o precisamos ficar presos �s receitas de fora e podemos investir em uma charcutaria autoral e criativa”, destaca o mestre charcuteiro, que est� testando o salame com castanha de pequi para ampliar a linha de produtos regionais.

bresaola de carne de sol charcuteria sagrada familia
A Charcuteria Sagrada Fam�lia utiliza a t�cnica de carne de sol do Norte de Minas para fazer uma vers�o da italiana bresaola (foto: Samuel Reis/Divulga��o )
Com esse trabalho no Norte de Minas, ele espera trilhar o caminho da denomina��o de origem, como j� aconteceu com os queijos.

A Sagrada Fam�lia � a �nica charcutaria de Minas Gerais com certifica��o do Instituto Mineiro de Agropecu�ria (IMA). Recentemente, a f�brica recebeu o selo do Sistema Brasileiro de Inspe��o de Produtos de Origem Animal (Sisbi), que autoriza a comercializa��o dos produtos em todo o Brasil.

Mais que lingui�a

A charcutaria tem papel fundamental na forma��o da cozinha mineira, afirma Petterson Tonini. “Costumo dizer que, se tirarmos a charcutaria, vamos perder a identidade de alguns pratos, como o feij�o-tropeiro, que leva lingui�a, bacon e carne serenada ou de sol”, aponta o fundador da Tonini Charcutaria Artesanal, em Brumadinho, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte.

Petterson Tonini (Tonini Charcutaria Artesanal)
'Fazer algo autoral n�o � f�cil, demora at� voc� achar o ponto de cada receita. Errei muito, mas gosto de desafios.' Petterson Tonini (Tonini Charcutaria Artesanal) (foto: Tonini Charcutaria Artesanal/Divulga��o)
� fato que as t�cnicas de conserva��o de carnes fazem parte da nossa vida desde a chegada dos portugueses, com a produ��o caseira nos quintais com fog�o a lenha. Por�m, s� ganharam o nome de charcutaria e mais interesse quando se entendeu que dava para ir muito al�m das lingui�as.

Petterson mesmo fez sua estreia como charcuteiro com uma pe�a de copa-lombo. Isso em 2014. “Sou formado em nutri��o e aprendi a fazer lingui�a para entender os processos, mas s� me aventurei na charcutaria quando estava buscando um hobby e resolvi testar para consumo pr�prio.”

Na �poca, como n�o havia literatura em portugu�s, as pesquisas tiveram que ser em franc�s, espanhol e ingl�s (a professora mineira Cl�udia Colamarco s� lan�aria seu livro “Charcutaria passo a passo” em 2019). Em 2018, ele visitou tr�s cidades na rota do jam�n para ver na pr�tica o que tinha estudado.

Quando abriu a charcutaria, que funciona dentro de um cont�iner, Petterson j� buscava fazer um trabalho com identidade. N�o s� porque n�o dava certo seguir as receitas dos livros (o sal ficava sempre para muito mais ou muito menos), mas por tamb�m saber como seria importante diferenciar seus produtos.

Com esse pensamento, foi desenvolvendo as pr�prias receitas, unindo t�cnicas internacionais com um mix de temperos �nico.

Leia mais: Venda em Montes Claros fica conhecida pela carne serenada com mandioca

“Acho que o que move o charcuteiro artesanal � fazer com que as pessoas comam o seu produto e saiba que � seu. Voc� acaba imprimindo sua caracter�stica e criando uma assinatura. Fazer algo autoral n�o � f�cil, demora at� voc� achar ponto de cada receita. Errei muito, mas gosto de desafios.”

No seu caso, o resultado s�o produtos com mais refresc�ncia, j� que ele gosta de usar muito anis, semente de coentro, funcho e erva-doce.

Na Espanha, Petterson conheceu o processo de produ��o do presunto pata negra, a partir de porcos ib�ricos criados soltos que, em determinado per�odo do ano, comem exclusivamente bolotas e levam um aroma mais acastanhado para a carne.

De volta ao Brasil, ele n�o tirou essa hist�ria na cabe�a, pensando se n�o daria para fazer o mesmo em Minas. At� que conheceu Euler Ribeiro, produtor de org�nicos em Entre Rios de Minas. “Ele conta que, quando crian�a, via animais comendo o coco da maca�ba. Como � veterin�rio e conhece o caso da Espanha, pensou: ser� que n�o consigo criar porcos assim?”

S� sal e pimenta

Por ano, s�o criados em torno de 10 porcos, soltos, comendo o fruto da palmeira maca�ba. O charcuteiro optou por temperar os pernis inteiros de 20 quilos apenas com sal e pimenta-do-reino para que a carne possa revelar toda a sua express�o. As pe�as ficam um ano e meio maturando no cont�iner.

O kit feijoada da Catauá Artesanal tem paio, calabresa, bacon, costelinha e lombo
O kit feijoada da Catau� Artesanal tem paio, calabresa, bacon, costelinha e lombo (foto: Catau� Artesanal/Divulga��o)
“Esse � um produto que n�o deixa nada a dever para o pata negra em termos sensoriais. Tem as mesmas caracter�sticas: gosto acastanhado, gordura mais proeminente e muito marmoreio”, descreve.

O porco alimentado com maca�ba tamb�m � usado no preparo do lardo. O charcuteiro retira a gordura que fica em cima do lombo (com quatro dedos de altura) e tempera com alho, alecrim e sal.

A Tonini inovou com a bresaola su�na (a receita original italiana � com carne bovina). Trocou lagarto pelo lombo, corte mais macio e mais tenro, e acrescentou especiarias como cravo e canela, em busca de um resultado bem arom�tico.

Outra exclusividade � a l�ngua de boi maturada (nos livros, s� se fala em l�ngua defumada). “� um produto que voc� n�o acha em outro lugar. Quis brincar com o processo da bresaola bovina, s� que com outro corte, que ainda envolve muito preconceito”, explica.

A lingui�a com mexerica tamb�m surpreende. Em Brumadinho, onde fica a charcutaria, a produ��o da fruta � muito grande e acaba sendo pouco valorizada.

Leia mais: Neg�cios driblam o preconceito com receitas atrativas sem gl�ten

“Desenvolvi essa receita para aproveitar um produto local e homenagear a cidade. Ralo a casca (sem atingir a parte branca, para n�o amargar) e acrescento o suco dilu�do, ent�o d� para sentir muito sabor. Na hora em que voc� morde, tem a sensa��o de que a mexerica est� muito presente.” Como � de se imaginar, essa lingui�a est� entre as mais desejadas.

Sem geladeira

Charcutaria � o termo que se refere ao conjunto de t�cnicas artesanais de conserva��o de carnes, tais como salga, cura, defuma��o, matura��o e fermenta��o. Tem origem em pa�ses ao Norte, onde os animais eram abatidos e preparavam-se os cortes para consumo durante os per�odos rigorosos de frio. Os portugueses trouxeram para o Brasil esse conhecimento e a aplica��o, principalmente, em carnes su�nas. As t�cnicas se espalharam por aqui numa �poca em que n�o havia geladeira para conservar as carnes.

De queijo a embutidos

A fam�lia que fundou a Catau�, em Coronel Xavier Chaves, no Campo das Vertentes, sempre produziu queijos. Pai e filha chegaram a fazer testes com presunto, mas a charcutaria s� se materializou com a chegada de Emmanuel Maier Rotilli.

Ugo Borges (Charcuteria Sagrada Família)
'Fizemos a fus�o de t�cnicas para criar produtos novos e inserimos elementos da regi�o para dar esse sabor do terroir norte-mineiro.' Ugo Borges (Charcuteria Sagrada Fam�lia) (foto: Samuel Reis/Divulga��o)
“Quando come�amos essa conversa, me lembrei da minha inf�ncia e do meu av� que fazia salame no Rio Grande do Sul. Decidimos resgatar essa hist�ria, produzindo alimentos que n�o dependam de refrigera��o”, destaca o mestre charcuteiro, que nasceu em S�o Paulo, foi criado no Mato Grosso do Sul e escolheu viver em Minas.

Isso explica porque eles come�aram pelo salame. Emmanuel foi atr�s da receita da fam�lia, de origem italiana, mas, como ningu�m tinha o passo a passo documentado, ele ficou um bom tempo estudando para chegar a uma combina��o de copa-lombo, paleta su�na e toucinho.

“Busquei o sabor que estava na minha mem�ria por meio de temperos como alho, vinho e noz-moscada, que s�o a base do salame tipo italiano”, ele conta. Os parentes amaram o resultado, com acidez e pic�ncia na medida certa.

O charcuteiro tamb�m desenvolveu uma receita pr�pria de pepperoni. Em vez de misturar carnes bovinas e su�nas, como se faz tradicionalmente na It�lia, ele usa apenas copa-lombo. Sentiu que isso agradava mais o paladar do mineiro.

Assim como os outros defumados, o pepperoni tem contato com lenhas de mexerica do entorno da fazenda, o que lhe confere um sabor regional. Seguindo esse mesmo racioc�nio, surgiu a ideia de usar a casca desidratada de lim�o colhido no quintal para fazer um lemon pepper caseiro, com sal e pimenta preta, que tempera o bacon.

Emmanuel tem pesquisado para usar outros ingredientes da regi�o, como pimenta-de-macaco, e refor�ar as particularidades que caracterizam sua charcutaria. “Produzimos do lado de uma �rea de preserva��o, a umidade � sempre muito boa, ent�o o nosso copa-lombo fica um espet�culo. Como a carne � entremeada de gordura, voc� sente a fatia macia e suculenta”, aponta.

Por se tratar de produtos artesanais, ele usa menos conservantes e respeita o tempo de matura��o.

Alquimia de temperos

Gesner Belis�rio tem uma hist�ria bem antiga na charcutaria. Desde menino, gostava de participar do ritual em fam�lia de matar o porco e preparar as carnes. Em 1987, ele fez um curso de defumados e tomou ainda mais gosto pela �rea. Produziu lingui�a e lombo at� cansar e mudar de profiss�o. Pouco antes da pandemia, voltou a fazer o que realmente gostava.

salaminho da serra
O salaminho da Serra j� ficou entre os 10 melhores do Brasil em duas edi��es do pr�mio da CNA (foto: Charcutaria da Serra/Divulga��o)
“O que mais sonhava era aprender a fazer salame, � a minha paix�o. Sempre gostei do sabor picante”, justifica o fundador da Charcutaria da Serra, que fica na Serra do Cip�, em Jaboticatubas, na Grande BH.

Depois de buscar v�rias refer�ncias, Gesner foi fazendo adapta��es e criando a sua pr�pria “alquimia” de temperos para chegar ao chamado salaminho da Serra. Sua receita combina 100% de copa-lombo com alho, pimentas calabresa e do reino, sal e a��car.

“Levo de 30 a 40 dias para fazer esse salame. Tem que cuidar igual crian�a, todo dia olhar para ele”, conta o charcuteiro, ao falar do seu produto mais vendido.

O charcuteiro da Serra do Cip� criou mais duas vers�es do salame, um com recheio de calabresa (massa inspirada na regi�o italiana de Cal�bria, com muita pimenta calabresa) e outro com azeitonas verdes.

“Sempre gostei da cor e do salgadinho da azeitona e resolvi testar a defuma��o, que nada mais � do que um processo lento de cozimento com fuma�a. Nessa secada, a carne incorpora o sabor da azeitona e fica muito bom”, detalha. As azeitonas s�o fatiadas, ent�o voc� consegue sentir os peda�os.

Entre as caracter�sticas marcantes dos produtos da Charcutaria da Serra, destacam-se o uso de pimentas (para sentir sabor e n�o ardor) e o adocicado da defuma��o em madeira de carvalho. Al�m dos salames, Gesner destaca o joelho dianteiro de porco desossado e defumado, o bacon temperado com p�prica picante e a pancetta defumada.

Coincidentemente, o mesmo professor do curso de defumados deu a ele acompanhamento t�cnico por dois anos em um projeto-piloto de charcutaria do Servi�o Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).

Depois disso, o salame da Serra participou de duas edi��es do pr�mio da Confedera��o da Agricultura e Pecu�ria do Brasil (CNA): em 2020, ficou em quarto lugar e este ano conquistou a quinta posi��o. Gesner recebe interessados em aprender sobre a charcutaria artesanal para viv�ncias de fim de semana.

Feijoada com paio, calabresa, bacon, costelinha e lombo (Catau� Artesanal)

Ingredientes
1 pacote de feij�o-preto; 1 cebola grande; 6 dentes de alho; 3 folhas de louro; 1kg de paio, calabresa, bacon, costelinha e lombo; sal e pimenta a gosto

Modo de fazer
Deixe o feij�o de molho de um dia para o outro. Dispense a �gua. Coloque o feij�o na panela de press�o com �gua passando tr�s dedos a sua quantidade e cozinhe at� que fique ao dente. Em outra panela, refogue o bacon, a calabresa e o paio at� que fiquem dourados. Adicione a cebola e o alho picadinhos, mexendo sempre. Por �ltimo, acrescente o lombo e a costelinha, que s�o muito macios e n�o podem desmanchar. Adicione o feij�o cozido e deixe cozinhar junto com os demais ingredientes. Se achar necess�rio, acrescente mais �gua e deixe cozinhando em fogo baixo at� o caldo encorpar e apurar o sabor. Adicione sal e pimenta a gosto e sirva ainda quente com arroz, farofa, couve e laranja.

Servi�o

Charcuteria Sagrada Fam�lia (@charcuteria_sagrada_familia)
Em BH: Avenida do Contorno 7270 – loja 5, Lourdes
(31) 3284-9560
Em Montes Claros: Rua Ol�mpio Dias de Abreu – 107A, S�o Luiz
(38) 99969-6554

Tonini Charcutaria Artesanal (@toninichar)
(31) 99868-1473

Catau� Artesanal (@queijocataua)
(32) 3373-2200

Charcutaria da Serra (@charcutaria.daserra)
(31) 99855-1663

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