Mais de 5 mil mulheres de 172 povos ind�genas participaram de ato em Bras�lia, nesta manh� (10). Na 2ª Marcha Nacional das Mulheres Ind�genas, com o tema “Mulheres origin�rias reflorestando mentes para a cura da terra”, elas partiram do acampamento, na Funarte, em dire��o � Pra�a do Compromisso.
O destino foi escolhido por marcar o local onde o l�der ind�gena Galdino Jesus dos Santos, da etnia Patax�, morreu ao ter o corpo incendiado por cinco jovens de classe m�dia alta de Bras�lia em abril de 1997.
Al�m de promover um espa�o de encontro e debate das quest�es feministas que envolvem a viv�ncia das mulheres ind�genas, a marcha organizada pela Articula��o Nacional das Mulheres Ind�genas Guerreiras da Ancestralidade (Anmiga), posiciona-se contra a tese do Marco Temporal. A proposta segue em julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) desde o dia 26 de agosto.
A Articula��o dos Povos Ind�genas do Brasil (Apib) destaca que o julgamento n�o s� define uma tese para o futuro das demarca��es das terras. "Tamb�m decidir� sobre o futuro de nossas vidas e da nossa continuidade existencial enquanto povos origin�rios desse pa�s. Pois n�o h� como falar de terras, construir uma tese sobre terras ind�genas, sem considerar a vida dos povos ind�genas, e n�o h� como falar de vida, sem a prote��o dos nossos territ�rios”, escreve.
A primeira Marcha Nacional das Mulheres Ind�genas, com o tema "Territ�rio: nosso corpo, nosso esp�rito", ocorreu em setembro de 2019. Em 2020 foi decidido que a Marcha n�o seria organizada para a prote��o do povo ind�gena devido � pandemia de Covid-19.