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Estado de Minas MULHERES NA HIST�RIA

Marcha das Mulheres sobre Versalhes: em 5 de outubro, elas faziam revolu��o

Movimento popular iniciado por mulheres foi crucial para a aprova��o da Declara��o dos Direitos do Homem e do Cidad�o, mas as exclu�a os direitos civis


05/10/2021 12:31 - atualizado 05/10/2021 15:24

Ilustração da Marcha das Mulheres a Versalhes em 1789
Cerca de 6 mil mulheres iniciaram o movimento em dire��o ao Pal�cio de Versalhes exigindo alimentos para a popula��o e mudan�as da constitui��o (foto: Reprodu��o)

No dia 05 de outubro de 1789, mulheres francesas iniciaram um levante contra o governo e se dirigiram ao Pal�cio de Versalhes protestando contra a infla��o descontrolada, a escassez de alimentos, a viol�ncia e o que ficou marcado na revolu��o francesa: o valor elevado do p�o. O movimento ficou conhecido como Marcha das Mulheres sobre Versalhes.
 
A Revolu��o Francesa j� estava em curso, em 14 de julho do mesmo ano houve a Queda da Bastilha, que marcou o in�cio da revolu��o popular contra a monarquia. O rei Lu�s XVI, a esposa Maria Antonieta, o filho e a corte real estavam em Versalhes. Nos primeiros de outubro, a corte realizou uma comemora��o pela chegada da infantaria que faria a prote��o do rei e do pal�cio. Tal comemora��o foi oferecida com todo o luxo e fartura que poderia ter. 

Quando a not�cia do banquete chegou a Paris, a popula��o se revoltou, em especial as mulheres que trabalhavam nos mercados, e assim uma manifesta��o iniciada no mercado de Faubourg Saint-Antoine, e obrigaram uma igreja vizinha a soar os sinos, convocando feirantes de outros mercados. Milhares de mulheres se concentraram em frente ao H�tel de Ville, com facas e outras armas improvisadas em m�os.

Logo, os revolucion�rios se juntaram � manifesta��o e partiram para Versalhes. Cerca de 20 mil pessoas chegaram aos port�es do pal�cio, exigindo alimento para a popula��o, mudan�as constitucionais e a ida da fam�lia real para Paris. Seis mulheres foram escolhidas para serem levadas a presen�a do rei e expor suas demandas.

Parte dos manifestantes se sentiram satisfeitos com as promessas de Lu�s XVI para as representantes convocadas, por�m uma parcela mais radical invadiu o pal�cio e destruiu o quarto de Maria Antonieta, que havia fugido para os aposentos do marido. Pelo caminho, houve confronto ente a guarda real e os manifestantes e, pelo menos, dois guardas tiveram as cabe�as arrancadas e fincadas em lan�as.

Como consequ�ncia, a fam�lia real passou a residir no Pal�cio das Tulherias, em Paris, e o Marqu�s de La Fayette convenceu Lu�s XVI a assinar a Declara��o dos Direitos do Homem e do Cidad�o. Apesar de serem chamadas de “m�es da na��o” e participarem de v�rios momentos da Revolu��o Francesa, a declara��o n�o inclu�a os direitos civis das mulheres. 

Posteriormente, em 1791, Olympe de Gouges redigiu um documento chamado Declara��o dos direitos da Mulher e da Cidad�, exigindo a equipara��o dos direitos das mulheres aos dos homens. A declara��o foi rejeitada e lan�ada ao esquecimento at� a d�cada de 1980.


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