
Um estudo da Santo Caos, empresa de consultoria de engajamento, diversidade e comunica��o, revelou que um em cada quatro profissionais LGBTQIAP+ do estado de Minas Gerais j� foi assediado no ambiente de trabalho, mas poucos deles relataram os casos em canais de comunica��o disponibilizados pelas empresas. Ainda assim, a m�dia de pessoas dessa comunidade empregadas em Minas � maior que a m�dia brasileira.
A pesquisa foi realizada entre novembro de 2020 e abril de 2022 e abrangeu 19.568 profissionais de empresas de todo o pa�s, que responderam �s perguntas de maneira an�nima e n�o obrigat�ria.
A Santo Caos apontou alguns t�picos sobre os resultados sobre profissionais LGBTQIAP , dentre eles: t�m menos tempo na empresa; est�o menos presentes na lideran�a; sofrem mais ass�dio; acham que a empresa fala muito e faz pouco; maioria n�o fala sobre quem � no trabalho.
A Santo Caos apontou alguns t�picos sobre os resultados sobre profissionais LGBTQIAP , dentre eles: t�m menos tempo na empresa; est�o menos presentes na lideran�a; sofrem mais ass�dio; acham que a empresa fala muito e faz pouco; maioria n�o fala sobre quem � no trabalho.
O estudo definiu como ass�dio “o ato de ofender explicitamente algu�m por conta de sua caracter�stica”. Dos mineiros que informaram j� terem sido assediados no ambiente de trabalho, apenas 29% relataram os casos e, de acordo com os pesquisadores, o principal motivo que pode desmotivar a den�ncia � o receio de repres�lias, o que ainda indicaria que o ambiente � predominantemente negativo para pessoas LGBTQIAP . Mulheres l�sbicas e bissexuais s�o as que mais presenciaram ou sofreram ass�dio e/ou discrimina��o.
Resultados em n�meros
Minas Gerais apresenta uma m�dia de profissionais LGBTQIAP acima da m�dia nacional: 12% no estado em compara��o aos 10% no Brasil, enquanto em posi��es de lideran�a, s�o 11% locais contra 8% nacionais. Tamb�m � um dos estados brasileiros onde as pessoas mais revelam sua orienta��o sexual (61% em MG, 55% no Brasil) e sua identidade de g�nero (44% em MG, 40% no Brasil).
Cerca de 28% de todos os profissionais do estado acreditam que n�o h� preconceito e discrimina��o envolvendo olhares, piadas e ofensas contra pessoas LGBTQIAP no cotidiano das empresas. A n�vel nacional, 30% dos que pertencem � comunidade concordam com a afirma��o, enquanto 32% dos que n�o pertencem responderam positivamente.
Outro ponto not�vel em rela��o � pesquisa � a compara��o entre as respostas de profissionais que s�o LGBTQIAP e dos que n�o s�o: quando perguntados se indicariam a empresa na qual trabalham para outras pessoas, 43% dos mineiros pertencentes � comunidade responderam positivamente, em rela��o aos 67% dos que n�o pertencem.
O levantamento tamb�m mostra que nacionalmente, 47% das pessoas declaradas LGBTQIAP t�m renda m�dia abaixo de quatro sal�rios m�nimos, frente a 36% das pessoas que n�o fazem parte desse grupo. Em rela��o ao tempo de trabalho nas empresas, aqueles pertencentes � comunidade ficam aproximadamente 3,07 anos em uma companhia, ao passo que os n�o LGBTQIAP permanecem em uma mesma empresa por mais tempo: uma m�dia de 4,13 anos.
"A leitura dos dados nos permite inferir que a rotatividade maior da popula��o LGBTI � consequ�ncia direta da discrimina��o e do ass�dio, que tornam o ambiente de trabalho mais t�xico para essas pessoas", explica Jean Soldatelli, s�cio diretor da Santo Caos. "Essa informa��o trazida pelo estudo corrobora a urg�ncia de a��es que promovam diversidade e inclus�o nas empresas, criando melhores condi��es para esse grupo manter suas atividades profissionais", complementa.
Segundo Soldatelli, a pandemia da COVID-19 e o consequente crescimento do regime home-office ou h�brido nas empresas contribuiu para que a intimidade dos profissionais tamb�m fizesse parte do ambiente corporativo, expondo aspectos que, anteriormente, n�o faziam parte da rotina de trabalho.
“Nesse sentido, � necess�rio que as empresas se preparem de forma mais abrangente e consistente para promover o bem-estar dos colaboradores, ampliando suas iniciativas de diversidade e inclus�o”, afirma ele.
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