
A "Pesquisa do Orgulho", realizada pelo Datafolha e divulgada nesta ter�a-feira (21/09) , aponta que 9,3% da popula��o brasileira se identificam como LGBTQQIA, o que corresponde a 15,5 milh�es de brasileiros.
Destes, apenas 37% concordam totalmente que t�m o respeito da sociedade e 57% indicam sofrer algum tipo de discrimina��o, preconceito, intoler�ncia. A pesquisa faz um levantamento da popula��o LGBTQIA e tra�a um perfil desse grupo.
O n�mero de pessoas que se autodeclaram homossexuais ou bissexuais foi bem menor no primeiro levantamento realizado pelo IBGE, em maio. Segundo o IBGE, 2,9 milh�es de pessoas, 1,9% da popula��o brasileira, declararam-se homossexuais ou bissexuais. No entanto, o levantamento do Datafolha aponta um n�mero cinco vezes maior.
No estudo do Datafolha, dos entrevistados que n�o se identificaram como LGBTQIA, 85% afirmaram que respeitam quem pertence � comunidade. Entretanto, quando perguntados se eram a favor que pessoas LGBTQIA tivessem os mesmos direitos que pessoas cis, o percentual caiu para 78% e apenas 53% acha comum demonstra��es p�blicas de afeto entre casais do mesmo g�nero/sexo.
“A gente se juntou ao Datafolha justamente porque a gente queria ter n�meros que fossem de fato consistentes, que pudessem ser auditados e a gente fez uma pesquisa gigante, no Brasil todo”, declarou Cris Naumovs, consultora de inova��o e diversidade e parceira da marca Havaianas, no evento de divulga��o a pesquisa. “� muito importante que outras marcas olhem para isso e usem esses n�meros, criem politicas a partir deles”, completa.
A “Pesquisa do Orgulho”, estudo in�dito realizado pelo Instituto Datafolha em parceria com a Havaianas e a ONG All Out, foi .

Mercado de trabalho
Uma das �reas abordadas pela pesquisa foi o ambiente de trabalho. Cercca de 70% dos entrevistados LGBTQIA sentem que n�o s�o avaliadas apenas pelas suas qualifica��es profissionais. Al�m disso, 62% do grupo que se identifica como LGBTQIA n�o falam da sua orienta��o sexual ou de g�nero no trabalho, 58% afirma que tiveram que se adaptar ao mercado informal e 40% sentem-se rejeitados pelo mercado de trabalho.
“Ela simplesmente exclui um peda�o super importante da vida dela dentro do trabalho porque ela n�o pode falar sobre isso. Ent�o voc� pensar que nunca, as vezes ou raramente falam disso, � dizer ‘eu n�o posso dizer quem eu sou no meu trabalho’”, afirmou Cris Naumovs.
No Brasil, 90% da popula��o trans tem como fonte de renda a prostitui��o, quase sempre devido ao preconceito e � falta de oportunidade em trabalhos formais. Al�m disso o Brasil �, pelo quarto ano seguido, o pa�s que mais mata trans e travestis no mundo.
“Eu fiquei muito feliz quando eu desci do carro eu vi uma menina trans ali na porta. Eu acho que � sobre isso, ter pessoas trans no mesmo ambiente que eu tiver. Eu quero chegar em uma loja eu quero ver uma trans me atendendo, quero chegar em um consult�rio dent�rio e ver uma trans dentista, uma trans advogada. Falta isso”, afirmou Pepita. “Acho que eu e milh�es de pessoas n�o estamos � procura de visibilidade, estamos a procura de oportunidade”, completou.
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