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Estado de Minas REFUGIADOS

Ministro diz que afeg�os acampados em aeroporto v�o ficar em hot�is

Medida ser� tempor�ria


30/06/2023 13:40
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Refugiados
(foto: Rovena Rosa/Ag�ncia Brasil)
O ministro da Justi�a e Seguran�a P�blica, Fl�vio Dino, disse nesta quinta-feira (29) que os afeg�os acampados no Aeroporto Internacional de Guarulhos v�o ser acolhidos em hot�is, de forma tempor�ria, at� que seja estabelecida uma solu��o definitiva para a quest�o. O an�ncio foi feito ao lado do deputado Alencar Santana (PT), em mensagem que tem circulado nas redes sociais do deputado.

 

"Nossa preocupa��o � garantir condi��es adequadas para o enfrentamento dessa crise derivada da imigra��o, sobretudo de afeg�os. N�s definimos uma a��o emergencial do Minist�rio da Justi�a e Seguran�a P�blica. Essas pessoas v�o ter a possibilidade de serem adequadamente acolhidas em hot�is n�o s� em Guarulhos, mas em outras cidades, at� que se estruture uma pol�tica definitiva para dar conta desse grave problema", disse o ministro.

 

 

Segundo a prefeitura de Guarulhos, h� 121 afeg�os em atendimento no Posto Avan�ado de Atendimento Humanizado ao Migrante, um equipamento da administra��o municipal que foi instalado no mezanino do terminal 2 do aeroporto.

 

Ontem (28), o Minist�rio da Justi�a havia informado que enviaria uma equipe de servidores para S�o Paulo para tratar sobre essa quest�o. J� o Minist�rio dos Direitos Humanos e da Cidadania informou que o ouvidor nacional de Direitos Humanos, Renato Teixeira, visitar� hoje o aeroporto para ouvir os afeg�os e analisar as condi��es �s quais eles est�o sendo submetidos.

 

Segundo a prefeitura de Guarulhos, representantes da administra��o municipal e do governo federal estiveram reunidos na manh� desta quinta-feira para discutir a quest�o. A informa��o foi confirmada pelo Minist�rio da Justi�a, que disse que um grupo de servidores enviados a Guarulhos passar� o dia em reuni�es com entidades envolvidas nessa tem�tica, representantes da sociedade civil e de prefeituras, para tra�ar estrat�gias de resolu��o para o problema. “Depois disso, a��es emergenciais de acolhimento ser�o divulgadas”, diz a nota do minist�rio.

 

Hist�rico

Desde 2021, quando os radicais do Talib� assumiram o poder no Afeganist�o, milh�es de afeg�os t�m deixado o pa�s para fugir de um regime que viola direitos humanos. O Brasil passou a se tornar destino de parte desses migrantes quando foi publicada uma portaria interministerial, em setembro de 2021, autorizando o visto tempor�rio e a resid�ncia por raz�es humanit�rias.

 

De posse desse visto humanit�rio, os afeg�os come�aram a desembarcar no Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos. Mas, chegando ao Brasil, esses imigrantes acabam ficando sem amparo assistencial ou pol�tica p�blica de acolhimento. Recebem apenas alimenta��o fornecida pela prefeitura e, principalmente por volunt�rios. Alguns desses imigrantes acabam conseguindo vagas em abrigos oferecidos pela prefeitura de Guarulhos, que est�o lotados neste momento, ou por volunt�rios, mas muitos acabam tendo que dormir no ch�o do aeroporto.

 

No aeroporto, eles montam pequenas tendas utilizando cobertores e len��is. A condi��o � agravada pela falta de condi��es b�sicas de higiene, como tomar banho e lavar roupas. Com isso, na semana passada, foi identificado um surto de sarna entre os afeg�os.

 

 

Na manh� de hoje, a reportagem da Ag�ncia Brasil voltou a visitar o aeroporto e encontrou um afeg�o que chegou ao Brasil h� 14 dias, com a esposa e tr�s filhos, com idades entre 3 e 9 anos. Enquanto ele falava com a reportagem, equipes da prefeitura estavam no local aplicando vacinas e receitando medicamentos. Havia tamb�m equipes do aeroporto higienizando o local.

 

 Esse afeg�o, que saiu de seu pa�s ap�s ser amea�ado pelo regime do Talib� e que n�o forneceu seu nome por medo de repres�lias, disse � Ag�ncia Brasil que, durante todo esse per�odo em que ele esteve no aeroporto, s� teve a oportunidade de tomar banho duas vezes. Isso � feito em um hotel que tem um acordo com volunt�rios. “� um dos grandes problemas que temos aqui”.

 

O migrante diz que n�o sabe para onde ir.  “Temos apenas duas ou tr�s pessoas que v�m aqui para servir comida, que n�o � uma boa comida. N�o sabemos, por exemplo, o que estamos comendo”, reclamou. “Sei que as pessoas do Brasil s�o muito boas, pessoas amorosas. Mas o governo n�o est� fazendo nada por n�s agora. Todas as fam�lias aqui est�o precisando de um lugar para tomar banho e viver. N�o sabemos para onde ir”.


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