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Negra Rosa investe na inclus�o dos corpos pretos na ind�stria da beleza

'� importante ter produtos para as nossas caracter�sticas', diz a fundadora da marca, que receber� R$ 100 milh�es em investimentos da fabricante Farmax


03/07/2023 14:51 - atualizado 03/07/2023 18:33
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Uma pele vi�osa e hidratada � desejo da maioria das mulheres e tamb�m dos homens. Mas num mercado de produtos de beleza dedicados quase exclusivamente �s peles brancas, encontrar produtos que combinem com sua estrutura � uma dificuldade di�ria para pessoas pretas. Conversamos com a fundadora e curadora da marca Negra Rosa, Rosangela Silva, sobre a ind�stria de cosm�ticos e os padr�es de beleza para entender mais sobre os desafios desse mercado.

"Ter um produto que atende �s suas necessidades n�o � futilidade, � essencial, porque a nossa est�tica faz parte da gente. Ent�o, � importante ter produtos pensados para as nossas caracter�sticas e se ver representado na ind�stria da beleza. Principalmente de uma forma diversa e m�ltipla, n�o em um padr�o de beleza”, afirma a empres�ria fluminense, nascida em Duque de Caxias. 

No in�cio de 2023, a fabricante Farmax anunciou a aquisi��o da Negra Rosa. Agora, o nome faz parte de uma das maiores ind�strias nacionais de itens de sa�de e beleza, que pretende investir R$ 100 milh�es na marca criada por Rosangela at� 2027. Rosangela segue � frente da marca, como consultora e curadora.

Ao passar sacrif�cios para encontrar produtos qualificados para sua pele e perceber que outras mulheres tamb�m n�o se identificavam com os produtos dispon�veis no mercado, Rosangela decidiu, em 2016, dedicar-se a preencher essa car�ncia. O Negra Rosa nasceu para suprir suas necessidades, incluindo um grupo pr�ximo de mulheres pretas que a acompanhavam em seu blog. No entanto, a marca alcan�ou dimens�o nacional. 

Impacto da marca impulsionado 

A Farmax quer ampliar presen�a no mercado e consolidar a marca, assegurando recursos em pesquisa, desenvolvimento e distribui��o. Um cen�rio que apresenta a Rosangela boas perspectivas. “Quando a Negra Rosa come�ou, eu queria realmente que mulheres negras tivessem uma marca de beleza forte, pensada para elas e que n�o padronizasse as pessoas negras, porque n�s somos diversas.”
Rosangela ainda destaca que a marca n�o vislumbra um padr�o de beleza perfeita, que a sociedade imp�e sobre os corpos negros. “Sempre quis que a Negra Rosa fosse uma marca de inclus�o desses corpos que n�o est�o no mercado de beleza, em um padr�o aceit�vel das marcas. N�o queria ser mais um peso para as consumidoras acharem que t�m que se encaixar no padr�o Negra Rosa. N�o, a Negra Rosa � para todas as mulheres negras, para toda a comunidade negra, que se sintam representadas, goste dos nossos produtos e entenda a proposta”, afirma.
 
Rosangela Silva fundadora da Negra Rosa
No in�cio de 2023, a fabricante Farmax anunciou a aquisi��o da Negra Rosa (foto: Reprodu��o/Instagram @rosajorosa)
 

De mulheres pretas, para pessoas pretas 

Com mulheres pretas no comando, a Negra Rosa lan�ou as primeiras linhas ap�s a parceria com a Farmax. As novidades contam com oito produtos em tr�s esferas de tratamento: capilar, facial e corporal. Todos formulados com base em muita escuta e pesquisa sobre as caracter�sticas da pele negra.

Os itens para os cuidados com a pele incluem �gua micelar, sabonete esfoliante e gel-creme hidratante, al�m de dois s�runs de tratamento. Os outros produtos s�o �leos antissinais, antiestrias e antiquebra. Com o prop�sito aumentar o alcance da marca e atender um leque amplo de pessoas, os produtos estar�o dispon�veis no mercado com pre�os entre R$ 20 e R$ 50. 
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De acordo com a empreendedora, um dos destaques da linha em compara��o com outros produtos que prometem cuidado com a pele, al�m da formula��o, � que os testes cl�nicos foram realizados em peles retintas. A experi�ncia foi essencial para o resultado efetivo. Contudo, a principal diferen�a est� na equipe composta por pessoas pretas. “Nos testes cl�nicos, os biotipos pedidos foram com pessoas negras, ent�o, a conclus�o cl�nica tamb�m foi com pessoas negras”, explica Rosangela. 


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