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Estado de Minas IGUALDADE DE G�NERO

Ju�za mineira � a primeira mulher brasileira no Tribunal do BID

De Juiz de Fora, a magistrada de primeiro grau, Martha Halfeld, ocupa cargo no tribunal administrativo do banco antes ocupado apenas por ministros


10/07/2023 17:51 - atualizado 11/07/2023 13:02
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Martha, uma mulher branca de cabelos presos, vestindo toga, segura a bandeira do Brasil, pendurada perto de diversas outras bandeiras.
Ju�za mineira tamb�m foi a primeira brasileira a presidir o Tribunal de Tribunal de Apela��o do Sistema de Justi�a Interna das Na��es Unidas (Unat) (foto: Arquivo Pessoal)
 
Uma ju�za do Trabalho natural de Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, deu um passo significativo em rela��o � igualdade de g�nero no sistema judici�rio internacional. Martha Halfeld Furtado de Mendon�a Schmidt, da 3ª Vara do Trabalho do munic�pio mineiro, tomou posse no �ltimo dia 1º de julho como a primeira mulher brasileira a integrar o Tribunal Administrativo do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), com sede em Washington, nos Estados Unidos. A atua��o no Tribunal do BID ser� conciliada com as fun��es da magistrada na Justi�a mineira, onde j� atua h� 35 anos, sendo seis deles como servidora p�blica.

Criado em 1959, o BID tem como objetivo financiar projetos vi�veis de desenvolvimento econ�mico, social e institucional, al�m de promover integra��o regional na �rea da Am�rica Latina e Caribe. J� o Tribunal Administrativo, do qual Martha faz parte, tem o objetivo de receber e julgar pedidos de funcion�rios do Banco que alegam que o contrato de trabalho ou termos de condi��es de sua nomea��o n�o est�o sendo cumpridos.

Al�m de ser a primeira mulher, Martha tamb�m � a �nica ju�za brasileira de primeiro grau a exercer a fun��o. Anteriormente, apenas quatro ministros e um advogado ocuparam este posto, que, h� alguns anos, n�o � ocupado por brasileiros.
 

“Apesar de ser um dos membros fundadores do Banco, o Brasil n�o conta com participa��o desde 2014. Al�m disso, s� ju�zes de alto escal�o e ministros eram convocados. O que aconteceu � que reformularam o recrutamento para o formato de candidatura independente. Ent�o, eu n�o fui indicada. Li o edital e, percebendo que me encaixava nas qualifica��es, me candidatei e fui convocada”, conta a ju�za.

Martha tamb�m afirma que, ao longo processo seletivo, concorreu com centenas de outros candidatos da Am�rica Latina, Am�rica do Norte e outros pa�ses. “� um universo muito grande de candidatos, al�m de ser um processo demorado. Me inscrevi no final de 2022 e fui chamada agora no in�cio de julho de 2023. Passei por an�lise de curr�culo, entrevista, v�rias etapas”, afirma.

Em suas �reas de interven��o, o Banco afirma atuar tamb�m na igualdade de g�nero nos pa�ses que age e, para Martha, essa busca pela inclus�o tamb�m teve um peso na escolha que a nomeou para o cargo. “Al�m das minhas qualifica��es profissionais, � claro, pesou na minha candidatura vir do Brasil, que possui uma import�ncia geopol�tica muito grande, e ser mulher. Foi quase que uma dupla qualifica��o, na busca maior pela diversidade no Banco”, pontua a ju�za. 

Apesar de importante, essa n�o ser� a primeira experi�ncia na �rea jur�dica internacional da magistrada. Ela tamb�m foi a primeira brasileira a presidir o Tribunal de Tribunal de Apela��o do Sistema de Justi�a Interna das Na��es Unidas (Unat). No meio de pioneirismos e cargos de import�ncia, Martha revela um sonho: servir de inspira��o. 

“Discrimina��o de g�nero existe, e em diversos �mbitos. As mulheres no Brasil, at� hoje, carregam nos ombros atividades que s�o definidas como femininas: a de cuidar, ter filhos, limpeza, entre outras. Desse jeito, se dedicar ao trabalho � dif�cil. O meu objetivo �, n�o s� cumprir esse mandato da melhor maneira que eu puder, mas tamb�m, se eu tiver sorte, servir de inspira��o e abrir caminhos para quem vier depois de mim. � preciso retomar esses espa�os com igualdade”, finaliza. 
 

Reconhecimento 


Luciana Conforti, presidente da Associa��o Nacional dos Magistrados da Justi�a do Trabalho (Anamatra), a indica��o de Halfeld a mais um cargo em organismo internacional � motivo de orgulho para a entidade, a qual a magistrada � filiada, para Justi�a do Trabalho brasileira, bem como se alinha � import�ncia da maior participa��o das mulheres em cargos de destaque e nos espa�os de poder. 

Al�m da Anamatra, a ju�za tamb�m foi parabenizada pela Associa��o dos Magistrados Mineiros (Amagis).  O presidente, juiz Luiz Carlos Rezende e Santos afirmou: "A nomea��o da magistrada, mundialmente reconhecida por sua compet�ncia e vasto saber jur�dico, garante a inclus�o de uma perspectiva s�lida e especializada nas delibera��es e decis�es do Tribunal. Al�m disso, a posse de Martha Halfeld � um grande passo para a promo��o da igualdade de g�nero em espa�os de poder, como defende a Amagis".


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