
Eller morreu na �ltima quinta-feira (12), aos 36 anos. O caso foi registrado pela Pol�cia Civil como suic�dio consumado, ocorrido �s 22h no bairro do Campo Belo, zona sul da capital paulista.
Os parlamentares alegam que a igreja evang�lica � respons�vel pela realiza��o do retiro de jovens Maanaim, que oferece pr�ticas para “convers�o” de jovens bissexuais e homossexuais � heterossexualidade. Segundo o documento apresentado ao MPF, Karol Eller foi uma das v�timas dessa pr�tica.
“Serve a presente [representa��o] para solicitar deste �rg�o [MPF] a apura��o dos fatos narrados com a devida investiga��o da pr�tica de ‘cura gay’ pelos representados e demais entidades, profissionais, grupos e empresas em atividade no Brasil, com as medidas cab�veis para a devida a��o de tutela coletiva e a devida a��o penal p�blica pelos crimes de homotransfobia, tortura psicol�gica e incita��o ao suic�dio pelas autoridades religiosas envolvidas”, diz o documento.
Sem respaldo cient�fico, a pr�tica � vedada por resolu��o do Conselho Federal de Psicologia desde 1999. Isso porque a bissexualidade e a homossexualidade n�o constituem doen�a nem dist�rbio.
“A hist�ria da Karol se confunde com a de v�rias outras pessoas que passaram ou passam por essa viol�ncia chamada de ‘cura gay’. Algumas igrejas desenvolvem essa pr�tica acreditando que a homossexualidade, bissexualidade e transexualidade s�o patologias, doen�as e pecado. Cria-se um ambiente de verdadeira tortura emocional, gerando culpa, medo, frustra��o, ang�stia, depress�o”, afirmou o pastor Henrique Vieira em sua p�gina na rede social X.
Ele acrescentou que ouve relatos de pessoas que foram expulsas de casa, de atividades ministeriais, que foram submetidos a ritos de exorcismo. “Tudo fruto de uma leitura literalista, descontextualizada, dogm�tica e fria da B�blia”, escreveu.
O Minist�rio P�blico Federal (MPF) informou que recebeu a representa��o nessa ter�a-feira (17) e que o caso est� em fase de an�lise preliminar para defini��o dos pr�ximos passos. A procuradoria pode decidir por instaura��o de inqu�rito, arquivamento ou outras medidas cab�veis. O �rg�o informou ainda que n�o h� prazo para conclus�o da avalia��o inicial.
A Ag�ncia Brasil buscou contato com a igreja Assembleia de Deus, de Rio Verde, em Goi�s, pelos meios dispon�veis no site e nas redes sociais, mas n�o houve retorno at� a publica��o desta mat�ria.