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Estado de Minas ATAQUE A ESCOLA

Tarc�sio: 'A gente tem que combater o bullying e a homofobia nas escolas'

Declara��o foi dada pelo governador de S�o Paulo em coletiva, na tarde desta segunda-feira (23/10), para tratar do atentado ocorrido em escola de Sapopemba


24/10/2023 14:01 - atualizado 24/10/2023 14:05
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Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, é um dos articuladores da mobilização para adiar a votação do texto na Câmara dos Deputados
Tarc�sio de Freitas, governador de S�o Paulo, � um dos articuladores da mobiliza��o para adiar a vota��o do texto na C�mara dos Deputados (foto: Marcello Casal Jr/Ag�ncia Brasil)
Ap�s o  ataque ocorrido nesta segunda-feira (23/10) na Escola Estadual Sapopemba (SP) — que vitimou uma estudante e deixou tr�s feridos —, o governador de S�o Paulo, Tarc�sio de Freitas (Republicanos-SP), deu uma coletiva em que lamentou o ocorrido e disse que, apesar de j� estarem trabalhando em favor da preven��o dessas ocorr�ncias, o governo do estado precisar� rever a atua��o para evitar novos ataques.

 

O governador afirmou, ainda, ser necess�rio desenvolver, junto aos alunos, maneiras de combater o bullying e a homofobia para que as escolas sejam um local seguro de conviv�ncia para os estudantes.

 

“Fica a necessidade de rever tudo que a gente est� fazendo para que a gente evite novas ocorr�ncias. A gente n�o pode deixar que esse tipo de coisa aconte�a. A escola tem que ser um local seguro, tem que ser um local de conviv�ncia. A gente tem que ter habilidade de desenvolver nos alunos a capacidade para enfrentar situa��es do dia a dia. A gente tem que combater o bullying, tem que combater a homofobia e, depois de uma situa��o dessa, voc� chega � conclus�o que n�o estamos sendo capazes. Ainda n�o chegamos no que � o ideal”, afirmou.

 

Tarc�sio ressaltou que o governo tem desempenhado grande esfor�o junto � Secretaria de Seguran�a P�blica de S�o Paulo, para evitar esses ataques, o que j� resultou na preven��o de 165 suspeitas ou tentativas. Por�m, segundo alegou, uma �nica tentativa bem sucedida � suficiente para precisar rever a atua��o.

“Est� havendo um esfor�o muito grande para evitar esse tipo de a��o, um esfor�o da Secretaria de Seguran�a P�blica junto com a Secretaria de Educa��o. De mar�o para c�, 165 tentativas ou suspeitas foram frustradas. Em algumas situa��es, a gente chegou a recorrer ao judici�rio para ter opera��o de busca e apreens�o. Apreendemos armamento, mas � aquilo: por mais que voc� evite uma s�rie de situa��es e de ocorr�ncias, quando uma voc� n�o consegue evitar, quando voc� falha, fica a dor, fica esse sentimento e a necessidade de voltar e rever tudo que a gente est� fazendo para que a gente evite novas ocorr�ncias”, lamentou.

 

Durante a coletiva, o secret�rio de Educa��o de S�o Paulo, Renato Feder, respondeu a perguntas dos jornalistas, que mencionaram um v�deo, de junho deste ano, em que o aluno suspeito de ser o respons�vel pelo atentado aparece exaltado e brigando com outros estudantes.

 

Derrite explicou que os psic�logos da Secretaria de Educa��o chegaram � escola em agosto e n�o identificaram a necessidade de atendimento a esse estudante, e que a diretora da escola disse que ele n�o dava ind�cios de ser um potencial agressor. O secret�rio afirmou, ainda, que o protocolo padr�o � o dos psic�logos acolherem os alunos imediatamente ap�s quaisquer ind�cios de amea�a.

 

“Quando h� uma amea�a de algo, o protocolo � de ter o atendimento, ent�o a gente teve um epis�dio com esse aluno que foi gravado um v�deo, em junho. Foram chamados os pais, foi-se conversado. Isso foi no dia 22 de Junho, ent�o isso a gente teve”.

 

O governador acrescentou, ainda, que n�o se tinha conhecimento das amea�as feitas pelo aluno e que, caso houvesse, o governo teria agido para mitigar a situa��o, como fez nas outras 165 suspeitas que foram frustradas.

 

“Se n�s tiv�ssemos conhecimento n�s ter�amos tomado provid�ncias, como n�s tomamos nos outros 165 epis�dios que foram evitados. Em v�rias situa��es a gente procurou o judici�rio, fez busca e apreens�o, fez a apreens�o dos menores, falou com os pais, levou os pais para a delegacia. Ent�o, quando a gente tem o conhecimento, quando chega a informa��o, a gente vai trabalhar essa informa��o. Ningu�m vai ser negligente. O que a gente quer � evitar esse tipo de ocorr�ncia”, alegou Tarc�sio.

Combate ao Bullying

Para a advogada Ana Paula Siqueira, especialista em bullying e bullying digital, a ocorr�ncia realizada em abril — na qual o suspeito alegava ter sido v�tima de agress�es e amea�as — demonstra que, mais uma vez, a aus�ncia de a��es efetivas de combate ao bullying pode ter causado a trag�dia.

 

“O jovem autor dos tiros relatou o problema, por�m, a situa��o continuou evoluindo at� o desfecho fatal, hoje pela manh�. � o 11º caso no Brasil somente em 2023. Na grande maioria, os agressores alegaram vingan�a contra casos de bullying ocorridos anteriormente”, explica Ana Paula.

 

Segundo explicou a especialista, o efeito psicol�gico do bullying sobre a v�tima pode ser t�o devastador que resulta, muitas vezes, em suic�dio ou vingan�a. “E nesse sentimento de vingan�a, a v�tima de bullying se torna algoz, cometendo esse tipo de ataque. "O bullying est� ceifando a vida de nossos jovens, e escolas que permanecem inertes, sem programas eficazes de combate nos termos da Lei, s�o c�mplices dessas trag�dias amplamente divulgadas."

 

A advogada aponta a necessidade urgente de que as escolas implementem as medidas previstas na Lei do Bullying (Lei 13.185/2015). E defende ser vital que as escolas tenham um programa de combate ao bullying e de fomento a um cultura de paz, devidamente aprovados pelas autoridades competentes.

 

“A criminaliza��o do bullying que est� tramitando no Senado tamb�m � fundamental para que os casos sejam registrados adequadamente e a sociedade passe a ter estat�sticas para poder combater o problema de maneira eficaz”, diz.

 

Ana Paula tamb�m defende a necessidade de que as escolas estejam cada vez mais preparadas para lidar com o bullying e suas repercuss�es. “Uma institui��o que n�o tem o preparo necess�rio coloca em risco todos que fazem parte da comunidade escolar, especialmente seus alunos e dever� ser responsabilidade civil e criminalmente por suas a��es e omiss�es”, completa a advogada.

 

O prefeito de S�o Paulo, Ricardo Nunes (MDB-SP) e o ministro da Justi�a e Seguran�a P�blica, Fl�vio Dino, tamb�m lamentaram o ocorrido em suas redes sociais, enquanto manifestaram solidariedade �s v�timas e seus familiares.

 

 

Em postagem no seu perfil do X (antigo Twitter), Dino escreveu: “Solidariedade �s v�timas, suas fam�lias e � comunidade da escola estadual de S�o Paulo, alvo de ataque com arma de fogo. O Laborat�rio de Crimes Cibern�ticos do Minist�rio da Justi�a foi acionado para auxiliar a Pol�cia de S�o Paulo a aprofundar as investiga��es.”

 

O prefeito Ricardo Nunes reafirmou a atua��o conjunta da prefeitura com o governo federal. “H� pouco, um ataque de arma de fogo atingiu tr�s inocentes numa escola estadual em Sapopemba. Infelizmente, tivemos a confirma��o de uma morte. Meus sentimentos aos amigos e familiares neste momento de dor. Tor�o pela pronta recupera��o dos feridos socorridos ao hospital do bairro. A Pol�cia j� prendeu o atirador. Estou em contato com o Estado para oferecer o suporte necess�rio”, afirmou em seu perfil do X.

*Estagi�rio sob supervis�o de Ronayre Nunes


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