O presidente da Federa��o das Ind�strias do Estado de S�o Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, pediu nesta segunda-feira mais equil�brio nas rela��es comerciais entre Brasil e Estados Unidos. Ap�s se reunir com o secret�rio de com�rcio norte-americano, Gary Locke, Skaf reclamou do d�ficit comercial que o Brasil registrou com os EUA no ano passado, de US$ 8 bilh�es, e ressaltou que a proje��o para este ano � de um novo d�ficit, de US$ 10 bilh�es.
"Chamamos a aten��o para o fato de que o fluxo comercial com os EUA em 2010 foi praticamente o mesmo de 2004, mas, na �poca, n�s t�nhamos um super�vit de US$ 8 bilh�es e hoje temos um d�ficit de US$ 8 bilh�es", afirmou.
Skaf tamb�m reclamou da queda da participa��o de produtos manufaturados nas exporta��es brasileiras para os Estados Unidos. Em 2004, os produtos manufaturados representavam 74% das vendas externas brasileiras ao pa�s norte-americano. No ano passado, representaram 51%. "O volume de
Locke n�o falou com a imprensa, mas, de acordo com Skaf, ele reconheceu a necessidade de um maior equil�brio no com�rcio bilateral. Por outro lado, informou o presidente da Fiesp, para cada US$ 1 bilh�o que os EUA exportam para o Brasil, 5 mil empregos s�o criados ou mantidos. Segundo ele, tamb�m foram temas de discuss�es a retomada da Rodada Doha, a renova��o da inclus�o do Brasil no Sistema Geral de Prefer�ncias (SGP), as barreiras norte-americanas ao a��car e ao etanol brasileiro e a possibilidade de um acordo para acabar com a bitributa��o.
De acordo com Skaf, Locke reconheceu a legitimidade das demandas brasileiras e admitiu que alguns pontos devem ser estudados, mas foi evasivo e n�o deu garantias sobre o atendimento deles. "Eu n�o esperava muito. A vinda de Obama (Barack Obama, presidente dos EUA) ao Brasil � um gesto de reaproxima��o, mas cabe a n�s transformar esse gesto em a��es concretas", afirmou.
O diretor do Departamento de Infraestrutura da Fiesp, Carlos Cavalcanti, disse que os EUA ainda imp�em muitas barreiras aos produtos brasileiros, embora se declarem como o pa�s mais aberto do mundo. "A aproxima��o diplom�tica � importante, mas ningu�m enche a barriga com gestos de boa vontade. Nesse campo, esperamos uma atitude mais concreta do governo norte-americano", afirmou.